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IV MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ 2021

 CATEGORIA ESCRITA

LUIZ OTÁVIO OLIANI

 RECEITUÁRIO



não manche o poema
com palavras vazias
velhas metáforas
adjetivos em vão

não faça versos
sobre o passado-clichê

não sufoque
o eu lírico
dê-lhe sobrevida
para respirar

deixe o lirismo
bater à porta:
permita que entre



Luiz Otávio Oliani
Rio de Janeiro



*LUIZ OTÁVIO OLIANI cursou Letras e Direto. É professor e escritor. Participa de mais de 200 livros coletivos. Teve textos traduzidos para inglês, francês, italiano, alemão, espanhol, holandês e chinês.  Publicou 15 livros: 10 de poemas, 3 peças de teatro e os livros de contos “A vida sem disfarces”, Prêmio Nelson Rodrigues, UBE/RJ, 2019, e “Ingênuos, Pueris e Tolinhos”, 2021. Recebeu o título de “Melhor Autor Apperjiano 2019” pelo conjunto da obra. É o atual Diretor de Comunicação Social da APPERJ.







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MÁRCIO CATUNDA

MEMÓRIA DE ROMA

Na Roma das orgias e dos vícios,
mais de um pecado cometi, nefando.
Vi Nero praticar seus estropícios;
casar-se com dois homens, delirando.

Com Calígula, cantei num comício;
num bacanal jantei com Domiciano.
Passei por libertinos desperdícios.
Aos poucos vim na paz me lapidando.

Fui catecúmeno nas catacumbas,
pelos apóstolos chorei nas tumbas.
Vi dos palácios erguerem-se igrejas.

Assisti aos martírios e às pelejas
dos primeiros adeptos de Jesus,
na longa caminhada até a luz.


Márcio Catunda

Escritor e diplomata. Nascido em Fortaleza em 1957. É membro da Associação Nacional de Escritores de Brasilia, da Academia de Letras do Brasil, do Pen Clube do Brasil, com sede no Rio de Janeiro e da União Brasileira de Escritores. Escreveu cinquenta livros de poesia e prosa, alguns dos quais no idioma castelhano. Editou também diversos discos com seus poemas musicados e cantados por vários parceiros.








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PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA CARUSO

PELA FELICIDADE

A gente era feliz e não sabia!
Do nada apareceu a morte à espreita,
tornando-se tremenda pandemia...
E a foice se mostrou insatisfeita!


Acompanhada sempre da agonia
de “ver” o ar faltar numa perfeita
orquestra de profana sinfonia
na cova de milhares em colheita!


A máscara nas faces é sadia
ação para vivermos escorreita
rotina de salvar o nosso dia


e o dia de outros mais – bela receita!
A gente era feliz e não sabia,
mas pode ser de novo desta feita!

Paulo Roberto de Oliveira Caruso
 Icaraí, Niterói, RJ

Presidente da Academia Brasileira de Trova
Diretor Financeiro e Cultural da Academia de Letras e Artes de Paranapuã
Administrador e Advogado pela Universidade Federal Fluminense. Especialista
em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Cândido Mendes (RJ).

 

Verbetes:

Foice – alegoria para morte
Ver – encontra-se entre aspas porque não podemos ver realmente o ar, o vento
Orquestra – a busca desesperada por ar, uma vez que os pulmões começam a falhar

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 RENATO MASSARI

AS DUAS

Duas da manhã as duas se deitam,

Boca em busca da boca,
Sexos pulsando desejos.
Beijo em busca do beijo,

Duais, elas querem sempre

Algo que esteja
Além das travas
E das palavras que mentem.

Duas da tarde as duas se deixam,

Nada têm a prever.
A cama em desalinho
Não cobra promessas
Nem traça caminhos.

Dois destinos se despedem

Do quarto em que ficaram
Mais que os ardores
De um encontro lascivo.
Ficaram lendas,
Contos de bruxas e fadas
Que com encanto se amaram
No colo da madrugada.

  

Renato Massari
Copacabana/ RJ

Renato Massari é doutor em educação e professor aposentado da UFRJ. Participou da III Mostra da APPERJ (2020) e publicou recentemente (2021) nos números 36, 39 e 41 da Revista Virtual Entreverbo (poesia), Canoas, RS. Seu último livro de poesias é "Sentimentos, Sabores, Semblantes", cuja 2a.edição foi publicada pela Baraúna, SP, em 2020.












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JEOVÂNIA P.

FILHA DAS PEDRAS

Sou filha das pedras
Que se cruzaram no meio do caminho
Dos atritos produzidos por elas

Pequenas pedrinhas microscópicas
Que ninguém vê
Mas que incomodam quando entram em um sapato com um pé

Jeovânia P.
Bayeux/PB

Jeovânia P. é poeta, escritora, professora, mestre em Filosofia. Livros individuais publicados: “Palavras Poéticas”; “Poeticamente Entre Versos & Bocas”; “A-M-O-R”; “Quem abriu a boca da pedra”; “Re[s][x]istência” e “Na estrada da poesia”. Coletâneas que organizou: “O Livro das Marias”; “O Livro das Marias II”; “Escrituras Negras_ A Mulher que Reluz em Mim”; “Escrituras Negras II_ As Marcas”; e-book “Sinergia”




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YARA MARIA ALVES E  SILVA

PRECISO CONSERTAR

Preciso consertar a fala
Preciso consertar meu andar
Preciso consertar minha postura
Preciso consertar meu pisar e meu andar
Preciso consertar coisas
Coisas aqui dentro do meu Eu
Varrer alguns cantos
Empoeirados
Deixar limpo
Pra receber alegria
Pra entrar cor
Pra eu cantar
Pular
E beijar o beija-flor
Preciso consertar minha mão
O meu abraço
Pra que eu possa afagar
Acarinhar
Eu e a galera
Abraçar com a alma, você!
Preciso consertar...


Yara Maria Alves e Silva
Curitiba - PR
.


Com formação e carreira na área Administrativa, sou admiradora das Artes em geral, tendo-a até mesmo como um combustível para a rotina diária e seus desafios. Vivenciei mais no campo musical, e comecei minhas escritas de forma orgânica, terapêutica até, e gostei tanto da prática que mergulho nela, trazendo à tona sentimentos, reflexões, descobertas, emoções.









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RODRIGO STARLING

A DUPLA FENDA

Para Thomas Young


Este poema

In/verso da prosa

Muda

e

se

de-

for-

ma

(aqui e agora!)

Pela mão de quem escreve

Ou pelo jugo de quem lê



Rodrigo Starling
Belo Horizonte /MG

RODRIGO STARLING é filósofo, escritor, editor e poeta, natural de Belo Horizonte/MG. Autor de 12 (doze) livros, figura em coletâneas do Brasil e exterior (Alemanha, Equador, EUA, Itália, Japão e Uruguai). É sócio-fundador do Selo Editorial Starling, organizador das antologias "Cem Poemas, Cem Mil Sonhos" (2018); "Provérbios da Lama" (2020) e "Novo Decameron" (2021).







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DIVINO & MARAVILHOSO


[Ao saudoso Valdivino Pereira]


Partiu ao meio com leveza o
Coração da terrível pandemia

Não havia trem de chegada:
Manhã diamantina e fresca

Não disse uai nem ave-maria
Não moveu a pálpebra gentil

Aquilo ali é uma campainha
Ou algum apito de calmaria?

O órfão se entretinha com
Alguma lembrança de família

Mas trazia duas convicções:
Wilmar é pepita, Yeda poemia

Uma ilusão cartográfica:
Minas novas e gerais à vista

Uma súplica mui pia:
Nossa Senhora da Piedade!

Um versinho para lembrar
E chamar de seu: canto-ria

Não era rei, pã ou arrimo de
Jequitinhonhas

Era
Apenas divino e maravilhoso!


A/Zarfeg

Almir Zarfeg – também conhecido como A. Zarfeg ou simplesmente AZ – é um poeta e jornalista brasileiro radicado em Teixeira de Freitas/BA. Sua trajetória poética teve início com “Água Preta”, livro publicado em 1991 e que está chegando à 5ª edição revista e ampliada. Em 2021, portanto, AZ celebra 30 anos de atividade poética. Em “Origem” ele se apresenta: “Ser rio e não rei”.




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ANDREA BOAVENTURA

O CÉU CHORA



As nuvens explodiram
Amotinadas de tanta tristeza
O céu chora
Seus filhos, perdidos, Aldires
Anônimos, sem velório
Finais sem despedida
O céu chora
Derrama compaixão
Destila seu bálsamo de cura
Na cidade impura
Os arranhacéus nunca foram tão frágeis
Nem os corações tão de pedra
O céu chora
A humanidade que vai embora
Quando a morte
Já não nos faz mais chorar.



Andrea Boaventura

Rio  de Janeiro
 
Médica, poeta e cordelista, cantora e compositora, vocalista do trio de forró Bença Divô.




















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DALMO SARAIVA

O QUE RESTA!



O que resta de mim
É um corpo cansado
E uma pele molhada
Escorrendo no chão.

O que resta de mim
É a doce partida
E minha vida vida
Buscando o clarão.

O que resta de mim
É a solidão das estradas
Companheira que traga
Me come e me cospe
Desejos registrados
Na memória da cor

O que resta de mim
É o que escrevo no papel
Um laço de anel
Aliança do amor.


