CRIANÇA PEQUENINA
Criança pequenina, que triste sina!
Muitas vezes bebê, e não raro se vê!
Nas ruas da vida, nas esquinas parida.
Em colos perversos, em braços diversos,
cujas mãos não trabalham,
cujas mãos te atrapalham.
Mãos que te abusam,
de mães que te usam,
de mães que te alugam.
Ah, frágil criança, tão pequenina,
que triste sina!
E nós, que te vemos e tão pouco fazemos
ou nada fazemos.
Às vezes paramos e até conversamos,
às vezes esmolamos mas seguindo andamos.
Anestesiados que estamos,
já cansados de ver, ser banal de acontecer
e normal existir, essa exploração de ti.
Ah, frágil criança, tão pequenina,
que triste sina!
Menino ou menina,
que peso carregas, que vida segregas.
Que mundo te espera!
(E Deus te recupera?)
A pobreza é sempre triste.
ResponderExcluirPoema social trás sempre as agruras da realidade, Parabéns pelo texto corajoso, amiga! bjs
ResponderExcluir