TIAGO MIÇANGAS

VII MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ

Brincando com Ésquilo

Iremos passar pregando nossa maneira de encarar o mundo... 

Psicodelicamente você poderia se julgar errado, 

Mas como estou estudando 

Não há um conceito errado 

Apenas caminhos diferentes. 

Anarquicamente falando nasci livre, 

Por isso estou neste momento articulando 

Sobre o que restou entre você 

E seu eu projetado. 

Epicuristicamente dialogando 

Suas ideias são atrasadas e vulgares 

Mas como um bom malungo que sou, 

Eu picho suas obras e fachadas. 

Trágico eu? 

Apenas um ex-cyberpunk 

Apolítico (Sócio tático). 

Sou a favor de ideias livres e pensamentos virgens 

Não é preciso fumar 

Não é preciso decifrar o enigma 

Eu não preciso viajar 

Deixo a Gestalt entreaberta para expandir meu jardim. 

Autor: MIçanga! Intérpretes: Existência Com Gosto De Nada, Ismael Costa e Paulo Monteiro.

ERIVAN SANTANA

MAR VERMELHO 1


Os capitães de abril colocaram
Flores no túmulo da opressão

E o mar se abriu para que as
Noivas pudessem se casar

Coimbra celebrou os poetas
Clamando pelos modernistas

Onde a revolução foi feita com
Cravos e rosas nas ruas e janelas

– Os Lusíadas sempre estiveram
A salvo – disso bem sabia Camões

E o português, em verso e prosa,
Atravessou fronteiras d’além-mar

Em samba, mpb, carta de alforria
Celebração do mar da liberdade!




Erivan Santana - - apperjiano na Bahia. É professor e poeta, cronista e titular da Cadeira 36 da Academia Teixeirense de Letras (ATL), onde ocupa o cargo de Secretário-geral da instituição. Tem participado de diversas antologias literárias, no Brasil e no exterior, como a Off Flip e o Festival de Poesia de Lisboa, além de ter recebido diversos prêmios literários, como o Prêmio Castro Alves de Literatura da ATL, Prêmio Off Flip, Prêmio Inglês de Sousa, Concurso Nacional de Trovas, etc. Publicou “Para ler um poema” (2018), “Balada da misericórdia na primavera” (2022), e o livro de crônicas “Tempos Sombrios: Instantâneos da Realidade”, 2ª ed. (2022), pela Lura Editorial. Participou da Bienal do Livro Bahia 2024, em Salvador, quando publicou o seu livro de poesia mais recente, “Cartas teixeirenses, ba”, também pela Lura Editorial.

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ALMIR ZARFEG

 VII MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ

Camões softcore 1


Quando digo
te amo, Lisboa, amo-te
cortesmente

=

Mais fidalgos
Para Inês (filhos d’algo)
e não da puta

=

Dom Sebastião,
o grande, traz na lapela
a flor do Lácio

=

Complozinho:
os infantes fixados na
coroa portuguesa

=

Manual amoroso:
lirismo apostólico luso-
brasileiro

=

1º mandamento:
reconquistar o heroico
decassílabo

=

Amor é fogo
que se apaga com uma
navegadinha

=

Os desalmados
não possuem alma nem
alma mater

=

Ganhar o velho
o novo mundo no grito,
na lusofonia

=

Luís de Camões:
olho mágico e clássico
no fim do túnel.

 1 Almir Zarfeg é delegado da Apperj na Bahia.
É autor de livros em verso e prosa. Iniciou-se na literatura em 1991 com a obra poética “Água Preta” (Lura Editorial, 2021), atualmente na 5ª edição. “A primeira vez de Z.” (Clube de Autores, 2009) é sua primeira incursão na prosa. Participa de instituições literárias dentro e fora do país, como União Brasileira de Escritores (UBE-RJ), Academia de Letras do Brasil (ALB) e Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Portugal (NALAP). É delegado da Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro (APPERJ). Seu nome consta do “Dicionário de Escritores Contemporâneos da Bahia” e da “Enciclopédia de Artistas Contemporâneos Lusófonos”.

Em 2024, recebeu o VI Prêmio Apperj - - na categoria Melhor Autor - - pelo conjunto de sua obra, Prêmio Ecos da Literatura, Prêmio Literário Gonzaga de Carvalho, dentre outros.

ROGÉRIO SALGADO

QUINTARES PARA CARLITOS

Teu chapéu coco, tua bengala
e teu bigode engraçado
ensinaram-me que a vida palhaça
é feita de poesia
e cada um que ache a sua
porque viver sem acarinhar
e avivar a imaginação
não é grande coisa não.

Rogério Salgado

Rogério Salgado nasceu em Campos dos Goytacazes/RJ. Reside em Belo Horizonte desde 1980. Na década de 80 editou a Revista Arte Quintal. Em 1993 criou o projeto “In/Sacando a Poesia” (Prêmio Capital Nacional-Categoria Poesia-Aracaju/SE, em 1998), que consistia em colocar poemas dentro de saquinhos de embalar pães nas padarias. Realizou com Virgilene Araújo, entre 2005 e 2014, o Belô Poético Encontro Nacional de Poesia de Belo Horizonte e o projeto Poesia na Praça Sete, realizado com os benefícios da Lei Municipal de Incentivo a Cultura de Belo Horizonte. Neste ano de 2024 comemora 49 anos de carreira literária e publicou o de poemas “Antes que a lua enfarte”.

