TORMENTA
*Dedicado ao épico Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, pelo V centenário de nascimento do poeta português.
a certa hora o poema é só tormenta
naufrágio de versos num mar insone
é vento ou vaga de uma luta sôfrega
ao farfalho de páginas e intentos
a certa hora o poema é só tormenta
vela perdida em busca de um cais
angústia de quem se afoga no caos
sedento por respostas tão somente
a certa hora o poema é só tormenta
serpente marinha na orla marítima
surrealismo, imagem sombria,
o nado ao nada, feroz e eminente
a certa hora o poema é só tormenta
singra nas águas pelo sangue célere
é noite profunda e manhã incerta
remo e rima soltos na correnteza
Jorge Ventura
Jorge Ventura
Jorge Ventura
Carioca, é escritor, professor de Comunicação Social, ator, editor, jornalista e publicitário. Presidente da Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro (APPERJ), em seu terceiro mandato, é também titular do PEN Clube do Brasil, membro diretor da União Brasileira de Escritores (UBE-RJ), vice-presidente da ABLAP (Academia Brasileira de Letras e Artes pela Paz) e um dos integrantes do grupo Poesia Simplesmente. É autor de 11 livros, sendo três em coautoria. Seus textos podem ser encontrados em sites literários, jornais on line, blogs e dezenas de coletâneas impressas, nacionais e internacionais. Alguns dos seus poemas foram vertidos para os idiomas inglês, francês, espanhol, italiano e grego. Possui dezenas de prêmios como autor e intérprete. É proprietário da Ventura Editora, Editora Iniciatta e um dos sócios da CQi - Companhia de Quadrinhos Independentes. O lançamento do seu 11° livro, Outras Urbanas, ocorreu recentemente no Bar Ernesto, durante o Sarau Te Encontro na APPERJ!
Amei!
ResponderExcluirAmei!
ResponderExcluirQue lindo poema meu amigo e que lindo trabalho você faz na direção da APPERJ. A correnteza anda conduzindo muito bem seus remos e suas rimas. Beijos
ResponderExcluirQuerida Glenda, muito obrigado pela sua participação e prestígio aos demais participantes. Estamos juntos pela APPERJ!
ExcluirMagnifico poema, amigo! O camões ficaria feliz em escutá-lo! Parabéns
ResponderExcluirQuerida Marisa, grato pelo respeito e prestígio de sempre! Estamos juntos!
ExcluirBelo Poema, Jorge! Camões devidamente homenageado! (comentário de Renato Moura)
ResponderExcluirQuerido, agradeço a deferência ao meu trabalho. Parabéns pela sua participação. Estamos juntos!
ExcluirSalve, Jorge Ventura! Abraço e sucesso sempre!
ResponderExcluirBelo poema de Jorge Ventura! Metafórico, como pede a Poesia, com trabalho linguístico no que tange à escolha das palavras ligadas ao campo semântico das águas, em alusão ao vate Camões!
ResponderExcluirUm comentário preciso e conciso de quem entende do ofício da escrita.
ResponderExcluirAgradeço o seu prestígio, querido Oliani.
Lindo! Parabéns! De tanto navegar, há uma hora que a tormenta é só um certo poema brisa.
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