Nascido no meio do mato. Uma espécie de índio, caboclo, mestiço, bugre, capivara, caipora e caipira.
Fundador do MOBRAL – Movimento Brasileiro de Articulação e Liberdade. Fundador do SOBRAL – Sociedade Brasileira de Artes e Letras. Formado em EDUCAÇÃO ARTÍSTICA  E COMUNICAÇÃO – Curso de Teatro no REATOR DO Planetário da Gávea – RJ. Pesquisador da cultura popular brasileira, folclore brasileiro e da música regional




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MARCIA BARROCA

TÉDIO


Enquanto asso meus muffins de banana
com gotas de chocolate
tiro fotos do Cristo Redentor
em suas várias fases
pelas nuvens

Escuto Morais Moreira:
" Pégasus, Pégasus
pega o azul"

A vida não para
Os dias seguem sua rotina de horas
e a natureza restabelece
seu ritmo
com passos leves

Longe estão os humanos
de entender Gaia
Não muito distante
vai o tempo que provamos o sabor
de suas artérias envenenadas
entupidas
o gosto ocre de sua terra
Sua necessidade de respirar
se fez urgente e o
mundo parou

Prisioneiros entre paredes
com as janelas abertas e
separados
do aroma dos quintais
do rugido intraduzível das marés
da cadência do silêncio e dos
beijos que nos induz ao vicio de
acharmos que tudo segue bem

Ainda assim
não entendemos Gaia

De onde estou
não há tempo de sol
ou de chuva ou vento ou luar
De onde estou
só existe um aperto
com enormes pernas
que avançam como um vírus e
criam ciladas dentro de mim


Marcia Barroca


Marcia Barroca, é poeta mineira, formada em letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Marcelina, Muriaé/MG. Mora no Rio de Janeiro e pertence a várias academias literárias, ao PEN Clube do Brasil, APPERJ e a UBE-RJ.














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AMALRI NASCIMENTO
DEUS MÚLTIPLO


Deus coletivo
plural de EUS

Deus é múltiplo
tem EU em si

sou parte
da essência
do essencial

os muitos EUS
que já fui e sou
está em Deus

Deus estará
nos muitos EUS
que ainda serei



Amalri Nascimento


 Potiguar, nasceu na cidade de Brejinho/RN e se radicou no Rio de Janeiro em 1996. É integrante da APPERJ; correspondente da ALTO, ALAAP e IHGM; membro da AVPLP - Seção Acadêmicos Titulares do Brasil; autor premiado em diversos concursos literários e participação em dezenas de antologias; certificado "Melhores Contistas 2013", pela Editora Mágico de Oz e Sociedade Cultural da Ilha da Madeira/PT; possui o indicador “Autor - Estrelas Douradas” pela CBJE; possui um conto vertido para o inglês e espanhol, pela Word Awarenes/EUA. Consta do Catálogo Brasileiro de Autores Brasileiros Contemporâneos. Publicou "Sob o farfalhar do juazeiro e outros contos que conto" - Ed. Caçadores de Sonhos/WI 2020. No prelo: “Universo Multiverso” - Poesia. Como artista plástico, autodidata, foi premiado em diversos salões de artes plásticas, promovidos e/ou apoiados pela SBBA.
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ERIVAN AUGUSTO SANTANA
AMANHECER VIOLENTO



O coletivo das 7:00h passou

O sol surgia por entre as nuvens

Anunciando um novo dia

Na porta do supermercado

Um pedinte estendia a mão

Na calçada, um cachorro revirava

O lixo, tentando sobreviver

A cidade está vendo!?

Em Jacarezinho e Lins

Corpos negros tombam

Atingidos por bala perdida

Nas favelas, balas perdidas

Sempre encontram corpos negros...

A cidade está vendo!?


Erivan Augusto Santana
Teixeira de Freitas - BA

Professor, escritor e poeta



 
















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RITA PINHEIRO (A Garimpeira daCultura)

EU QUERO SALAS, EU NÃO QUERO CELAS

Eu quero salas ,eu não quero celas !
Salas sem grades
Sem dó nem piedade
Celas, seladas , paredes amarelas
Grades quadriláteros de dor
Quadrados de amor.
Eu quero salas , eu não quero celas !
Colorir paredes amarelas
Sol liberto, sombras não vistas,
Desafio!
Ou utopia para visitas?
Eu quero salas, eu não quero celas
Celas que educam
Enlouquecem , esmorecem ,
E todos esquecem...
Eu não quero celas, eu quero minhas salas!
Salas de celas , Celas em salas
Que educa , que cala
Sol desnudo
Chuva fina de primavera
Outono de Dúvidas
Num inverno verdadeiro,
Cala frio ordeiro
Que me toma toda espinha.
Eu quero salas, eu não quero celas!
Educação que não educa
Aquece como vinho não tomado
Quadro não pintado
Por artista transbordando em inspiração...
Eu quero salas, eu não quero celas!
Eu egoísmo, sentimento alado
Bebida de sabor amargo
Segredo não revelado...
Eu não quero celas , eu quero salas
Canetas que apunhalam,

Escritos Ilegíveis
Contas sem resultados
A soma que não multiplica
Divisão que nada aplica
Geografia sem rima e sem rumo...
Eu quero minha sala!
Caras lindas
Como voo de pássaros sobre água limpa,
Ave de agouro
Insistente coro...
Eu quero sala, eu não quero cela
Balela de piada sem graça
Texto de sua desgraça
Sala sem porta
Cela Gradeada
Eu quero sala, Eu não quero cela!

Rita Pinheiro
Salvador - BA

Conhecida como Garimpeira da Cultura, nasceu na cidade de Madre de Deus, Bahia. É arte-educadora, Griô de Tradição Oral, Bonequeira, Professora, idealizadora de vários projetos. Autora de seis livros , artigos e participações em antologias por todo o mundo; em processo de finalização o seu primeiro livro bilíngue: " La mujer de la ventana "É Cônsul do Parlamento Internacional de Escritores da Colômbia, representando o Brasil através de sua arte literária e divulgando nossa cultura.Uma mulher do mundo que não esquece sua essência , e dos seus; abraçou a Cultura e dela se alimenta.







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PAULA CAVALCANTI
A OLIVEIRA – EM CHAMAS – QUE NUNCA SE CONSOME (canção para a irmãzinha Olívia)

Minhas mãos escrevem o amanhã,
nasce o Sol e eu beijo as suas mãos, minha irmã,
Se meu corpo é matéria,
O seu corpo é talismã:
A Oliveira, em chamas, sem fim,
E ao redor dela
O sertão eu vejo assim:
O perdão dos mortos,
A redenção dos vivos,
A proteção do seu desejo, sim,
Minhas mãos escrevem o amanhã,
Nasce o Sol e eu beijo as suas mãos, minha irmã,
Qualquer separação
É temporária,
Qualquer temporada,
Em terra árida é uma miragem,
Já que ela é fértil:
Saiba que durante a viagem,
Faz-se a compostagem,
A chegada do projétil
Fragmenta o solo
Por onde papai ande,
No interior do Rio grande,
Do Norte
No inteiro subsolo está
A sorte
Do meu destino ser o seu relicário:
Derradeiro Lençol freático,
Que procura por você,
E ao fim,
Que retorna a você,
A Oliveira, em chamas, sem fim,
Minhas mãos escrevem o amanhã,
nasce o Sol e eu beijo as suas mãos, minha irmã…

Paula Cavalcanti 
26 de junho de 2021

Nasci e fui criada na Cidade do Sol (Natal - RN), Retirante e Retornante por essência. Sou Advogada e pesquisadora de formação, escritora nas férias.












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MARVIN BERNARDO

MEIO-FIO


MEIO OU FIM OU INTEIRO
À MARGEM DA CALÇADA
CAMINHA O BRASILEIRO
COM SEUS PÉS DESCALÇOS
SOB O SOL DO MEIO-DIA
FRITANDO NO ASFALTO

OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS
FIOS QUE SE ENTRELAÇAM
FIOS MAMANDO NOS SEIOS
FIOS POIDOS SE DESFIAM
DESENCAPADOS SE CHOCAM
COM AS RODAS DOS CARROS

FIOS COM SUAS DUAS FASES
PENETRAM ENTRE OS DENTES
MEIO-FIO QUE RECEBE FRASES
FIOS QUE COSTURAM DOENTES
TODO MEIO-FIO SEM CRASES
DESA(FIOS) PRESOS NOS PENTES

MEIO-FIO QUE NÃO TEM COR
TEM BUEIROS ENTUPIDOS
LIMO E SANGUE E DOR
TEM PAPEIS ESQUECIDOS

Marvin Bernardo

Rio de Janeiro
Marvin Bernardo
 – natural do Rio de Janeiro, advogado, Diretor do Centro Cultural da OAB Barra da Tijuca, Diretor Jurídico da APPERJ, poeta, cantor, compositor, escreve desde os 15 anos de idade, participou de várias antologias de poesia, compôs 85 canções registradas, entre autorais e parcerias, tem 9 canções produzidas que se encontram nas plataformas digitais.





