CATEGORIA ESCRITA
LUIZ OTÁVIO OLIANI
RECEITUÁRIO
não manche o poema
com palavras vazias
velhas metáforas
adjetivos em vão
não faça versos
sobre o passado-clichê
não sufoque
o eu lírico
dê-lhe sobrevida
para respirar
deixe o lirismo
bater à porta:
permita que entre
Luiz Otávio Oliani
Rio de Janeiro
*LUIZ OTÁVIO OLIANI cursou Letras e Direto. É professor e escritor. Participa de mais de 200 livros coletivos. Teve textos traduzidos para inglês, francês, italiano, alemão, espanhol, holandês e chinês. Publicou 15 livros: 10 de poemas, 3 peças de teatro e os livros de contos “A vida sem disfarces”, Prêmio Nelson Rodrigues, UBE/RJ, 2019, e “Ingênuos, Pueris e Tolinhos”, 2021. Recebeu o título de “Melhor Autor Apperjiano 2019” pelo conjunto da obra. É o atual Diretor de Comunicação Social da APPERJ.
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MÁRCIO CATUNDA
Na Roma das orgias e dos vícios,
mais de um pecado cometi, nefando.
Vi Nero praticar seus estropícios;
casar-se com dois homens, delirando.
Com Calígula, cantei num comício;
num bacanal jantei com Domiciano.
Passei por libertinos desperdícios.
Aos poucos vim na paz me lapidando.
Fui catecúmeno nas catacumbas,
pelos apóstolos chorei nas tumbas.
Vi dos palácios erguerem-se igrejas.
Assisti aos martírios e às pelejas
dos primeiros adeptos de Jesus,
na longa caminhada até a luz.
Escritor e diplomata. Nascido em Fortaleza em 1957. É membro da Associação Nacional de Escritores de Brasilia, da Academia de Letras do Brasil, do Pen Clube do Brasil, com sede no Rio de Janeiro e da União Brasileira de Escritores. Escreveu cinquenta livros de poesia e prosa, alguns dos quais no idioma castelhano. Editou também diversos discos com seus poemas musicados e cantados por vários parceiros.
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PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA CARUSO
PELA FELICIDADE
Do nada apareceu a morte à espreita,
tornando-se tremenda pandemia...
E a foice se mostrou insatisfeita!
Acompanhada sempre da agonia
de “ver” o ar faltar numa perfeita
orquestra de profana sinfonia
na cova de milhares em colheita!
A máscara nas faces é sadia
ação para vivermos escorreita
rotina de salvar o nosso dia
e o dia de outros mais – bela receita!
A gente era feliz e não sabia,
mas pode ser de novo desta feita!
Presidente da Academia Brasileira de Trova
Diretor Financeiro e Cultural da Academia de Letras e Artes de Paranapuã
Administrador e Advogado pela Universidade Federal Fluminense. Especialista
em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Cândido Mendes (RJ).
Verbetes:
Foice – alegoria para morte
Ver – encontra-se entre aspas porque não podemos ver realmente o ar, o vento
Orquestra – a busca desesperada por ar, uma vez que os pulmões começam a falhar
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RENATO MASSARI
AS DUAS
Duas da manhã as duas se deitam,
Sexos pulsando desejos.
Duais, elas querem sempre
Duas da tarde as duas se deixam,
Dois destinos se despedem
Copacabana/ RJ
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JEOVÂNIA P.
FILHA DAS PEDRAS
Dos atritos produzidos por elas
Jeovânia P. é poeta, escritora, professora, mestre em Filosofia. Livros individuais publicados: “Palavras Poéticas”; “Poeticamente Entre Versos & Bocas”; “A-M-O-R”; “Quem abriu a boca da pedra”; “Re[s][x]istência” e “Na estrada da poesia”. Coletâneas que organizou: “O Livro das Marias”; “O Livro das Marias II”; “Escrituras Negras_ A Mulher que Reluz em Mim”; “Escrituras Negras II_ As Marcas”; e-book “Sinergia”
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YARA MARIA ALVES E SILVA
PRECISO CONSERTAR
Preciso consertar a fala
Preciso consertar meu andar
Preciso consertar minha postura
Preciso consertar meu pisar e meu andar
Preciso consertar coisas
Coisas aqui dentro do meu Eu
Varrer alguns cantos
Empoeirados
Deixar limpo
Pra receber alegria
Pra entrar cor
Pra eu cantar
Pular
E beijar o beija-flor
Preciso consertar minha mão
O meu abraço
Pra que eu possa afagar
Acarinhar
Eu e a galera
Abraçar com a alma, você!
Preciso consertar...
Yara Maria Alves e Silva
Curitiba - PR.
Com formação e carreira na área Administrativa, sou admiradora das Artes em geral, tendo-a até mesmo como um combustível para a rotina diária e seus desafios. Vivenciei mais no campo musical, e comecei minhas escritas de forma orgânica, terapêutica até, e gostei tanto da prática que mergulho nela, trazendo à tona sentimentos, reflexões, descobertas, emoções.
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RODRIGO STARLING
RODRIGO STARLING é filósofo, escritor, editor e poeta, natural de Belo Horizonte/MG. Autor de 12 (doze) livros, figura em coletâneas do Brasil e exterior (Alemanha, Equador, EUA, Itália, Japão e Uruguai). É sócio-fundador do Selo Editorial Starling, organizador das antologias "Cem Poemas, Cem Mil Sonhos" (2018); "Provérbios da Lama" (2020) e "Novo Decameron" (2021).
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[Ao saudoso Valdivino Pereira]
Partiu ao meio com leveza o
Coração da terrível pandemia
Não havia trem de chegada:
Manhã diamantina e fresca
Não disse uai nem ave-maria
Não moveu a pálpebra gentil
Aquilo ali é uma campainha
Ou algum apito de calmaria?
O órfão se entretinha com
Alguma lembrança de família
Mas trazia duas convicções:
Wilmar é pepita, Yeda poemia
Uma ilusão cartográfica:
Minas novas e gerais à vista
Uma súplica mui pia:
Nossa Senhora da Piedade!
