VII MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ - 2024
LUÍS
À Catarina
Senhora, que os meus lábios têm tocado
De Amor, que na distância mais se apura,
Quisera me hospedar em tal ventura
& contente partir no doce Fado.
Porém, hūa mágoa antiga hei exprimentado,
Quando o meu pensamento vos procura:
Quanto mais vos desejo mais agrura
Sinto bater no peito inconsolado.
Este Amor que vos guardo assim distante
Quer buscar no passado o seu futuro
& fazer do presente a eternidade.
Mas de tanto sonhar a cada instante
Com vossa fermosura & Amor tão puro,
Vou vivendo & morrendo de saudade.
Clube e à Academia Carioca de Letras. Atualmente ministra, como professor-visitante,
uma oficina literária, no programa de pós-graduação em Letras da UERJ. É autor de
Metrô (7L, 2023) e Escritos ao Sol (Record, 2015), entre outros livros de poesia.
Parabéns.
ResponderExcluirUm belo texto com raízes nas cantigas trovadorescas, em bela homenagem a Camões.
ResponderExcluirBelíssimo poema, querido Adriano! Parabéns!
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