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PEDRO GARRIDO

VERSOS LIVRES 

Sou poeta

Os versos voam

Liberdade ecoa

Estou alerta

Como alguém que espera

A rima perfeita para voar

Pois sou poeta livre

Lanço meus sentimentos aos céus

E eles alcançam quem eles quiserem

Não sou eu quem mando neles

Eles que mandam em mim

Prosa, verso, pétala, rosa

O convite deste dia é

Seja livre para voar

Em busca das palavras

Que podem lhe dar

O que precisa para

Reverberar ao mundo

O dom de tocar o céu

Os limites do universo

E o coração do ser humano.

Pedro G
São gonçalo/RJ

Pedro Garrido tem 34 anos, é poeta, escritor e curador de antologias, nasceu e mora em São Gonçalo, RJ. Atualmente cursa o 5° período da faculdade de pedagogia pela UnyLeya. Faz parte de 3 academias literárias e do coletivo Nuapalavra. Participou de 10 antologias, está na organização da terceira e lançou em janeiro o primeiro livro autoral (Uni)verso.











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ULISSES DIAS

o tempo é uma cara coberta de espinhas
o vapor de chá causa lágrimas nos meus óculos
a solidão é um trem pra dentro da estrela natimorta
a sabedoria é um eclipse oculto pelas nuvens
o som da queda é um estribilho de um hino esquecido
as rezadeiras gemem monotonais no carnaval
o cântico dos cânticos é um livro de orgasmos
o roçar da felicidade em minha barba causa cócegas
os bebês acompanham as bolhas de sabão em pleno ar
a guerra cobra o soldo dos covardes
a despedida é um prato dado em um velório
ninguém disse para segurar o choro, mas fizemos
a Terra vaga certa em linhas tortas
deus não liga pra minúsculos


                                  Casa do Rocha, 18/07/2021


Ulisses Dias
Rio de Janeiro/RJ


É brasiliense de nascença, mas se escorrega pelos cantos do Rio de Janeiro há mais de dez anos. Tricolor não praticante, ganha a vida como professor, mas vive mesmo de outros jeitos, em andanças, encontros e olhares nos olhos. Exerce o ofício da poesia desde sempre: não sabe ser de outro jeito.












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LÍGIA HELENA CARVALHO

POESIA


Poesia, fluir de ideias
Externalizar da alma
Palavras que ecoam:
Vozes, gritos, mitos...
Se fala do amor
Da dor
Do som
Do que é bom.
Denuncia o que é mau
A desigualdade social
O amor incondicional
Fala de várias formas
Aquilo que te incomoda
Que te encanta
Palavras, falas, denúncias...
Proclamar memórias de tudo que nos conecta.
Poesia: Liberta, salva!
Traz refúgios há muitas vozes que ecoam em folhas no papel.
Que ganham vida ao ser lido
Envolve, comove, promove a liberdade de sentimentos
Que estão ali, aguardando uma voz para libertá-la!


Ligia Helena Carvalho.

Dra. Honoris Causa em Literatura, Embaixadora da Paz, Ativista Sociocultural Internacional, membro de 6 Academias Literárias, Escritora, Cantora, Trovadora, Compositora, Apresentadora Radialista.



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VALMIR SILVA

NÃO DUVIDES E NÃO TE ESQUEÇAS

(Durão)

Se um dia desceres ao fundo do poço
Não duvides de Deus, ele irá te ajudar
Um cão, um pássaro, uma música, um moço
Designado será para o representar.

Um amigo nem sempre será o escolhido
Uma alma qualquer te estenderás a mão
O momento carece muito mais que um amigo
De repente carece muito mais que um irmão.

Não duvides do amor desse ser enviado
Que foi lá no fundo do poço para te socorrer
Você vai perceber com o tempo passado
Que o poço era raso, muitos viram você.

De flagelo você passa a ser cobiçado
Cobiçado você passa a se esquecer
Que é no fundo do poço que lhe ignoram
Que é no fundo do poço que amam você
.

Valmir Alves SilvaDurão (Rio de Janeiro, 12 de outubro de 1966), brasileiro. Técnico mecânico de formação e reside atualmente na cidade de Caraguatatuba SP. Possui alguns poemas publicados em Antologias, Revistas e Mostras











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 VICTOR MEIRELLES
DIZ PARO NA CARNE PRETA

O adiantar da hora, o disparo é na carne preta,
O ponto lotado, o atrasar do trem
A marmita estragando, me faz de refém
Tudo é marca de corrente, é navio negreiro
O estalar já não é mais do chicote
O tronco moderno anda pelas ruas
No contratempo da embarcação, o negreiro atraca na estação
O açoite do relógio, o atropelar da multidão
na cara se repete a ferida, a agressão
a clara miséria por si só já fala
A gente é feito das marcas do tempo,
Morreram os garotos na Candelária
Passado tão presente, que ainda ouço
os disparos na carne preta.
Diz: paro, na carne preta

Victor Meirelles -
Complexo da Coreia, Senador Camará - RJ


Ator, arte educador, ativista cultural. Estudou na Etec (Escola Técnica de Comunicações Radio e Tv) e na Cal - Casa de Artes Laranjeiras. Além do rádio, o ator faz trabalho em todo Brasil de arte/educação, atuando nas periferias, subúrbios, escolas, ongs, centros culturais e empresas. Já atuou na TV, programas e séries. Com o teatro, esteve na Broadway (EUA) e em outros países.
MATEMÁTICA DA MENTE NUM CAÇA PALAVRAS








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MARCIA VENTANNIA

Me encontro num caça-palavras
Palavreado e decifrando o óbvio,
o oculto,o intelecto e o racional
Me encontro em desencontros das curvas e letras.
No afeto com o alfabeto,amor passional

Em vertical ,venho versejar a rima ao equilíbrio matematizar .
Coça-me certas palavras e números entre vértices de encaixes aos padrões .
Livro-me , rojo palavrões

Em horizontal , me levo a calmaria
Podem até me soletrar de trás pra frente
Palavras que não fazem juízo
Não mexe com a mente da gente

Se o cansaço vir valer a pena
Me encosto em diagonal
Penduro palavras pequenas
Em caça de amor incondicional


Marcia Ventannia


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KARINE DIAS
“DO NINHO AO VOO”


Aprendi a dar mais valor aos silêncios
Quando algumas palavras saltitavam dos meus lábios
Criavam asas
E voavam sem sentido... por aí!

Não era o fato de calar os desabafos
Porém, era a impossibilidade de terem efeitos
De fazer-me compreendida
De movimentá-los como águia certeira.

Os silêncios são lutas constantes
Na medida em que os barulhos internos gritam
Fazem menções aos infinitos desejos
Que procriam em seus ninhos da ansiedade.

Assim, resguardei os meus voos
Projetando-me às ideias de alcances ousados
Para que o cenário ficasse mais colorido aos olhos
E as palavras tomassem a forma que quisessem... feito as nuvens!

Minuciosamente...
Palavras vão encantando com os seus versos
A escuta vai ganhando a paz
Tais silêncios viram poesias e os voos ganham parcerias!

Karine Dias Oliveira
Nova Friburgo/ Rio de Janeiro

Professora (além de outras graduações). Escritora de diversos gêneros (selecionada e premiada). A escrita é a minha paz, meu refúgio e inspiração pra vida. Sonho em publicar um material autoral.

 


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JOSELENE SOUTO

VOU METER A COLHER SIM


A multidão está próxima
Ouço vozes, barulho...
Sigo em linha reta, sem mudar meu caminho
Chego na escadaria da Candelária
Nem sei se quero ficar com os olhos abertos
Tem morte espalhadanas calçadas.

Pessoas pedem socorro
Ninguém os vê
Ainda escuto balas
Violência e a velha frase:
“Não coloque a colher, finja que não ouve. Esse problema não é seu.”

Vire zumbi dessa sociedade
Ou tenha coragem
Grite!
Reze bem alto.

Nosso povo irá ouvir
Novos votos vão surgir
Esse presidente vai cair.

Joselene O Souto
São Gonçalo/ RJ


Joselene também conhecida como Joselene Negrablack, nascida no Rio de Janeiro, considera-se saindo do ninho para alçar novos voos.
Deu início na escrita há pouco, com uma poética que veste forte motivação social, e que busca evidenciar em seus versos a espontaneidade da vida periférica, assim como suas nuances de significado para a construção de um mundo mais justo e menos preconceituoso







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ROSANIA ALVES
AGOSTO DOURADO

Vamos dourar o mundo
Incentivando a amamentação
E a doação do leite materno
Esse ato salva vidas
Quando vem do coração
Vamos valorizar essa ação
Ao ver o bebê sugar com ternura e afeto
Esse valioso alimento
Causando uma extrema emoção na mamãe
Que feliz pode acarinhar
E amamentar o seu bebê
E também oferecer
O seu leite para doar
Que nobre sentimento
Ela é tomada nesse momento
Ao saber que está
Contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento
Para os bebês que estão em sofrimento
Reduzindo assim a permanência hospitalar
Podendo retornar para o seio familiar
Então vamos dar importância à doação do Leite materno
Ele vale ouro!
Associado ao amor de mãe
Que é eterno.


Rosania Alves poeta e compositora, autora do livro O Poder da Fé e compus a música o Carro do Ovo em parceria com Marcos Diniz,gravada pelo Zeca Pagodinho .