Um versinho para lembrar
E chamar de seu: canto-ria
Não era rei, pã ou arrimo de
Jequitinhonhas
Era
Apenas divino e maravilhoso!
A/Zarfeg
Almir Zarfeg – também conhecido como A. Zarfeg ou simplesmente AZ – é um poeta e jornalista brasileiro radicado em Teixeira de Freitas/BA. Sua trajetória poética teve início com “Água Preta”, livro publicado em 1991 e que está chegando à 5ª edição revista e ampliada. Em 2021, portanto, AZ celebra 30 anos de atividade poética. Em “Origem” ele se apresenta: “Ser rio e não rei”.
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As nuvens explodiram
Amotinadas de tanta tristeza
O céu chora
Seus filhos, perdidos, Aldires
Anônimos, sem velório
Finais sem despedida
O céu chora
Derrama compaixão
Destila seu bálsamo de cura
Na cidade impura
Os arranhacéus nunca foram tão frágeis
Nem os corações tão de pedra
O céu chora
A humanidade que vai embora
Quando a morte
Já não nos faz mais chorar.
Andrea Boaventura
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DALMO SARAIVA
O que resta de mim
É um corpo cansado
E uma pele molhada
Escorrendo no chão.
O que resta de mim
É a doce partida
E minha vida vida
Buscando o clarão.
O que resta de mim
É a solidão das estradas
Companheira que traga
Me come e me cospe
Desejos registrados
Na memória da cor
O que resta de mim
É o que escrevo no papel
Um laço de anel
Aliança do amor.
Nascido no meio do mato. Uma espécie de índio, caboclo, mestiço, bugre, capivara, caipora e caipira.
Fundador do MOBRAL – Movimento Brasileiro de Articulação e Liberdade. Fundador do SOBRAL – Sociedade Brasileira de Artes e Letras. Formado em EDUCAÇÃO ARTÍSTICA E COMUNICAÇÃO – Curso de Teatro no REATOR DO Planetário da Gávea – RJ. Pesquisador da cultura popular brasileira, folclore brasileiro e da música regional
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MARCIA BARROCA
Enquanto asso meus muffins de banana
com gotas de chocolate
tiro fotos do Cristo Redentor
em suas várias fases
pelas nuvens
Escuto Morais Moreira:
" Pégasus, Pégasus
pega o azul"
A vida não para
Os dias seguem sua rotina de horas
e a natureza restabelece
seu ritmo
com passos leves
Longe estão os humanos
de entender Gaia
Não muito distante
vai o tempo que provamos o sabor
de suas artérias envenenadas
entupidas
o gosto ocre de sua terra
Sua necessidade de respirar
se fez urgente e o
mundo parou
Prisioneiros entre paredes
com as janelas abertas e
separados
do aroma dos quintais
do rugido intraduzível das marés
da cadência do silêncio e dos
beijos que nos induz ao vicio de
acharmos que tudo segue bem
Ainda assim
não entendemos Gaia
De onde estou
não há tempo de sol
ou de chuva ou vento ou luar
De onde estou
só existe um aperto
com enormes pernas
que avançam como um vírus e
criam ciladas dentro de mim
Marcia Barroca
Marcia Barroca, é poeta mineira, formada em letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Marcelina, Muriaé/MG. Mora no Rio de Janeiro e pertence a várias academias literárias, ao PEN Clube do Brasil, APPERJ e a UBE-RJ.
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Deus coletivo
plural de EUS
Deus é múltiplo
tem EU em si
sou parte
da essência
do essencial
os muitos EUS
que já fui e sou
está em Deus
Deus estará
nos muitos EUS
que ainda serei
Amalri Nascimento
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O coletivo das 7:00h passou
O sol surgia por entre as nuvens
Anunciando um novo dia
Na porta do supermercado
Um pedinte estendia a mão
Na calçada, um cachorro revirava
O lixo, tentando sobreviver
A cidade está vendo!?
Em Jacarezinho e Lins
Corpos negros tombam
Atingidos por bala perdida
Nas favelas, balas perdidas
Sempre encontram corpos negros...
A cidade está vendo!?
Erivan Augusto Santana
Teixeira de Freitas - BA
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Eu quero salas ,eu não quero celas !
Salas sem grades
Sem dó nem piedade
Celas, seladas , paredes amarelas
Grades quadriláteros de dor
Quadrados de amor.
Eu quero salas , eu não quero celas !
Colorir paredes amarelas
Sol liberto, sombras não vistas,
Desafio!
Ou utopia para visitas?
Eu quero salas, eu não quero celas
Celas que educam
Enlouquecem , esmorecem ,
E todos esquecem...
Eu não quero celas, eu quero minhas salas!
Salas de celas , Celas em salas
Que educa , que cala
Sol desnudo
Chuva fina de primavera
Outono de Dúvidas
Num inverno verdadeiro,
Cala frio ordeiro
Que me toma toda espinha.
Eu quero salas, eu não quero celas!
Educação que não educa
Aquece como vinho não tomado
Quadro não pintado
Por artista transbordando em inspiração...
Eu quero salas, eu não quero celas!
Eu egoísmo, sentimento alado
Bebida de sabor amargo
Segredo não revelado...
Eu não quero celas , eu quero salas
Canetas que apunhalam,
Escritos Ilegíveis
Contas sem resultados
A soma que não multiplica
Divisão que nada aplica
Geografia sem rima e sem rumo...
Eu quero minha sala!
Caras lindas
Como voo de pássaros sobre água limpa,
Ave de agouro
Insistente coro...
Eu quero sala, eu não quero cela
Balela de piada sem graça
Texto de sua desgraça
Sala sem porta
Cela Gradeada
Eu quero sala, Eu não quero cela!