TCHELLO D'BARROS

 CASÓRIO

SINOPSE DO VIDEOPOEMA “CASÓRIO”“Casório” embaralha semanticamente dois conceitos seminais da sociedadecontemporânea, seja por sua aproximação simbólica, seja por sua confluênciafonética/visual. A obra casa o binômio “patrimônio-matrimônio”, provocando eventuaisreflexões sobre os valores vigentes nas relações econômico-afetivas na atualidade.
EQUIPETchello d'Barros (Texto e Direção)Jozefo Roza (Edição)
FICHA TÉCNICAGênero: VideopoemaCategoria: LivreCor: P&BDuração: 00:01:00 MinExtensão:.MP4Arquivo: 4,75 MBFormato: 1920 X 1080Ano: 2022País: Brasil (Rio de Janeiro, RJ)Produtora: Fluxo FilmesProponente: Tchello d’BarrosContato: tchellodbarros@yahoo.com.brwww.facebook/fluxofilmes(21) 9 8354 1978 – Tchello d’BarrosLink no Youtube: https://youtu.be/ZaP2TncvcoI

VICTOR MEIRELLES

VII MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ 2024

PRETO POBRE PHAVELADO POETA II

Eu vi um jovem preto cair
Nas mão uma pedra
Nos pés um livro
Na alegria um olhar
No sorriso uma realidade
que precisa parar!

Preto Pobre Phavelado Poeta
Preta Poesia, Poética Periferia
Presente na história; glória
melodia que se faz moradia
negro que na palavra veracidade a beleza irradia
por mais que o ataquem com violenta ironia
presente no dia a dia, quebra essa covardia,
com a fala poema que contraria
aquele que age como o conhecia
Poética periferia, lugar de conhecimento que alivia
Pura poesia que se faz alforria,
Phavela que é só alegria
Povo que vive em harmonia
Potência, que no morro e no asfalto
é frente e tem autoria
Numa verdade que não existia,
presa pela burguesia
E agora se torna saber preso à memória,
quem diria
Cultura e saber que cresce na periferia
e se faz viva por preta poesia.

Victor Meirelles

 
Cria do Complexo de Favelas da Coreia, Senador Camará Zona Oeste do Rio de Janeiro é Artista, ator com presença internacional, mestre pela UFRJ, Pós Graduado em Filosofia e Direitos Humanos, Licenciado em Letras, palestrante, arte educador, jornalista, arte ativista e ativista cultural. Autor da Obra Marcos e Marcos, idealizador da biografia Chica Xavier e protagonista do Filme Quando Lembro de Chico da Amazon Prime.

EDITAL: VII MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ - EDIÇÃO VIRTUAL

 

EDITAL DA VII MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ 2024 - EDIÇÃO VIRTUAL

Seguem as diretrizes para participação na Mostra Virtual:

1 – Poderão participar todos os poetas, apperjianos ou não, maiores de 18 anos e residentes no Rio de Janeiro, em outros estados ou no exterior.

2 – Independentemente da mídia a ser utilizada pelo (a) poeta participante, somente serão aceitos textos e/ou audiovisuais em que a poesia seja a tônica da manifestação artística.

3 – Entende-se por texto ou poema textual aquele que é escrito por meio de versos e estrofes.

4 – Para o envio, os poemas devem ser digitados, no máximo de 30 linhas, contando título, nome do (a) autor (a) e espaços. Não há necessidade de os textos serem inéditos.

5) Assim como ocorreu com a MOSTRA PRESENCIAL DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ 2024, esta edição virtual também prestará, neste ano, uma homenagem aos 500 anos de Luís Vaz de Camões, todavia não há obrigatoriedade de os textos terem um elo com o homenageado.

6 – Deve haver também o envio de uma foto e de verbetes de cada participante de, no máximo, 3 linhas, independente de apresentar um texto ou um audiovisual.

7 – Na categoria dos audiovisuais, (o/ a) poeta participante poderá fazer a leitura de um poema ou realizar uma performance, desde que os vídeos tenham entre 1 a 3 minutos, no máximo. As gravações devem ser feitas em celulares ou outros meios, sempre na posição horizontal, com boa visibilidade e som, com ausência de ruídos.

8 – Também podem ser apresentados poemas visuais, poemas sonoros ou audiopoemas. Os textos visuais devem caber em uma lauda. Já os textos sonoros seguirão as mesmas regras dos audiovisuais.

9 – Não serão aceitos textos e/ ou audiovisuais que evidenciem a prosa ou prosa poética.

10 – Haverá uma triagem dos trabalhos enviados, a ser realizada pela Diretoria da APPERJ.

11 – Segue o e-mail para envio dos trabalhos: apperjcultural@gmail.com e, nesta mensagem, devem constar o nome do (a) poeta(a),o bairro, a cidade e o estado.

12 – O prazo para envio do material será do dia 24 de setembro a 24 de outubro de 2024.

13 – Não haverá comunicação individual a todos os participantes que enviarem trabalhos, a fim de esclarecer se foram aceitos ou não para a participação da Mostra.

14 – Por questões tecnológicas de alocação do material em página virtual, o limite de participante da Mostra será, de no máximo, 100 poetas.

15 – O tempo de destaque da V Mostra de Poesia Contemporânea da APPERJ será de

21 de novembro a 31 de dezembro de 2024 e o material será alocado no blog mostraapperj.blogspot.com

16 – Oportunamente, a Diretoria da APPERJ oferecerá certificados de participação aos poetas selecionados, via meio digital.




Obs: Quem participou da IIV Mostra de Poesia Contemporânea - edição presencial - que aconteceu dia 23 de setembro de 2024, está automaticamente inscrito na II Mostra de Poesia Contemporânea - edição virtual.




Luiz Otávio Oliani

Diretor de Comunicação Social da APPERJ

Val Mello

Diretora de Mídias Digitais da APPERJ

Jorge Ventura

Presidente da APPERJ