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CLEBER PASSOS

 INTENÇÃO

Qual necessidade tenho

Pra dizer alguma coisa

Tenho responsabilidades

Daquilo que de mim ecoa

 

Se me expressar é importante

Preciso discernir ser edificante

Pra não ser irresponsável

Tão pouco ignorante


Sócrates já falava dos crivos

Sendo uma boa sugestão

Se é verdade, se útil 

E o que vou dizer é bom

 

Se minha intenção é mal falar

Estou no mesmo nível daquele que 

quero caluniar

 

Se a intenção é se vingar

Duvido que se sentirá melhor 

Em no ódio se alimentar

 

Nas palavras desses versos

Melhor consigo expor

Um grito na garganta estava preso

Pedindo amor

Cleber Passsos

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KLARARAKAL

FRANJAS DE ALGODÃO

Dialogando com o conto “A Igreja do Diabo”, de Machado de Assis

Ajeita teu manto de veludo
mas deixa as franjas arrastarem pelo chão:
por onde passares
colherá todo o pó o algodão

é o pó que desprende de ti
mesmo que não tenhas passado por ali

não queiras, porém, agachar-te e colher
sequer um punhado
— por entre os dedos tua arrogância se esvai
e teu manto azulado
em capa de algodão verás transformado

com riquíssimas cintilantes franjas
de seda ou cetim
a contar a história da tua contradição,
enfim.


KlaraRakal
Ilha do Governador/ RJ

KlaraRakal é anagrama e nome literário da professora, escritora, poeta, promotora cultural e editora Karla Antunes. Dois livros de poesia lançados: Rastro de Salamandra, 2017 e De Peito Aberto, 2020, ambos pela VillarLuna Editora, além de participação em várias antologias. Curadora do Sarau dos Bares, na Ilha do Governador

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CÁTIA GRANIÇO

QUANDO A MORTE BATE À PORTA

Quando a morte bate à porta
Inesperada e torta
Não há nada o que dizer
Apenas negamos

Quando a morte bate à porta
Qual faca que nos corta
Não tem mais onde doer
Apenas gritamos

Quando a morte bate à porta
E quem de nós suporta?
É difícil de entender
Apenas choramos

Quando a morte bate à porta
O que ainda importa?
Não há mais o que fazer
Apenas rezamos


Cátia Graniço

Piabetá- Magé/ RJ  
Carioca e professora. Amante da poesia romântica, onde verte em versos os seus sentimentos.










PAULO PINTO
VITRINES

Vistosas vitrines
Viciadas variedades
Volúveis vaidades
Vadios véus

Veladas vitrines
Ventrais, virilizadas
Vênus vulcanizadas
Vulgares vestes

Ventosas vitrines
Vanguardas visuais
Vidas virtuais
Velhos vazios

Paulo Pinto

Piabetá- Magé/RJ

Aposentado e Apperjiano. Vê a Poesia como um segundo idioma, onde exercita novos sentidos e outros significados para cada palavra da Língua-Mãe.



Paulo Pinto

Piabetá- Magé/RJ


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LUMA CARVALHO

INEFÁVEL

entre todos os desejos inesperados
quando te vi
quando te vejo
inefável

inefavelmente
te espero

quando sigo os teus sinais
no filme que faz em minha mente
e de repente eu tão roteirista,
me torno protagonista
da tua história
e do nosso amor.

e inefavelmente
te quero

desde quando a terra concebeu o amor,
filha da terra
que consequentemente
também do amor
do sol,
da lua,

e mostrou-se assim, inteiramente, inefavelmente
pra mim.


Luma Carvalho
Cidade: Capitão De Campos, PI.


Sou Luma Carvalho, nordestina, e quero ganhar o mundo com minha arte. Venho de uma cidade pequena do piauí, mas o que quero dizer é que a arte, a poesia, a música me derramam.
















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MASSILON SILVA

ANTA

Anos sessenta
Pra falar de flores,
Dylan, Joplin, Hendrix...
Vietnã, França, Cuba,
Israel, pra não dizer que não falei de mísseis.
Anos setenta
Terror, a Copa, Warhol e a Cola.
Geração Perdida,
Anos oitenta,
E a vida segue louca e ciumenta.
Ela, mistura de mulher e santa;
Eu, uma anta.


Massilon Silva
Aracaju - Sergipe
Jornalista, escritor e poeta, residente em Aracaju, Sergipe, foi correspondente do Jornal de Alagoas, Jornal de Hoje e semanário Desafio, todos de Maceió.








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CLAUDIO GALINDO
PAI

PAI NÃO É QUALQUER UM
APESAR DO ZUM, ZUM, ZUM
PAI NÃO É QUEM FEZ O FILHO
PAI É UM HOMEM DE BRILHO

QUE CRIA, DA EXEMPLO, DA SUPORTE
PAI É AQUELE HOMEM FORTE
NÃO DIGO FORTE FISICAMENTE
POIS PAI É AQUELE QUE SENTE

QUANDO VÊ SEU FILHO SOFRENDO
PARTICIPA DE SUAS ALEGRIAS
E ACOMPANHA SEUS PAÇOS
CONFORME ELE VAI CRESCENDO

O PAI PODE ESTAR DISTANTE
MAS NÃO DEIXA DE AMAR
AS VEZES PODE SER DURO
MAS NÃO FICA EM CIMA DO MURO
SE SEU FILHO PRECISAR

SE VOCÊ TIVER SEU PAI
ENTÃO LEVANTA E VAI
ABRAÇA E DIGA QUE AMA
PORQUE PAI É AQUELE QUE AMPARA
SEJA NO ANONIMATO OU NA FAMA


Claudio  Galindo


Claudio Galindo – Poeta escritor, livro Palavras que adoçam a Alma, palhaço de

hospital, como voluntario do projeto doutores coloridos, artista plástico, formado em

Serviço Social, Instagram- @galindo4.6 
Email – galindo2009@hotmail.com

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RUBERMÁRIA SPERANDIO

DAMA DA NOITE

Entre o não existir
e o existir, a flor vai
desabrochando-se
no crepúsculo do olhar.

A lua é testemunha da beleza
que ela provoca no sertão.

De madrugada, murcha,
ela vai embora,
deixando a chuva,
goteira no colchão.


Rubermária Sperandio
Tijuca/Rio de janeiro/Rj



Rubermária Sperandio é formada em Comunicação Social e mestre em Midia, Politica e Cultura pela UFMT. Publicou, em 2019, o livro de poemas Matrioskas.







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DURVAL MIGUEL

AMO-TE


Amo-te sem desperdício,
sem soberba,
sem despertar no amor a inveja,
sem a passividade dos dias que somam.
Amo-te incrivelmente feliz
(verdade absoluta)
Na luta da manhã que se desprende da escuridão,
na sensação de que tudo existe só para ti.
Amo-te totalmente descuidado,
nos buracos das ruas que caio,
na poesia dessa gente que passa indo pra lugar algum,
massa que procura e que ainda não encontrou.
Amo-te desesperadamente
sem o medo comum dos amantes e
sem mesmo entender de onde vem tanto amor.
Amo-te nos desencontros,
nas pequenas discussões do dia-a-dia,
na retórica injusta,
na guerra imersa de cada um e
na paz das noites eternas.
Amo-te na dor vigente de te ver partir,
na solidão sem fim em que me encontro,
na angústia do tempo e na espera.
Amo-te, enfim, dentro da minha
im-possibilidade,
da verdade que comungo,
da oração e
até mesmo do pecado.



Durval Miguel Aziz Ebaide
Nova Iguaçu- RJ

Meu nome é Durval Miguel, sou morador da baixada fluminense, professor, já tenho dois livros escritos: um de crônicas e o outro romance. Escrevo desde que me entendo por gente. Amo esses dois ofícios














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WILMA CÉSAR
MUDANÇAS



As paredes nuas não estão frias
As paredes nuas não coram
As paredes nuas e quentes
Tão nossas!


As paredes nuas não choram
As paredes brancas e silentes, afloram
As paredes dançam, gritam, guardam histórias
Explodem risadas gostosas
Euforia

As paredes nuas esperam outras vidas
As paredes frias, prontas para luas de alegrias
As paredes ausentes/presentes querem mudanças
As paredes brancas e silentes
Aguardam novas e audaciosas companhias


Wilma César
João Pessoa -PB

Wilma César Wilma César, mulher/escritora/feminista/sonhadora, amante da vida.















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PAULO SÉRGIO KAJAL

UM ENCONTRO NO  TEMPO  DAS PAIXÕES


ainda me lembro de naquela noite
de frente ao mar
na areia fui chegando curioso
avistei o amálgama humano.
Aquele círculo misterioso me fascinou.
A circularidade sempre me encanta.
Deus ou o que podemos nomear de divindade dança em círculos.
e penetrei a esfera.
Foram mais ou menos vinte...vinte bocas,vinte lábios,vinte línguas
Não era eu quem estava ali.
Era alguma forma de existência em Dioníso
Não houve culpa,não houve asco.
Não haveria um deus pra punir aquela gente, pois Deus estava ali.
Na inconsciência dos momentos,quem encontrará o suspiro divino?
Deus...o deus que habita todas os seres
É como a paixão: suspiro de vida e morte.
Vi a divindade e não fui fulminado por ela
O que fulmina é a fome e o desejo de existir
E o amor... Ah, o amor ocupa qualquer espaço
O amor suporta a mortalidade do vazio
Noite, brisa e mar, carne doce, olfato, língua
Beijo, lua ,alma em redenção, grito, garganta
Era a noite , era o mar, língua e Verbo
Imanência e transcendência, comunhão
(No tempo guardado pela lembrança)
E a ausência do nojo
O nojo é a suprema antítese do amor


Paulo Sérgio  Kajal
Rio de Janeiro

Paulo Sérgio Kajal: Poeta, ator, performer; iniciado nos Mistérios de Lapêusis; membro do Coletivo Balalaica de Poesia e Performance; professor; Cultor da filosofia pilintriana; descendente de um fauno.