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Minhas mãos escrevem o amanhã,
nasce o Sol e eu beijo as suas mãos, minha irmã,
Se meu corpo é matéria,
O seu corpo é talismã:
A Oliveira, em chamas, sem fim,
E ao redor dela
O sertão eu vejo assim:
O perdão dos mortos,
A redenção dos vivos,
A proteção do seu desejo, sim,
Minhas mãos escrevem o amanhã,
Nasce o Sol e eu beijo as suas mãos, minha irmã,
Qualquer separação
É temporária,
Qualquer temporada,
Em terra árida é uma miragem,
Já que ela é fértil:
Saiba que durante a viagem,
Faz-se a compostagem,
A chegada do projétil
Fragmenta o solo
Por onde papai ande,
No interior do Rio grande,
Do Norte
No inteiro subsolo está
A sorte
Do meu destino ser o seu relicário:
Derradeiro Lençol freático,
Que procura por você,
E ao fim,
Que retorna a você,
A Oliveira, em chamas, sem fim,
nasce o Sol e eu beijo as suas mãos, minha irmã…
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MARVIN BERNARDO
MEIO OU FIM OU INTEIRO
À MARGEM DA CALÇADA
CAMINHA O BRASILEIRO
COM SEUS PÉS DESCALÇOS
SOB O SOL DO MEIO-DIA
FRITANDO NO ASFALTO
OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS
FIOS QUE SE ENTRELAÇAM
FIOS MAMANDO NOS SEIOS
FIOS POIDOS SE DESFIAM
DESENCAPADOS SE CHOCAM
COM AS RODAS DOS CARROS
FIOS COM SUAS DUAS FASES
PENETRAM ENTRE OS DENTES
MEIO-FIO QUE RECEBE FRASES
FIOS QUE COSTURAM DOENTES
TODO MEIO-FIO SEM CRASES
DESA(FIOS) PRESOS NOS PENTES
MEIO-FIO QUE NÃO TEM COR
TEM BUEIROS ENTUPIDOS
LIMO E SANGUE E DOR
TEM PAPEIS ESQUECIDOS
Marvin Bernardo
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PEDRO GARRIDO
VERSOS LIVRES
Sou poeta
Os versos voam
Liberdade ecoa
Estou alerta
Como alguém que espera
A rima perfeita para voar
Pois sou poeta livre
Lanço meus sentimentos aos céus
E eles alcançam quem eles quiserem
Não sou eu quem mando neles
Eles que mandam em mim
Prosa, verso, pétala, rosa
O convite deste dia é
Seja livre para voar
Em busca das palavras
Que podem lhe dar
O que precisa para
Reverberar ao mundo
O dom de tocar o céu
Os limites do universo
E o coração do ser humano.
Pedro G
São gonçalo/RJ
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ULISSES DIAS
o tempo é uma cara coberta de espinhas
o vapor de chá causa lágrimas nos meus óculos
a solidão é um trem pra dentro da estrela natimorta
a sabedoria é um eclipse oculto pelas nuvens
o som da queda é um estribilho de um hino esquecido
as rezadeiras gemem monotonais no carnaval
o cântico dos cânticos é um livro de orgasmos
o roçar da felicidade em minha barba causa cócegas
os bebês acompanham as bolhas de sabão em pleno ar
a guerra cobra o soldo dos covardes
a despedida é um prato dado em um velório
ninguém disse para segurar o choro, mas fizemos
a Terra vaga certa em linhas tortas
deus não liga pra minúsculos
Casa do Rocha, 18/07/2021
Ulisses Dias
Rio de Janeiro/RJ
É brasiliense de nascença, mas se escorrega pelos cantos do Rio de Janeiro há mais de dez anos. Tricolor não praticante, ganha a vida como professor, mas vive mesmo de outros jeitos, em andanças, encontros e olhares nos olhos. Exerce o ofício da poesia desde sempre: não sabe ser de outro jeito.
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LÍGIA HELENA CARVALHO
Poesia, fluir de ideias
Externalizar da alma
Palavras que ecoam:
Vozes, gritos, mitos...
Se fala do amor
Da dor
Do som
Do que é bom.
Denuncia o que é mau
A desigualdade social
O amor incondicional
Fala de várias formas
Aquilo que te incomoda
Que te encanta
Palavras, falas, denúncias...
Proclamar memórias de tudo que nos conecta.
Poesia: Liberta, salva!
Traz refúgios há muitas vozes que ecoam em folhas no papel.
Que ganham vida ao ser lido
Envolve, comove, promove a liberdade de sentimentos
Que estão ali, aguardando uma voz para libertá-la!
Ligia Helena Carvalho.
Dra. Honoris Causa em Literatura, Embaixadora da Paz, Ativista Sociocultural Internacional, membro de 6 Academias Literárias, Escritora, Cantora, Trovadora, Compositora, Apresentadora Radialista.
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VALMIR SILVA
NÃO DUVIDES E NÃO TE ESQUEÇAS
(Durão)
Se um dia desceres ao fundo do poço
Não duvides de Deus, ele irá te ajudar
Um cão, um pássaro, uma música, um moço
Designado será para o representar.
Um amigo nem sempre será o escolhido
Uma alma qualquer te estenderás a mão
O momento carece muito mais que um amigo
De repente carece muito mais que um irmão.
Não duvides do amor desse ser enviado
Que foi lá no fundo do poço para te socorrer
Você vai perceber com o tempo passado
Que o poço era raso, muitos viram você.
De flagelo você passa a ser cobiçado
Cobiçado você passa a se esquecer
Que é no fundo do poço que lhe ignoram
Que é no fundo do poço que amam você.
Valmir Alves Silva, Durão (Rio de Janeiro, 12 de outubro de 1966), brasileiro. Técnico mecânico de formação e reside atualmente na cidade de Caraguatatuba SP. Possui alguns poemas publicados em Antologias, Revistas e Mostras
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O adiantar da hora, o disparo é na carne preta,
O ponto lotado, o atrasar do trem
A marmita estragando, me faz de refém
Tudo é marca de corrente, é navio negreiro
O estalar já não é mais do chicote
O tronco moderno anda pelas ruas
No contratempo da embarcação, o negreiro atraca na estação
O açoite do relógio, o atropelar da multidão
na cara se repete a ferida, a agressão
a clara miséria por si só já fala
A gente é feito das marcas do tempo,
Morreram os garotos na Candelária
Passado tão presente, que ainda ouço
os disparos na carne preta.
