VII MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ - 2024
CAMÕES E EU
Poeta de terras lusas, alma antiga e beligerante
Através dos séculos, teu espírito perdura
Entre os pequenos nobres, aedos e poetas errantes,
Em versos livres, a vida buscando sem cura
Como um fantasma, atravessas eras, em nau de doce quimera
E em cada verso teu, minh’alma se enleva
Sorvo tua poesia com um amargo consolo
Entre taças de vinho e batalhas de íntimas feras
Jovem forte, de espírito audaz e avassalador
Nas naus intrépidas, a sorte te lançou,
Em cada batalha, um verso, um grito de paixão e de dor
Mas a poesia, tua amada, não te deixou.
Dinamene, tua musa, teu perdido sonho de eterno louvor
Em cada poema, alguma cousa da dor que te ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder um grande amor
Mas a poesia de tu’ alma, nunca se apagou.
Se amor é fogo que arde sem se ver e dor que desatina sem doer
Faço de teu canto um farol que guia meus desencantos
Amor é fogo que arde e combustível para viver
A dor é o élan da poesia que mata para depois nascer.
Marisa Queiroz
Psicanalista. Especialização em Saúde Mental, Psicologia Médica e Psicossomática. Poeta e escritora,
com dois livros publicados. Membro da APPERJ, da AVPLP, da UBE e da SoCis.
A última estrofe é belíssima. Parabéns.
ResponderExcluirGrata, poetamiga!
ExcluirArrasou, Marisa Queiroz! Gostei muito!
ResponderExcluirGrata, poeta madrinha!
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