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GRAÇA LOPES

VIVER ÀS CLARAS

Como me decifrar?
Se sou eu mesma uma incógnita ambulante.....

Menosprezo a limitação
De ver apenas o óbvio

Prefiro me afastar me afogar no mar de emoção
Que apenas molhar os pés
No córrego insípido borbulhante de palavras mudas

É o preço de viver às claras

Destilar mel na alma
Ou se enclausurar na casca do próprio ego!

Grace

Maria das Graças Lopes
Piauiense
Empreendedora, costureira,
Amante dos livros, observadora da história, dos humanos que renascem através do mundo da poesia.


Instagram RECANTO DA MESA











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CHARLENE FRANÇA 

POESIA

Ela é cheiro de livro antigo, no ar, perfume costumeiro
É dança demorada, na chuva turva, no estacionamento vazio
É água fresca, paz de estio
Um sorriso de canto, meia lua
É verdade omitida, nua e crua.

Basta apenas decifrar seu sussurro, sua prece silenciosa
Ela se mostra, aos poucos, se desnuda
Basta olhá- la de perto
E caminhar seguro
Em sua areia quente, em seu infinito de deserto

Acompanhe sem pressa o seu passo
Ela anda agitada, corpo esguio, enlevada
Faminta, revirando vísceras, devorando farrapos,
Restos de sonhos despedaçados, amontoados em papéis em branco.

Ela tem percalços, pés descalços,
Leva estrelas marinhas nos cabelos
É toda derramar de sangue e aço
Regaço, de silêncios e de apelos.

Charlene França


Mestre em Literatura brasileira, professora dos ensinos fundamental e médio da Rede Estadual de ensino e autora dos livros: Diversus devaneios do cotidiano, Ao pé do ouvido, Sinestesia e Brevíssimos. Membro da Alto ( Academia de Letras de Teófilo Otoni ) e finalista do Prêmio baixada 2016

 






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DARTANGNAN HOLANDA

EQUINOS

Talvez ninguém acredite
mas existe
um belo cavalo
da cor do azeviche
que
de madrugada
me apanha e galope
até o INFINITO
do pensamento
procurando por mim


Dartagnan Holanda
Tijuca
Rio de Janeiro/RJ





















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CRIS ÁVILA

SALVA-ME DE MIM


Presa aos holocaustos
da vida
Que de surpresa
puxaram-me aos
porões tormentosos
Fui saqueando minhas
fraquezas
E ganhando inúmeras
tristezas
Fiquei refugiada dentro de mim
por alguns minutos
que representaram arrastados anos
As correntes não viam chaves
para desobstruir
os cadeados que permitiam eu ser presa de mim mesma
A força faltava e não conseguia
a defesa
Coloquei as mãos na cabeça
e afoguei em mim
Assim em três noites
e três dias
Quando no quarto
pedi ajuda:
salve-me de mim

(por um grito de liberdade na crise de pânico)

Cris Ávila
Rio de Janeiro/RJ


Cris Ávila é moradora do Rio de Janeira; poetiza e autora de dois livros, entre dezenas de participações literárias em antologias. Colunista do Jornal Nosso Bairro Jacarepaguá. Idealizadora dos projetos: Dando Vozes; Conversa de Versos e Poesia, um presente!












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CAROLINA MARTINS

ABSTRATO


Dá-me o mar,
E dou-te o mergulhar
Dá-me o céu e o ar,
E dou-te o voar.

Dá-me a estrada,
E dou-te a direção, a palavra
Dá-me o real, o concreto,
E dou-te o abstrato afeto.

Dá-me sempre a fluidez
De passar e ir,
E dou-te a insensatez
De somente sentir.

Não me dá nada,
Não é preciso,
Dá-me apenas ínfimo sonho
O mundo cabe em um sorriso.

Carolina Martins


Funcionária pública, moradora do RJ, aquariana, aprendiz e poeta










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RÉGIS DANIEL

 ÍNTIMOS DELÍRIOS 


Tu és o meu melhor poema,

Rico soneto metrificado.

Compreendido pelos que amam,

Amor por mim devocionado.

 

Não quero viver em vão momento,

Mas se acaso o vier,

Que seja por pouco tempo,

 Sejas Tu meu alento, se assim o quiser.

 

E por entre ritmos e rimas,

Os versos partejam ao belo.

E tecem flores, e plantam flores,

E exalam odores e unem amores.

       

Ah! Os teus versos!

Tornar-se-ão meus seletos duetos.

Cantar-te-ei o meu amor, o meu soneto.

                                                         Meu Epíteto amuleto.


Régis Daniel
Cocal  de Telha/Pi

Sou um eterno velejador, quando o mar está envolto invento o meu próprio cais. Sou coautor de tudo que vibra, crio e recrio histórias e viajo em todas elas.

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JOSÉ HENRIQUE CALAZANS

OS TEMPOS QUE VIRÃO

Depois da pandemia,
haverá os que elevam sua consciência humanitária
e os fanáticos e intolerantes.

Depois da pandemia,
haverá os que clamam pelo fim das guerras
e os que lucram com os conflitos.

Depois da pandemia,
haverá os que defendem o meio ambiente
e os que destroem os recursos naturais.

Depois da pandemia,
haverá os que lutam pelos desassistidos
e os que exploram a miséria alheia.

Depois da pandemia,
haverá os que choram os seus mortos
e os que agradecem pelas vidas poupadas.

Depois da pandemia,
continuaremos humanos,
contraditoriamente
humanos.



José Henrique Calazans

Rio  de Janeiro/RJ

José Henrique Calazans lançou em 2009 o livro de poemas Quem vai ler esta merda?, que teve sua segunda edição em 2012. Participou de várias revistas e coletâneas. É autor do esquete Amor Sob Máscaras, que participou do I Festival Experimenta.















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TERESINHA FERNANDES

FUGAZ


Do outro lado da rua.
Tu olhavas pra mim.
Invadiu-me a poesia.
E em pequenos traços
Fizemo-nos assim:

Corpo e alma. Alma gêmea.
Flor do campo Amor sem fim...
Cinco anos de alfazema
dois minutos de jasmim,

Fomos puras adrenalina
Hoje, pequenas labaredas
Propiciando o fim...


Teresinha Fernandes
Águas Claras- Brasília/DF

A escritora e poetisa tem suas obras publicadas na Amazon, romances, poesias e um livro infantil. O que à levou a escrever, foi o desejo de transformar a escrita em algo prazeroso. A poesia, abaixo citada, foi extraída do Livro Amor Sem Fim, publicado pela Travassos Editora e na Amazon.








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ANDERSON NOGUEIRA

 RIO 

Rio.

Água que nasce da pedra,
No seio da terra, no verde da mata,
Ou no clarão do vazio, como um fio.

Rio.

Água clara, sem cor, sem sabor,
Vai engrossando, ganhando volume,
Abre caminho, irriga o estio.

Rio.

Água que vence barreiras,
Que faz corredeiras e poço profundo,
Margeia a prainha, acalma o cio.

Rio.

Água que chega à cidade,
Debaixo de ponte, garante o pescado,
Margeia o progresso, suporta navio.

Rio.

Água que agora tem cor, tem sabor,
Gosto de lama, cheiro que agride,
Te lançam esgoto, lixo, ficas sombrio.

Rio.

Água cinza, não nascestes assim,
Não há mais pescado, não se pode banhar,
Não desistes, continua teu rumo, bravio.

Rio.

Água que vence a metrópole, segue seu desafio.
Seu curso agora é triste, lento, fastio.
O mar o acolhe, está vencido o desafio. Com brio!

Rio.


Anderson Nogueira




Anderson Almeida Nogueira nasceu em Magé/RJ, é morador de Cachoeiras de Macacu/RJ. Autor independente tem seis livros publicados de estilos variados, indo do cotidiano ao técnico; do biográfico à ficção, preferindo as modalidades













 

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CATEGORIA VIDEOPOEMA

VIDEOPOEMAS

ADRIANO ESPÍNOLA 

LÍNGUA-MAR

/
Adriano  Espínola

Adriano Espínola (Fortaleza-CE, 1952) é poeta, contista, ensaísta e crítico literário. Professor universitário. Membro do Pen Club do Brasil e da Academia Carioca de Letras. Mora no Rio.
















 
NÍVEA MARQUES MORAIS
BONECAS DE PORCELANA



/
NÍVEA MARQUES MORAES
Barra Mansa/ RJ


Nívea Moraes Marques é poeta, escritora e advogada, formada pela UFRJ. É Procuradora do Município de Barra Mansa. Conta com três publicações independentes: Retratada, Estrela das águas e Como se fosse flor. Em 2021 publica Batizado de Boneca pela Chiado Books.