Diz: paro, na carne preta
Complexo da Coreia, Senador Camará - RJ
Ator, arte educador, ativista cultural. Estudou na Etec (Escola Técnica de Comunicações Radio e Tv) e na Cal - Casa de Artes Laranjeiras. Além do rádio, o ator faz trabalho em todo Brasil de arte/educação, atuando nas periferias, subúrbios, escolas, ongs, centros culturais e empresas. Já atuou na TV, programas e séries. Com o teatro, esteve na Broadway (EUA) e em outros países.
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MARCIA VENTANNIA
Me encontro num caça-palavrasPalavreado e decifrando o óbvio,
o oculto,o intelecto e o racional
Me encontro em desencontros das curvas e letras.
No afeto com o alfabeto,amor passional
Em vertical ,venho versejar a rima ao equilíbrio matematizar .
Coça-me certas palavras e números entre vértices de encaixes aos padrões .
Livro-me , rojo palavrões
Em horizontal , me levo a calmaria
Podem até me soletrar de trás pra frente
Palavras que não fazem juízo
Não mexe com a mente da gente
Se o cansaço vir valer a pena
Me encosto em diagonal
Penduro palavras pequenas
Em caça de amor incondicional
Marcia Ventannia
Criavam asas
E voavam sem sentido... por aí!
Não era o fato de calar os desabafos
Porém, era a impossibilidade de terem efeitos
De fazer-me compreendida
De movimentá-los como águia certeira.
Os silêncios são lutas constantes
Na medida em que os barulhos internos gritam
Fazem menções aos infinitos desejos
Que procriam em seus ninhos da ansiedade.
Assim, resguardei os meus voos
Projetando-me às ideias de alcances ousados
Para que o cenário ficasse mais colorido aos olhos
E as palavras tomassem a forma que quisessem... feito as nuvens!
Minuciosamente...
Palavras vão encantando com os seus versos
A escuta vai ganhando a paz
Tais silêncios viram poesias e os voos ganham parcerias!Karine Dias Oliveira
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JOSELENE SOUTO
VOU METER A COLHER SIM
A multidão está próxima
Ouço vozes, barulho...
Sigo em linha reta, sem mudar meu caminho
Chego na escadaria da Candelária
Nem sei se quero ficar com os olhos abertos
Tem morte espalhadanas calçadas.
Pessoas pedem socorro
Ninguém os vê
Ainda escuto balas
Violência e a velha frase:
“Não coloque a colher, finja que não ouve. Esse problema não é seu.”
Vire zumbi dessa sociedade
Ou tenha coragem
Grite!
Reze bem alto.
Nosso povo irá ouvir
Novos votos vão surgir
Esse presidente vai cair.
Joselene O Souto
São Gonçalo/ RJ
Deu início na escrita há pouco, com uma poética que veste forte motivação social, e que busca evidenciar em seus versos a espontaneidade da vida periférica, assim como suas nuances de significado para a construção de um mundo mais justo e menos preconceituoso
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Vamos dourar o mundo
Incentivando a amamentação
E a doação do leite materno
Esse ato salva vidas
Quando vem do coração
Vamos valorizar essa ação
Ao ver o bebê sugar com ternura e afeto
Esse valioso alimento
Causando uma extrema emoção na mamãe
Que feliz pode acarinhar
E amamentar o seu bebê
E também oferecer
O seu leite para doar
Que nobre sentimento
Ela é tomada nesse momento
Ao saber que está
Contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento
Para os bebês que estão em sofrimento
Reduzindo assim a permanência hospitalar
Podendo retornar para o seio familiar
Então vamos dar importância à doação do Leite materno
Ele vale ouro!
Associado ao amor de mãe
Que é eterno.
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CLEBER PASSOS
Qual necessidade tenho
Tenho responsabilidades
Daquilo que de mim ecoa
Se me expressar é importante
Preciso discernir ser edificante
Pra não ser irresponsável
Tão pouco ignorante
Sócrates já falava dos crivos
Sendo uma boa sugestão
Se é verdade, se útil
E o que vou dizer é bom
Se minha intenção é mal falar
Estou no mesmo nível daquele que
quero caluniar
Se a intenção é se vingar
Duvido que se sentirá melhor
Em no ódio se alimentar
Nas palavras desses versos
Melhor consigo expor
Um grito na garganta estava preso
Pedindo amor
Cleber Passsos
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KLARARAKAL
FRANJAS DE ALGODÃO
Dialogando com o conto “A Igreja do Diabo”, de Machado de Assis
Ajeita teu manto de veludo
mas deixa as franjas arrastarem pelo chão:
por onde passares
colherá todo o pó o algodão
é o pó que desprende de ti
mesmo que não tenhas passado por ali
não queiras, porém, agachar-te e colher
sequer um punhado
— por entre os dedos tua arrogância se esvai
e teu manto azulado
em capa de algodão verás transformado
com riquíssimas cintilantes franjas
de seda ou cetim
a contar a história da tua contradição,
enfim.
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CÁTIA GRANIÇO
Quando a morte bate à porta
Inesperada e torta
Não há nada o que dizer
Apenas negamos
Quando a morte bate à porta
Qual faca que nos corta
Não tem mais onde doer
Apenas gritamos
Quando a morte bate à porta
E quem de nós suporta?
É difícil de entender
Apenas choramos
Quando a morte bate à porta
O que ainda importa?
Não há mais o que fazer
Apenas rezamos
Cátia Graniço
Carioca e professora. Amante da poesia romântica, onde verte em versos os seus sentimentos.
Vistosas vitrines
Viciadas variedades
Volúveis vaidades
Vadios véus
Veladas vitrines
Ventrais, virilizadas
Vênus vulcanizadas
Vulgares vestes
Ventosas vitrines
Vanguardas visuais
Vidas virtuais
Velhos vazios
Paulo Pinto
Aposentado e Apperjiano. Vê a Poesia como um segundo idioma, onde exercita novos sentidos e outros significados para cada palavra da Língua-Mãe.
Paulo Pinto
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LUMA CARVALHO
quando te vi
quando te vejo
inefável
inefavelmente
te espero
quando sigo os teus sinais
no filme que faz em minha mente
e de repente eu tão roteirista,
me torno protagonista
da tua história
e do nosso amor.
e inefavelmente
te quero
desde quando a terra concebeu o amor,
filha da terra
que consequentemente
também do amor
do sol,
da lua,
e mostrou-se assim, inteiramente, inefavelmente
pra mim.
Luma Carvalho
Cidade: Capitão De Campos, PI.
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MASSILON SILVA
Pra falar de flores,
Dylan, Joplin, Hendrix...
Vietnã, França, Cuba,
Israel, pra não dizer que não falei de mísseis.
Anos setenta
Terror, a Copa, Warhol e a Cola.
Geração Perdida,
Anos oitenta,
E a vida segue louca e ciumenta.
Ela, mistura de mulher e santa;
Eu, uma anta.
Massilon Silva
Aracaju - Sergipe
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PAI NÃO É QUALQUER UM
APESAR DO ZUM, ZUM, ZUM
PAI NÃO É QUEM FEZ O FILHO
PAI É UM HOMEM DE BRILHO
QUE CRIA, DA EXEMPLO, DA SUPORTE
PAI É AQUELE HOMEM FORTE
NÃO DIGO FORTE FISICAMENTE
POIS PAI É AQUELE QUE SENTE
QUANDO VÊ SEU FILHO SOFRENDO
PARTICIPA DE SUAS ALEGRIAS
E ACOMPANHA SEUS PAÇOS
CONFORME ELE VAI CRESCENDO
O PAI PODE ESTAR DISTANTE
MAS NÃO DEIXA DE AMAR
AS VEZES PODE SER DURO
MAS NÃO FICA EM CIMA DO MURO
SE SEU FILHO PRECISAR
SE VOCÊ TIVER SEU PAI
ENTÃO LEVANTA E VAI
ABRAÇA E DIGA QUE AMA
PORQUE PAI É AQUELE QUE AMPARA
SEJA NO ANONIMATO OU NA FAMA
Claudio Galindo
hospital, como voluntario do projeto doutores coloridos, artista plástico, formado em
Serviço Social, Instagram- @galindo4.6
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RUBERMÁRIA SPERANDIO
Entre o não existir
e o existir, a flor vai
desabrochando-se
no crepúsculo do olhar.
A lua é testemunha da beleza
que ela provoca no sertão.
De madrugada, murcha,
ela vai embora,
deixando a chuva,
goteira no colchão.
Rubermária Sperandio
Tijuca/Rio de janeiro/Rj
Rubermária Sperandio é formada em Comunicação Social e mestre em Midia, Politica e Cultura pela UFMT. Publicou, em 2019, o livro de poemas Matrioskas.
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DURVAL MIGUEL
AMO-TE
Amo-te sem desperdício,
sem soberba,
sem despertar no amor a inveja,
sem a passividade dos dias que somam.
Amo-te incrivelmente feliz
(verdade absoluta)
Na luta da manhã que se desprende da escuridão,
na sensação de que tudo existe só para ti.
Amo-te totalmente descuidado,
nos buracos das ruas que caio,
na poesia dessa gente que passa indo pra lugar algum,
massa que procura e que ainda não encontrou.
Amo-te desesperadamente
sem o medo comum dos amantes e
sem mesmo entender de onde vem tanto amor.
Amo-te nos desencontros,
nas pequenas discussões do dia-a-dia,
na retórica injusta,
na guerra imersa de cada um e
na paz das noites eternas.
Amo-te na dor vigente de te ver partir,
na solidão sem fim em que me encontro,
na angústia do tempo e na espera.
Amo-te, enfim, dentro da minha
im-possibilidade,
da verdade que comungo,
da oração e
até mesmo do pecado.
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As paredes nuas não estão frias
As paredes nuas não coram
As paredes nuas e quentes
Tão nossas!
As paredes nuas não choram
As paredes brancas e silentes, afloram
As paredes dançam, gritam, guardam histórias
Explodem risadas gostosas
Euforia
As paredes nuas esperam outras vidas
As paredes frias, prontas para luas de alegrias
As paredes ausentes/presentes querem mudanças
As paredes brancas e silentes
Aguardam novas e audaciosas companhias
Wilma César
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PAULO SÉRGIO KAJAL
ainda me lembro de naquela noite
de frente ao mar
na areia fui chegando curioso
avistei o amálgama humano.
Aquele círculo misterioso me fascinou.
A circularidade sempre me encanta.
Deus ou o que podemos nomear de divindade dança em círculos.
e penetrei a esfera.
Foram mais ou menos vinte...vinte bocas,vinte lábios,vinte línguas
Não era eu quem estava ali.
Era alguma forma de existência em Dioníso
Não houve culpa,não houve asco.
Não haveria um deus pra punir aquela gente, pois Deus estava ali.
Na inconsciência dos momentos,quem encontrará o suspiro divino?
Deus...o deus que habita todas os seres
É como a paixão: suspiro de vida e morte.
Vi a divindade e não fui fulminado por ela
O que fulmina é a fome e o desejo de existir
E o amor... Ah, o amor ocupa qualquer espaço
O amor suporta a mortalidade do vazio
Noite, brisa e mar, carne doce, olfato, língua
Beijo, lua ,alma em redenção, grito, garganta
Era a noite , era o mar, língua e Verbo
Imanência e transcendência, comunhão
(No tempo guardado pela lembrança)
E a ausência do nojo
O nojo é a suprema antítese do amor
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GRAÇA LOPES
Maria das Graças Lopes
Piauiense
Empreendedora, costureira,
Amante dos livros, observadora da história, dos humanos que renascem através do mundo da poesia.
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CHARLENE FRANÇA
POESIA
Ela é cheiro de livro antigo, no ar, perfume costumeiro
É dança demorada, na chuva turva, no estacionamento vazio
É água fresca, paz de estio
Um sorriso de canto, meia lua
É verdade omitida, nua e crua.