JORGE VENTURA

CULPA

/
Jorge Ventura 
Rio de Janeiro/RJ

Poeta, escritor, editor , ator, jornalista e publicitário. Atual Presidente da APPERJ (Associação Profissional de Poetas no  Estado do Rio de Janeiro), diretor da UBE-RJ, vice-presidente da ABLAP e um dos integrantes do grupo Poesia Simplesmente. Tem 10 livros publicados e participação em dezenas de coletâneas, entre nacionais e internacionais.

INSTAGRAM: https://www.instagram.com/jorgeventura4758/

FACEBOOK: https://www.facebook.com/jorge.ventura.3150




IGOR FAGUNDES 

ROMÂNTICO

/
Igor Fagundes
Rio de Janeiro

Igor Fagundes é poeta, ensaísta, ator, crítico literário. Doutor em Poética e professor do Departamento de Arte Corporal da UFRJ. Autor de 10 livros, coautor de mais de 30 e detentor de cerca de 60 prêmios literários.








TCHELLO d'BARROS

ETÍLICA POLÍTICA

/

SINOPSE
Um cidadão aproxima-se de uma câmera de segurança e, entre
assonâncias e aliterações, externa sua visão sobre o mundo
político.

ETÍLICA POLÍTICA

O político
politicamente
mente

A política
tá etílica
e ética
é titica

E o poder
podre
a não mais
poder


Tchello d’Barros é suspeito de ter publicado 7 livros de poemas e fontes fidedignas apontam participação com textos em mais de 100 antologias. Há indícios ainda de seu envolvimento em diversas produções audiovisuais, inclusive supostos videopoemas.







TANUSSI CARDOSO

 COTIDIANO

/
Tanussi Cardoso
Rio  de Janeiro/RJ

Tanussi Cardoso - Carioca, formado em Direito. Poeta, jornalista, crítico, contista, tradutor e letrista. Poemas publicados e traduzidos em diversos países. Tem 13 livros de poemas. Ganhou cerca de 40 prêmios literários, nacionais e internacionais. Membro do Pen Clube do Brasil, membro da UBE - RJ e da APPERJ. Ex-presidente do SEERJ.








 

SÉRGIO GERÔNIMO

/
Sérgio  Gerônimo/ RJ

SÉRGIO GERÔNIMO – Carioca, Oficial Superior e Professor do Magistério do Exército, Língua Inglesa no Colégio Militar do Rio de Janeiro. Psicólogo clínico, pós-graduado em Psicossomática Contemporânea. Editor-chefe da OFICINA. Treze livros de poesia publicados, o mais recente “Agaman” (poesia em HQ). Também, ensaísta, cronista, conferencista. É presidente de honra e fundador da APPERJ. Morador em Maricá/RJ.












MOZART CARVALHO
 
/
Mozart Carvalho/ RJ


MOZART CARVALHO — Carioca, morador da Barra da Tijuca, foi vice-presidente da APPERJ. Professor universitário. Mestre em Humanidades, Culturas e Artes. Especialista em Língua Latina. Poeta, ensaísta, conferencista, ilustrador, tradutor, editor-assistente da OFICINA Editores, membro do seu Conselho Editorial. Seu mais recente sucesso, o livro de poemas: Cortejo de lágrimas: rito teatral da morte (Oficina Editores).












CELI LUZ
O QUE VEM DEPOIS
/
C
Rio de Janeiro


Celi Luz é escritora, poeta premiada no Brasil e no exterior. Seis livros publicados. No prelo a 2⁰ edição de Na Morada do Tempo. Membro da ABDL, ASOL, APALA e do PEN Clube. Diretora Secretária da APPERJ . Diretora Cultural da UBE-RJ.

 








ANGELLA WAINS

GRITO

/
Angella Wains
Rio  de Janeiro

Angella Wains: Carioca, mãe, poeta, cantora, compositora, professora da Rede Municipal (Rio de Janeiro). Livro lançado:“A Ciranda dos Pirilampos” (Ibis Libris, 2016).
















KARLA JULIA
INSANIDADE


/

Karla Julia é carioca, escritora, professora, palestrante, tradutora de Língua e Civilização Francesa. É membro titular do PEN Clube do Brasil, da UBE RJ (União Brasileira de Escritores ), da AJEB (Associação das Jornalista e e Escritoras do Brasil) e da APPERJ (Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro).
Livros publicados: Alma Nua e Recantos - dos versos íntimos.






ELISA FLORES

PERFIL

/

Elisa Flores foi professora da UNIRIO e da UFRJ. É poeta e escritora da APPERJ, pertencente também da Academia Luso Brasileira de Letras, PEN CLUBE, Academia Francesa des lettres e des Arts , AEXPEN, AJEB e UBE-RJ







EDUARDO REIS

 (IN)VISÍVEIS

/
Eduardo Reis 
Nova Iguaçu/RJ

Invisíveis
invisíveis
invisíveis
ExisTEM 
ResisTEM
vivem invisíveis
(S)em paz!

Fotógrafo formado pelo SENAI de artes gráficas, Universidade Gama Filho, com diversos cursos de especialização em fotografia, Atuou por muitos anos nos segmentos sociais, produtos e moda.  
Hoje, costuma inclinar seu olhar  fotográfico para pessoas em situação de invisibilidade social.

INSTAGRAM
https://www.instagram.com/eduardo_reis_fotografo/

PÁGINA NO FACEBOOK
https://www.facebook.com/eduardoreisfts








GENDA MAIER
PRECE
/
Ergue-me em teus braços como um anjo louco
Corre em minhas veias qual tigre feroz
Encanta-me em teus olhos feito serpente mágica
Acaricia meu corpo com teu sopro forte...
e dança.

Dança em meus nervos numa sinfonia plena
Arrebata em teu sorriso minha alma e sê
Por um momento apenas a fantasia viva
Vem! Transforma tudo, qual delírio, em luz...
e brilha.

Brilha em minha vida qual um sol dos pólos
Derretendo neves que cascateiam em risos
De um gargalhar profano cria asas leves e
aterrissa em mim...

Que te espero viva qual um lençol d’água
Num leito de nuvens com debruns de fogo
A chamar teu nome... pronunciar teu nome...
sussurros... amor!


GLENDA MAIER, membro da APPERJ - Associação Profissional de Poetas no Rio de Janeiro. De seu livro POESIA Etc. & TAL, o poema PRECE.











ANGELINA DA CONCEIÇÃO 
/
Angelina da Conceição

Acadêmica da APALA¬ ALALS e AVPLP, associada da APPERJ
AJEB E UBE. Já participou de várias Antologias e Revistas. Lançou dois livros solos e um com Mark Trarback. Ano 2021 ganhou 1º lugar no Concurso da Prefeitura do RJLivros : A Curva do Caminho (2018) e O Encontro das Pipas (2021), ambos pela Ventura Editora.








DILCE SODRÉ

 AMANTES

/
Dilce Sodré
Rio de Janeiro

Sou Dilce da Fonseca Sodré, carioca, artista plástica, microempresária e novata na arte de escrever. Foi através de conhecer Luna Magalhãess e seu maravilhoso projeto Versos&Vozes que ousei enveredar por esse lado poético

 






JOSÉ AFFONSO

O TEMPO

/
José Affonso
Rio de Janeiro

Apenas um qualquer José. Formado na faculdade do mundo, com mestrado nas histórias da vida. Sonhador por instinto. Pensador por natureza e "Poeta" com certeza

 



VERA VERSIANI

MINHA GENTE

/
POEMA MUSICADO 


Vera Versiani-Poeta, aforista, música, compositora, professora de violão e matemática, com formação em Química e Biofísica.








CECÍLIA  ROGERS

 CAMINHOS 

/
Cecília Rogers
Niterói/ RJ

Mestre em Lit. Port. e Lit. Africanas - UFF. Videopoema Caminhos, do livro “Ardia a poesia em Maria” (2018) - Ed. Pachamama, com escrita sensorial que dialoga com a fotografia de Ricardo Rogers, seu filho. Está em várias antologias. 

 INSTAGRAM ---> @ceciliarogers.poeta


 


ROSANA SIQUEIRA

OS SÁDICOS TOMARAM O MUNDO


/

Rosana Siqueira
Camboriu/ SC

Rosana Siqueira é autora de LabirintusFemininus - poemas pulsantes. Participou em 2021 do prêmio Off Flip de Literatura: crônica; da e-Zine Poetizando Feminismo, do Coletivo Feminista Não Me Kahlo e da III Exposição Internacional de Arte e Gênero.




/


Sonia Maria Mazzei é carioca, bacharel em Português/Literaturas pela UFRJ, com pós-graduação em Literatura Portuguesa pela UERJ. Autora de três livros infantis: “Vida de Balão é Foguinho", “Doce Surpresa” (Prêmio Carioquinha de Literatura Infantil) e “Vida, Encontro e Festa: no vai e vem da floresta". Participou de várias antologias de contos e poesias. Em 2017, publicou seu primeiro livro solo de poemas: “Revoada” (Editora Penalux). "Envelope Violeta" é seu novo livro de poemas inéditos, publicado em 2020, também pela Editora Penalux









CLÁUDIO MIRANDA
/
Claudio Miranda
 Jacarepaguá /RJ


Claudio Miranda, filho de Ruth de Carvalho e Ivaldo Miranda, morador de Jacarepaguá, nascido no estado do Rio de janeiro, no município do Rio de janeiro.
Poeta e escritor, autor dos livros: Duas Almas e Joia Rara.