Basta apenas decifrar seu sussurro, sua prece silenciosa
Ela se mostra, aos poucos, se desnuda
Basta olhá- la de perto
E caminhar seguro
Em sua areia quente, em seu infinito de deserto
Acompanhe sem pressa o seu passo
Ela anda agitada, corpo esguio, enlevada
Faminta, revirando vísceras, devorando farrapos,
Restos de sonhos despedaçados, amontoados em papéis em branco.
Ela tem percalços, pés descalços,
Leva estrelas marinhas nos cabelos
É toda derramar de sangue e aço
Regaço, de silêncios e de apelos.
Charlene França
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DARTANGNAN HOLANDA
EQUINOS
Talvez ninguém acredite
mas existe
um belo cavalo
da cor do azeviche
que
de madrugada
me apanha e galope
até o INFINITO
do pensamento
procurando por mim
Dartagnan Holanda
Tijuca
Rio de Janeiro/RJ
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CRIS ÁVILA
SALVA-ME DE MIM
Presa aos holocaustos
da vida
Que de surpresa
puxaram-me aos
porões tormentosos
Fui saqueando minhas
fraquezas
E ganhando inúmeras
tristezas
Fiquei refugiada dentro de mim
por alguns minutos
que representaram arrastados anos
As correntes não viam chaves
para desobstruir
os cadeados que permitiam eu ser presa de mim mesma
A força faltava e não conseguia
a defesa
Coloquei as mãos na cabeça
e afoguei em mim
Assim em três noites
e três dias
Quando no quarto
pedi ajuda:
salve-me de mim
(por um grito de liberdade na crise de pânico)
Rio de Janeiro/RJ
Cris Ávila é moradora do Rio de Janeira; poetiza e autora de dois livros, entre dezenas de participações literárias em antologias. Colunista do Jornal Nosso Bairro Jacarepaguá. Idealizadora dos projetos: Dando Vozes; Conversa de Versos e Poesia, um presente!
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CAROLINA MARTINS
Dá-me o mar,
E dou-te o mergulhar
Dá-me o céu e o ar,
E dou-te o voar.
Dá-me a estrada,
E dou-te a direção, a palavra
Dá-me o real, o concreto,
E dou-te o abstrato afeto.
Dá-me sempre a fluidez
De passar e ir,
E dou-te a insensatez
De somente sentir.
Não me dá nada,
Não é preciso,
Dá-me apenas ínfimo sonho
O mundo cabe em um sorriso.
Carolina Martins
Funcionária pública, moradora do RJ, aquariana, aprendiz e poeta
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RÉGIS DANIEL
ÍNTIMOS DELÍRIOS
Tu és o meu melhor poema,
Rico soneto metrificado.
Compreendido pelos que amam,
Amor por mim devocionado.
Não quero viver em vão momento,
Mas se acaso o vier,
Que seja por pouco tempo,
Sejas Tu meu alento, se assim o quiser.
E por entre ritmos e rimas,
Os versos partejam ao belo.
E tecem flores, e plantam flores,
E exalam odores e unem amores.
Ah! Os teus versos!
Tornar-se-ão meus seletos duetos.
Cantar-te-ei o meu amor, o meu soneto.
Meu Epíteto amuleto.
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JOSÉ HENRIQUE CALAZANS
José Henrique Calazans
José Henrique Calazans lançou em 2009 o livro de poemas Quem vai ler esta merda?, que teve sua segunda edição em 2012. Participou de várias revistas e coletâneas. É autor do esquete Amor Sob Máscaras, que participou do I Festival Experimenta.
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TERESINHA FERNANDES
Do outro lado da rua.
Tu olhavas pra mim.
Invadiu-me a poesia.
E em pequenos traços
Fizemo-nos assim:
Corpo e alma. Alma gêmea.
Flor do campo Amor sem fim...
Cinco anos de alfazema
dois minutos de jasmim,
Fomos puras adrenalina
Hoje, pequenas labaredas
Propiciando o fim...
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ANDERSON NOGUEIRA
RIO
Rio.
Rio.
Rio.
Rio.
Rio.
Rio.
Rio.
Rio.
Anderson Almeida Nogueira nasceu em Magé/RJ, é morador de Cachoeiras de Macacu/RJ. Autor independente tem seis livros publicados de estilos variados, indo do cotidiano ao técnico; do biográfico à ficção, preferindo as modalidades
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CATEGORIA VIDEOPOEMA
VIDEOPOEMAS
ADRIANO ESPÍNOLA
LÍNGUA-MAR
Adriano Espínola (Fortaleza-CE, 1952) é poeta, contista, ensaísta e crítico literário. Professor universitário. Membro do Pen Club do Brasil e da Academia Carioca de Letras. Mora no Rio.
JORGE VENTURA
CULPA
IGOR FAGUNDES
ROMÂNTICO
TCHELLO d'BARROS
ETÍLICA POLÍTICA
COTIDIANO
SÉRGIO GERÔNIMO
ANGELLA WAINS
GRITO
ELISA FLORES
PERFIL
EDUARDO REIS
(IN)VISÍVEIS
Corre em minhas veias qual tigre feroz
Encanta-me em teus olhos feito serpente mágica
Acaricia meu corpo com teu sopro forte...
e dança.
Dança em meus nervos numa sinfonia plena
Arrebata em teu sorriso minha alma e sê
Por um momento apenas a fantasia viva
Vem! Transforma tudo, qual delírio, em luz...
e brilha.
Brilha em minha vida qual um sol dos pólos
Derretendo neves que cascateiam em risos
De um gargalhar profano cria asas leves e
aterrissa em mim...
Que te espero viva qual um lençol d’água
Num leito de nuvens com debruns de fogo
A chamar teu nome... pronunciar teu nome...
sussurros... amor!
GLENDA MAIER, membro da APPERJ - Associação Profissional de Poetas no Rio de Janeiro. De seu livro POESIA Etc. & TAL, o poema PRECE.