MARCELO MOURÃO
PEIXE FORA D'ÁGUA

/

Marcelo Mourão é mestre e doutorando em Literatura brasileira (UERJ). Também é poeta, pesquisador, crítico literário e produtor cultural. Idealizou e apresenta o sarau POLEM, desde 2008. Criou e vem desenvolvendo o subgênero poético POEMEMES.

Possui cinco livros solo editados.
INSTAGRAM:https://www.instagram.com/marcelomourao1973/









 

IZABEL TEIXEIRA

SEPULTURA

/
Izabel Teixeira
Cacoal/ Rodônia

Não tenho preconceito, todos são iguais quando vêm ao meu encontro.
Aceito o rico, o pobre, o sábio, o leigo, o branco, o índio, o negro, a ovelha desgarrada, a beata e até o preconceituoso.
  Diante de mim olhos vermelhos choram, por remorso, alguns choram a perda.
 
E eu?
 Eu olho a todos com olhos de impiedade. Izabel Teixeira-Poeta

Izabel Teixeira é agricultora familiar. Começou escrever poemas em 2011. Já participou de várias antologias e congressos relacionados com a literatura











ANTÔNIO GALVÃO
//
Antônio Galvão
Belo Horizonte/MG

Poeta Antônio Galvão, Mineiro, Belo Horizonte, nasceu 08/08/1960, economista, professor, jornalista, servidor público, assessor parlamentar, produtor de cultura de Sarau Poético Musical e formação clínica em psicanálise.

YouTube: TV POETA & POESIA
https://www.youtube.com/channel/UCTioFDGhdryXAPoY5NahN-g 

Whaptssap 31 999569161

Facebook: Antonio Galvão









ANGELA MARIA CARROCINO
INEVITÁVEL PAIXÃO
 
/

ANGELA MARIA CARROCINO - Natural de Pindamonhangaba, SP, ela é poeta e contista, tendo 11 livros editados. É associada à APPERJ, à UBE/RJ e íntegra o Grupo litero-teatral Poesia Simplesmente.

Criadora do evento cultural "CHARAU- um sarau com chá e charme."

















CLECIA OLIVEIRA
POEMA LOUCOS E NATUREZA MOLHADA

/


Clécia Oliveira: Poeta, produtora cultural/audiovisual/editorial, jornalista e revisora de textos com graduações e pós-graduações nas áreas de Letras e Comunicação. Coordena e produz projetos da Fio Cultural Produções. Um deles é o Sarau FioMultiCultural, que apresenta obras em linguagens, mídias e formatos diversos.

facebook.com/cleciaROliveira
INSTAGRAM:https://www.instagram.com/fiocultural/

 






ROSE ARAUJO

RODA VIDA

/

Rose Araujo . Poetisa, fotógrafa e designer gráfico. Diretora de arte da Ânima Design Studio de Criação. Diretora e curadora do Sarau da CasAmarelinha
 Itaipu - Niterói








ELIANI MARTINS
ESPRAIAR

/
Eliane Martins Quadrelli Justi
Curitiba, Paraná.


Mestre em Educação (UFPR). Docente -Tutora na EaD no Curso de Pedagogia. Membro efetivo da Academia Paranaense da Poesia desde 2004.















MARCIO RUFINO

LOUCO CURRÍCULO

/
Macio  Rufino
Belford Roxo/RJ

Marcio Rufino dos Santos é escritor, poeta, ator, performer e historiador. É autor dos livros de poesia Doces Versos da Paixão (Acridoces Paixões) e Emaranhado. Atuou em importantes movimentos lítero-culturais do Rio de Janeiro como Sarau Donana, Universidade das Quebradas, Slam Tagarela e Flup. Participou da I Batalha de Slam do Rock in Rio 2019. Um de seus poemas fez parte da exposição itinerante Poesia Agora. Recebeu os prêmios Litteratudo-monteiro Lobato e Destaque Baixada.











GISELE LEMOS
O QUE VISLUMBRA
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Poeta Diana Balis
Rio de Janeiro,Tijuca,Brasil
Gisele Sant’ Ana Lemos
Psicóloga, Editora, Compositora e Escritora.

 DE CORAÇÃO PARA CORAÇÃO

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Claudia Luna 
Rio de Janeiro


Claudia Luna Apperjiana 348.Arte educadora e Psicologa pela PUC Rio.Idealizadora do Projeto "De
Coração para Coração Poetas em ação Pró Criança Cardiaca",coordenadora de projetos da Ong O NossoPapel, foi membro da diretoria do SEERJ e atualmente é vice presidente da APPERJ.

CONHEÇA A ONG NOSSO PAPEL 
BLOG FLAMATEC
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CATEGORIA FOTOPOEMA

MARIA DO CARMO BOMFIM

HIGIENE EMOCIONAL


Poema: Maria do Carmo Bomfim
Arte: Ive M. Soares

Maria do Carmo de Lima Bomfim é professora e psicóloga clínica. Autônoma no RJ. Dedica-se também a escrever crônicas, contos e poemas. Tem dois livros solos lançados no RJ e SP e tem participado de dezenas de Antologias do Brasil e exterior. É associada à UBE e faz parte da Diretoria da APPERJ.





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SILVIO RIBAS

 


Sílvio Ribas
Mineiro de Curvelo (MG), jornalista há 30 anos e radicado em Brasília desde 2017. Estudioso do Batman e autor das coletâneas poéticas Malabar, Poemas para João e A Moça do Vestido Verde, todas pelo clubedeautores.com.br

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TATI TORRES

CALO-TE


Tati Torres
Rio  de Janeiro/RJ

Tati Torres é advogada e membro da AJEB-RJ (Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil - RJ). Participou dos livros "A Arte de Ser Mulher - vol. 2" e "Mulheres Extraordinárias”, da Editora Rede Sem Fronteiras. (Instagram @tatitorresof)


ACESSE O INSTAGRAM
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ANANITA REBOUÇAS



Ananita Rebouças, poeta e escritora, autora de Amores da Casa Velha, Retalhos de papel e A volta. Participou de várias
antologias.

INSTAGRAM:https://www.instagram.com/ananitareboucas/







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SUZANA JORGE

 
Suzana Jorge/ RJ



Suzana Jorge é poeta, professora, revisora textual. Autora dos livros Textura Carioca (2017) e Perfume de Asfalto (2021). Acadêmica da ASOL, idealizadora do Projeto Poesia Convida, Suzana Jorge Poesia no face, @profsucarvalho no insta. “O Amor em si, o Amor em mim, dia a dia minha fratura exposta”.






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REGINA HESKETH

 MENINO DE RUA



Regina Hesketh (GIGI) - Apperjiana, natural de Belém do Pará.
Psicóloga, psicoterapeuta, facilitadora de Biodanza, atriz e contadora de histórias.
Trabalhos publicados em várias Antologias e autora do livro "Algumas Lembranças, Alguns Poemas".

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DANIELA GENARO



Daniela Genaro Aguiar (São Paulo/SP) – Poeta amadora desde a infância com publicações em antologias, revistas literárias e mostras culturais. Escrever poemas é minha grande paixão. Ao fazer artesanato com as palavras, entendo melhor a vida, as pessoas e a mim mesma.


 

 

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FÁBIO FERNANDO



Fábio Fernando, 61 anos, é desenhista gráfico, ilustrador, caricaturista e poeta pernambucano. Criado em S.Paulo, morou no Rio de 2001 a 2020.
Influências: e.e. cummings e demais poetas concretistas, o modernismo e os ícones da cultura popular nordestina.






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CATEGORIA AUDIOPOEMA

AUDIOPOEMA

ISAAC DOMINGOS

 PARQUE  ABANDONADO


Click no  link abaixo e ouça o poema de Isaac Domingos

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CLICK E OUÇA https://anchor.fm/apperj/episodes/ISAAC-DOMINGOS_-IV-MOSTRA-DE-POESIA-CONTEMPORNEA-DA-APPERJ-2021_-Ed--Virtual-e1646ak


Isaac Domingos da Silva

Isaac Domingos nasceu em 1951, em Recife- PE. Licenciado em Português- Latim e Literatura pela UERJ-1979, e Filosofia em 2012, também pela UERJ. Sócio Fundador da APPERJ - Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro.

 





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ANA PAULA SOEIRO

Click no  link abaixo e ouça o poema de Ana Paula Soeiro 

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CLICK E OUÇA ...https://anchor.fm/apperj/episodes/ANA-PAULA-SOEIRO---IV-MOSTRA-DE-POESIA-CONTEMPORNEA-DA-APPERJ-2021ED--VIRTUAL-e16452b


Professora, Poeta, Turismóloga , Produtora Cultural. Contribuiu com matéria de capa e fotos para Revista Arte de Fato. Poemas em coletâneas como Entre o Fado e o Samba, Poesia Revista. Diretora Social Vida Feliz. Presidenta Inst. Nelson Mandela. Elenco Cabaré do Malandro. Edição do áudio incorporado: Ricardo Mendes.