AJEB E UBE. Já participou de várias Antologias e Revistas. Lançou dois livros solos e um com Mark Trarback. Ano 2021 ganhou 1º lugar no Concurso da Prefeitura do RJLivros : A Curva do Caminho (2018) e O Encontro das Pipas (2021), ambos pela Ventura Editora.
DILCE SODRÉ
AMANTES
JOSÉ AFFONSO
O TEMPO
VERA VERSIANI
MINHA GENTE
Vera Versiani-Poeta, aforista, música, compositora, professora de violão e matemática, com formação em Química e Biofísica.
CECÍLIA ROGERS
CAMINHOS
ROSANA SIQUEIRA
OS SÁDICOS TOMARAM O MUNDO
Poeta e escritor, autor dos livros: Duas Almas e Joia Rara.
Possui cinco livros solo editados.
IZABEL TEIXEIRA
SEPULTURA
YouTube: TV POETA & POESIA
Whaptssap 31 999569161
Facebook: Antonio Galvão
ANGELA MARIA CARROCINO - Natural de Pindamonhangaba, SP, ela é poeta e contista, tendo 11 livros editados. É associada à APPERJ, à UBE/RJ e íntegra o Grupo litero-teatral Poesia Simplesmente.
Criadora do evento cultural "CHARAU- um sarau com chá e charme."
CLECIA OLIVEIRA
ROSE ARAUJO
RODA VIDA
Curitiba, Paraná.
MARCIO RUFINO
LOUCO CURRÍCULO
Rio de Janeiro,Tijuca,Brasil
Gisele Sant’ Ana Lemos
Psicóloga, Editora, Compositora e Escritora.
DE CORAÇÃO PARA CORAÇÃO
Claudia Luna Apperjiana 348.Arte educadora e Psicologa pela PUC Rio.Idealizadora do Projeto "De
Coração para Coração Poetas em ação Pró Criança Cardiaca",coordenadora de projetos da Ong O NossoPapel, foi membro da diretoria do SEERJ e atualmente é vice presidente da APPERJ.
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CATEGORIA FOTOPOEMA
MARIA DO CARMO BOMFIM
HIGIENE EMOCIONAL
Poema: Maria do Carmo Bomfim
Arte: Ive M. Soares
Maria do Carmo de Lima Bomfim é professora e psicóloga clínica. Autônoma no RJ. Dedica-se também a escrever crônicas, contos e poemas. Tem dois livros solos lançados no RJ e SP e tem participado de dezenas de Antologias do Brasil e exterior. É associada à UBE e faz parte da Diretoria da APPERJ.
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SILVIO RIBAS
Mineiro de Curvelo (MG), jornalista há 30 anos e radicado em Brasília desde 2017. Estudioso do Batman e autor das coletâneas poéticas Malabar, Poemas para João e A Moça do Vestido Verde, todas pelo clubedeautores.com.br
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TATI TORRES
Tati Torres é advogada e membro da AJEB-RJ (Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil - RJ). Participou dos livros "A Arte de Ser Mulher - vol. 2" e "Mulheres Extraordinárias”, da Editora Rede Sem Fronteiras. (Instagram @tatitorresof)
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ANANITA REBOUÇAS
antologias.
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SUZANA JORGE
Suzana Jorge é poeta, professora, revisora textual. Autora dos livros Textura Carioca (2017) e Perfume de Asfalto (2021). Acadêmica da ASOL, idealizadora do Projeto Poesia Convida, Suzana Jorge Poesia no face, @profsucarvalho no insta. “O Amor em si, o Amor em mim, dia a dia minha fratura exposta”.
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REGINA HESKETHMENINO DE RUA
Regina Hesketh (GIGI) - Apperjiana, natural de Belém do Pará.
Psicóloga, psicoterapeuta, facilitadora de Biodanza, atriz e contadora de histórias.
Trabalhos publicados em várias Antologias e autora do livro "Algumas Lembranças, Alguns Poemas".
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DANIELA GENARO
Daniela Genaro Aguiar (São Paulo/SP) – Poeta amadora desde a infância com publicações em antologias, revistas literárias e mostras culturais. Escrever poemas é minha grande paixão. Ao fazer artesanato com as palavras, entendo melhor a vida, as pessoas e a mim mesma.
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FÁBIO FERNANDO
Fábio Fernando, 61 anos, é desenhista gráfico, ilustrador, caricaturista e poeta pernambucano. Criado em S.Paulo, morou no Rio de 2001 a 2020.
Influências: e.e. cummings e demais poetas concretistas, o modernismo e os ícones da cultura popular nordestina.
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CATEGORIA AUDIOPOEMA
AUDIOPOEMA
ISAAC DOMINGOS
PARQUE ABANDONADO
Click no link abaixo e ouça o poema de Isaac Domingos
Isaac Domingos da Silva
Isaac Domingos nasceu em 1951, em Recife- PE. Licenciado em Português- Latim e Literatura pela UERJ-1979, e Filosofia em 2012, também pela UERJ. Sócio Fundador da APPERJ - Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro.
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ANA PAULA SOEIRO
Click no link abaixo e ouça o poema de Ana Paula Soeiro
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Professora, Poeta, Turismóloga , Produtora Cultural. Contribuiu com matéria de capa e fotos para Revista Arte de Fato. Poemas em coletâneas como Entre o Fado e o Samba, Poesia Revista. Diretora Social Vida Feliz. Presidenta Inst. Nelson Mandela. Elenco Cabaré do Malandro. Edição do áudio incorporado: Ricardo Mendes.
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CLÁUDIA ORQUIDEA
MUNDO ÍNTIMOS
Adotas os prazeres e as mais variadas formas de querer.
A longa e austera distância, nos aproxima a cada imagem, troca e sedução.
Admira que o tempo passou e ainda permanece a ausência dessa fórmula
A solidão consoante, a voz úmida, um corpo sedento e uma alma assediada.
Alarmar os corações e quem despe as relações se não superficiais estão na ancoragem da coragem, que se pode ainda crer em sentimentos vivos, tocáveis e profundos.
Sabe-se que a ilusão daquilo que não se busca ou realiza consequentemente se frustra, ambição de tudo que o mundo íntimo pode traduzir. Querer é poder mas poder é algo que se liberta nas ações.
Breve a vida do gozo solitário enquanto o que se retém a dois continua a buscar paciência.
Aflorar talvez naquela terra plana, planejada de como e porquês , sem entender a lógica do relógio que mata o tempo mas não inventa histórias apenas as revela e reconta.
Por Cláudia Orquidea
Rio de Janeiro 7 de agosto de 2018
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CATEGORIA POESIA VISUAL
FRANCISCO IGREJA (IN MEMORIAM)
FRANCISCO IGREJA-(1949, Vila Fria/Viana do Castelo/Portugal – 1992, Rio de Janeiro/RJ/Brasil) –
Poeta luso-carioca, veio para o Rio de Janeiro aos 2 anos de idade. Mestre em Teoria Literária, professor universitário, idealizador dos Cadernos de Poesia OFICINA (mais de 1000 poetas em primeira publicação), embrião da APPERJ, da qual é o seu idealizador. Autor de: Script; Procura-se um poema; O nascimento de Irene; Das sortes e do destino; Postais de Irene (livronline, in memoriam), coautor de 4 poetas modernos, todos de poesia. Ensaísta publicou: A semana regionalista de 22. Em conto: Renascer de Jacinto. publicou, também, o Dicionário de Poetas Contemporâneos. Navegou no meio acadêmico e alternativo, que era seu por excelência, dos anos 1980.
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Escritor, poeta, professor, editor, consultor e ativista literário.
Publicou os livros Poetastro, Saca na Geral, Liberatura,
Poematemagia, Poezya: que porra é essa? É autor do ainda inédito
Pileque de Palavras. Parte de sua obra está disseminada na
Internet, em antologias e produtos impressos. Fundador da Escola
Cairo Trindade, ensinou Poesia por 25 anos, deixando como legado
seu método no curso Eu Sou Poeta, disponível em versão on-line.
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Val Mello, Multiartista Piauiense- Administradora de Empresa, poeta, performer, artistas plástica. Desenvolvedora de conteúdos digitais. Escreveu o livro A Violeta 19- Uma Transmutação Pandêmica, em coautoria com o escritor Jorge Ventura (disponível em e-book), é autora do livro Vermelhos InVersos, já participou de várias antologias. Faz parte da diretoria da APPERJ- Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro.
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ANDRÉ VALLIAS
André Vallias (São Paulo, 1963) é poeta, designer gráfico e produtor de mídia interativa. Vem publicando regularmente poemas e traduções em diversas revistas brasileiras e internacionais. Foi co-curador de importantes mostras de poesia visual e digital, entre as quais: Transfutur (Kassel, 1990); p0es1e – digitale Dichtkunst (Annaberg-Buchholz, 1992) e POIESIS – <poema> entre pixel e programa</> (Rio de Janeiro, 2007). Publicou Heine, hein? (Perspectiva, 2011), Totem (Cultura e
Barbárie, 2014), Oratório (Azougue, 2015) e Bertolt Brecht – Poesia (Perspectiva, 2019). É editor da
revista online www.erratica.com.br
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REGINA POUCHAIN
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CATEGORIA POESIA SONORA
POESIA SONORA
ALEX HAMBURGER
Click no link abaixo e ouça a poesia sonora de Alex Hamburger
↓↓
Alex Hamburger
e investigações voltados para as possibilidades de fusão e entrecruzamento de linguagens,
tentando desenvolver trabalhos em Poesia Verbal, Visual e Sonora, Poema-objeto, Livro de
artista, Intermedia, Antiarte, etc. Com a utilização desses recursos participou de algumas
exposições coletivas e individuais, no país e no exterior. Cometeu sete livros em variados
gêneros poéticos, quatro Cd’s de Poesia Sonora e realizou pretensos trabalhos em Arte
Performance. Em 2020, a convite da editora Errant Bodies Press, de Berlim, lançou o seu oitavo
livro de poemas, “Antilogy”, uma antologia de seus poemas visuais, em prosa e em verso,
traduzidos para a língua inglesa. Alguns de seus trabalhos figuram em acervos de coleções
particulares e instituições de arte contemporânea, no país e no exterior, como o MAM-RJ;
MAC-SP; Itaú – Campinas-SP; Printed Matter Bookstore – Nova York; Compendium of
Contemporary Fine Prints – Hamburgo; Institute of Contemporary Arts (ICA) – Londres etc.
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Click no link e ouça a poesia sonora de Brenda Mar(que)s
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Brenda Mar(que)s Pena é poeta, escritora, jornalista, performer e produtora cultural. Pesquisadora Doutoranda em Estudos da Linguagem (CEFET-MG) e Mestre em Estudos Literários (UFMG). Autora de vários livros, entre eles: Poesia Sonora: história e desdobramentos de uma vanguarda poética e Tsunâmica.
-- Brenda Marques Pena
Jornalista, escritora e produtora cultural
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CATEGORIA CORDEL
Aboio de Cordel
SEVERINO HONORATO
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ANTONIO MEIRA
ÁGUA FONTE DE VIDA.
"Sou apenas um fazedor de versos simples"
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Netos ao redor do fogo,
Lá vem rima, lá vem jogo:
Ele por ali em pé...
Já se sabia, pois é!
De repente ele dizia:
- Quando a labareda chia,
No ar faz toré e tora!
Se dia corre por fora
Do tempo, é poesia.
No Tempo do Vô que era
'Véi do Mato do Sertão'!
Pajé na inspiração...
De voz brincante, sincera;
Contando histórias à vera,
Dizia: - Meu Povo, espia!
O sol que hoje alumia,
Bota mais dengo na aurora:
Se o dia corre por fora
Do tempo, é poesia
No Tempo do Vô que tinha
Por nome Sebastião,
Quando chegava São João,
Tinha Jogo de Advinha,
Viola de longa vinha...
Um bonequeiro trazia
Mamulengo que dizia:
- Sou Patrimônio de Outrora!
Se o Cordel corre por fora
Do tempo, é poesia...
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