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CLÁUDIA ORQUIDEA

MUNDO  ÍNTIMOS

CLICK E OUÇA .... https://anchor.fm/apperj/episodes/CLUDIA-ORQUIDEA---IV-MOSTRA-DE-POESIA-CONTEMPORNEA-DA-APPERJ-2021-ED--VIRTUAL-e1645v2




As mais doces carícias me chegam através de teu desejo.
Adotas os prazeres e as mais variadas formas de querer.
A longa e austera distância, nos aproxima a cada imagem, troca e sedução.
Admira que o tempo passou e ainda permanece a ausência dessa fórmula
A solidão consoante, a voz úmida, um corpo sedento e uma alma assediada.
Alarmar os corações e quem despe as relações se não superficiais estão na ancoragem da coragem, que se pode ainda crer em sentimentos vivos, tocáveis e profundos.
Sabe-se que a ilusão daquilo que não se busca ou realiza consequentemente se frustra, ambição de tudo que o mundo íntimo pode traduzir. Querer é poder mas poder é algo que se liberta nas ações.
Breve a vida do gozo solitário enquanto o que se retém a dois continua a buscar paciência.
Aflorar talvez naquela terra plana, planejada de como e porquês , sem entender a lógica do relógio que mata o tempo mas não inventa histórias apenas as revela e reconta.


Por Cláudia Orquidea

Rio de Janeiro 7 de agosto de 2018

Atriz, Poeta, Palhaça, Escritora, Oradora, Pedagoga, Dançarina do Ventre E Dança Cigana. Loucutora, Participou Como Integrante do Coletivo OS DESCABELADOS, Atuando Em Saraus, RÁDIO WEB E PERFORMANCE. Artista Plástica, Modelo Fotográfico e atuante Figurante do PROJAC (TV GLOBO E RECORD).







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CATEGORIA POESIA VISUAL

FRANCISCO IGREJA (IN MEMORIAM)

FRANCISCO IGREJA-(1949, Vila Fria/Viana do Castelo/Portugal – 1992, Rio de Janeiro/RJ/Brasil) –
Poeta luso-carioca, veio para o Rio de Janeiro aos 2 anos de idade. Mestre em Teoria Literária, professor universitário, idealizador dos Cadernos de Poesia OFICINA (mais de 1000 poetas em primeira publicação), embrião da APPERJ, da qual é o seu idealizador. Autor de: Script; Procura-se um poema; O nascimento de Irene; Das sortes e do destino; Postais de Irene (livronline, in memoriam), coautor de 4 poetas modernos, todos de poesia. Ensaísta publicou: A semana regionalista de 22. Em conto: Renascer de Jacinto. publicou, também, o Dicionário de Poetas Contemporâneos. Navegou no meio acadêmico e alternativo, que era seu por excelência, dos anos 1980. 


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  CAIRO TRINDADE (IN MEMORIAM)



Cairo de Assis Trindade (in memoriam)
Escritor, poeta, professor, editor, consultor e ativista literário.
Publicou os livros Poetastro, Saca na Geral, Liberatura,
Poematemagia, Poezya: que porra é essa? É autor do ainda inédito
Pileque de Palavras. Parte de sua obra está disseminada na
Internet, em antologias e produtos impressos. Fundador da Escola
Cairo Trindade, ensinou Poesia por 25 anos, deixando como legado
seu método no curso Eu Sou Poeta, disponível em versão on-line.

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CLÁUDIA LI
Poeta, artista Visual e geógrafa. Iniciou em 2013 em Niterói a publicação por diversos meios e redes sociais de seus micropoemas, haicais e concreto-visuais. É uma das coordenadoras da série de lives Poéticas. Participa de diversos saraus e exposições no Brasil e Exterior.





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VAL MELLO



Val Mello, Multiartista Piauiense- Administradora de Empresa, poeta, performer, artistas plástica. Desenvolvedora de conteúdos digitais. Escreveu o livro A Violeta 19- Uma Transmutação Pandêmica, em coautoria com o escritor Jorge Ventura (disponível em e-book), é autora do livro Vermelhos InVersos, já participou de várias antologias. Faz parte da diretoria da APPERJ- Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro.


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 ANDRÉ VALLIAS



André Vallias (São Paulo, 1963) é poeta, designer gráfico e produtor de mídia interativa. Vem publicando regularmente poemas e traduções em diversas revistas brasileiras e internacionais. Foi co-curador de importantes mostras de poesia visual e digital, entre as quais: Transfutur (Kassel, 1990); p0es1e – digitale Dichtkunst (Annaberg-Buchholz, 1992) e POIESIS – <poema> entre pixel e programa</> (Rio de Janeiro, 2007). Publicou Heine, hein? (Perspectiva, 2011), Totem (Cultura e
Barbárie, 2014), Oratório (Azougue, 2015) e Bertolt Brecht – Poesia (Perspectiva, 2019). É editor da
revista online www.erratica.com.br


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REGINA POUCHAIN








É poeta, designer, artista intermídia, programadora e diagramadora visual,engajada no poema contemporâneo experimental, na poesia sonora ediscursiva; Pós-graduada em Artes e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica; vem realizando projetos diversificados de criação; exposições, curadoria, livros e obras: poemas sonoros, visuais, matemático-eletrônicos, fotopoemas, poemas-objetos e de manuseio, colagens, trabalhos com mídia
mista, livros de artista e ilustrações. Publica em diversas revistas em meiodigital. Vive no Rio de Janeiro





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CATEGORIA POESIA SONORA

POESIA SONORA


ALEX HAMBURGER



Click no link abaixo e ouça a poesia sonora de  Alex Hamburger

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Alex Hamburger 

Iniciou suas atividades pseudoartísticas na primeira metade dos anos 80, tendo seus interesses
e investigações voltados para as possibilidades de fusão e entrecruzamento de linguagens,
tentando desenvolver trabalhos em Poesia Verbal, Visual e Sonora, Poema-objeto, Livro de
artista, Intermedia, Antiarte, etc. Com a utilização desses recursos participou de algumas
exposições coletivas e individuais, no país e no exterior. Cometeu sete livros em variados
gêneros poéticos, quatro Cd’s de Poesia Sonora e realizou pretensos trabalhos em Arte
Performance. Em 2020, a convite da editora Errant Bodies Press, de Berlim, lançou o seu oitavo
livro de poemas, “Antilogy”, uma antologia de seus poemas visuais, em prosa e em verso,
traduzidos para a língua inglesa. Alguns de seus trabalhos figuram em acervos de coleções
particulares e instituições de arte contemporânea, no país e no exterior, como o MAM-RJ;
MAC-SP; Itaú – Campinas-SP; Printed Matter Bookstore – Nova York; Compendium of
Contemporary Fine Prints – Hamburgo; Institute of Contemporary Arts (ICA) – Londres etc.

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BRENDA MAR(QUE)S


Click no  link e ouça a poesia sonora de Brenda Mar(que)s

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https://anchor.fm/apperj/episodes/Brenda-Marques-Pena--IV-MOSTRA-DE-POESIA-CONTEMPORNEA-DA-APPERJ-2021--ED--VIRTUAL-e1645kq


Brenda Mar(que)s Pena é poeta, escritora, jornalista, performer e produtora cultural. Pesquisadora Doutoranda em Estudos da Linguagem (CEFET-MG) e Mestre em Estudos Literários (UFMG). Autora de vários livros, entre eles: Poesia Sonora: história e desdobramentos de uma vanguarda poética e Tsunâmica.

-- Brenda Marques Pena
Jornalista, escritora e produtora cultural









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CATEGORIA CORDEL

Aboio de Cordel

SEVERINO HONORATO

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Severino Honorato - Paraibano de Mulungu. Nascido a 26 de fevereiro de 1963. Escreve desde os 14 anos. Tem dois livros infantojuvenis publicados; quatro em poesia em estilo livre e 60 títulos em cordel. É pesquisador e oficineiro da Cultura brasileira. Radicado no Rio de Janeiro desde 1984

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ANTONIO MEIRA

ÁGUA FONTE DE VIDA.


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 "Sou apenas um fazedor de versos simples"

Antonio Meira do Nascimento nasceu em Manoel Vitorino BA vive em Vitória da Conquista BA há 35 anos.
A partir de 2016, começou a escrever e apaixonou-se pela poesia de Cordel, tendo como referência, o poeta Bráulio Bessa Uchoa de Alto Santo Ceara. Tem seus trabalhos publicados em antologias nacionais. Participa dos Saraus Atemporal e CIP. Confraria da Poesia Informal



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EDMILSON SANTINI

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No Tempo do Vô-Pajé,
Netos ao redor do fogo,
Lá vem rima, lá vem jogo:
Ele por ali em pé...
Já se sabia, pois é!
De repente ele dizia:
- Quando a labareda chia,
No ar faz toré e tora!
Se dia corre por fora
Do tempo, é poesia.

No Tempo do Vô que era
'Véi do Mato do Sertão'!
Pajé na inspiração...
De voz brincante, sincera;
Contando histórias à vera,
Dizia: - Meu Povo, espia!
O sol que hoje alumia,
Bota mais dengo na aurora:
Se o dia corre por fora
Do tempo, é poesia

No Tempo do Vô que tinha
Por nome Sebastião,
Quando chegava São João,
Tinha Jogo de Advinha,
Viola de longa vinha...
Um bonequeiro trazia
Mamulengo que dizia:
- Sou Patrimônio de Outrora!
Se o Cordel corre por fora
Do tempo, é poesia...

Edmilson Santini
Pernambucano, é Cordelista, ator, educador e poeta. Paralelo às apresentações de seu repertório (Teatro em Cordel), cuida da Oficina de Contação e Criação de Histórias em Cordel, para estudantes, educadores, etc

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