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VI MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ -2023

 FRANCISCO IGREJA

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Verbete:

Francisco Igreja (1949-1992)

Autor de: Script; Procura-se um poema; Nascimento de Irene; Das sortes e do destino; coautor de 4 poetas modernos; livronline Postais de Irene, todos de poesia. Ensaísta publicou: A Semana Regionalista de 22. Em conto: Renascer de Jacinto. Publicou, também, o Dicionário de Poetas Contemporâneos. Idealizador e fundador da Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro a APPERJ. Criou os Cadernos de Poesia OFICINA.



ACESSE E ASSISTA TODO CONTEÚDO DA VI MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ-  EDIÇÃO PRESENCIAL -  QUE ACONTECEU NO DIA 14 DE SETEMBRO DE 2023.

CLICK AQUI >>>> VI MOSTRA DE POESIA - AO VIVO!

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CONVIDADOS ATHOS FARINHA E VIVIANE SANTOS REPRESENTANDO 
A POESIA INCLUSIVA 
NA VI MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ - 2023.

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EDMILSON SANTINI

TEATRO DE CORDEL 

NA VI MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ - 2023

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Edmilson SantiniPernambucano, é Cordelista, ator, educador e poeta. Paralelo às apresentações de seu repertório (Teatro em Cordel), cuida da Oficina de Contação e Criação de Histórias em Cordel, para estudantes, educadores, etc
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MANOEL HERCULANO

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MANOEL HERCULANO


Manoel Herculano é poeta cantador, ator, maranhense e reside no Rio de Janeiro. Tem 3 livros publicados: Ô de Casa-Rio Maranhão (2* edição); Todos são Poetas na Praça, e Poemas são Destinos, lançado em abril/2023 para festejar 15 anos de poesia. Em seus livros, referências de sua terra e homenagens a poetas/escritores/cantores. Apresenta espetáculo solo ESPELHO de PALAVRAS, e projeto POESIA em DOMICÍLIO, com seus poemas de amor e humor, porque: E se a vida é uma Escola, então vai ter que ter recreio.





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O JOGRAL - DIREÇÃO: GRACY KLEM

Apresentação do Jogral Teatro do Humano




Direção: Gracy klem

Atores:
Vagner Venâcio
Maria Luiza Lopes
Manuela Canuto
Nayara Corrêa
Thayna Brito


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TCHELO D´BARROS
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SINOPSE

No videopoema “Sol e Lua”, uma cantilena de monossílabos nos secreta algo sobre a natureza feminina, sobre corpos celestes e ainda sobre um corpo nu que, como as fases da lua, orbita em fotografias na abóbada da tela.

tem
dia
que
tem
sol
tem
dia
que
tem
lua
tem
dia
que
ela
diz
não
tem
dia
que
ela
vem
nua





FICHA TÉCNICA



Voz: Brenda Mar(que)s Pena
Edição Jozefo Roza
Texto, fotos e direção: Tchello d’Barros
Gênero: Videopoema
Categoria: Livre
Cor: P&B
Duração: 01:00 Min
Extensão:.MP4
Arquivo: 35 MB
Formato: 1920 X 1080
Ano: 2021
País: Brasil (Rio de Janeiro - RJ)
Realização: Fluxo Filmes - Coletivo de Audiovisual

(21) 9 8354 1978

 




Tchello d'Barros. Escritor, roteirista e artista multimídia. Publicou 9 livros e possui textos veiculados em mais de uma centena de coletâneas, antologias e didáticos. Suas criações visuais já participaram de cerca de 200 exposições.

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ROSE ARAUJO
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ROSE ARAUJO


Rose Araujo . Poetisa, fotógrafa e designer gráfico. Diretora de arte da Ânima Design Studio de Criação. Diretora e curadora do Sarau da CasAmarelinha
Itaipu - Niterói

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AMALRI NASCIMENTO
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sina

a mulher que eu vi
preparando outra pessoa
atravessava a rua apressada


na correria do dia
foi atropelada no sinal vermelho

o tempo não parou
o motorista apressado não parou
o rebento se apressou
e nasceu ali mesmo na sarjeta

uma chamada para o 193
apressou os bombeiros que
salvaram a mãe e o filho
aquele menino cresceu
correndo contra o tempo

um dia já moço feito
caçando pipas pelos becos da favela
foi alcançado por uma bala perdida
bala achada apressada sem alvo definido
nas esquinas do asfalto e nas vielas

não deu tempo de se esquivar

o menino desenfreado
foi parado no tempo
virando a esquinas
e deparou com a própria sina
caiu e perdeu a repentina vida

o tempo
incólume
passa...

Amalri Nascimento


Amalri Nascimento: escritor potiguar, nascido na cidade de Brejinho/RN, radicado no Rio de Janeiro. Publicou “Sob o farfalhar do juazeiro e outros contos que conto”, 2020; “Universo Multiverso”, poesia, 2022; e A vida passa..., crônica, 2023; ambos pela Editora Caçadores de Sonhos. Consta do Catálogo Brasileiro de Autores Brasileiros Contemporâneos e participa de dezenas de antologias, coletâneas e revistas literárias. É Diretor-Secretário da APEERJ (Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro); Membro Correspondente da ALTO (Academia de Letras de Teófilo Otoni), do IHGM (Instituto Histórico e Geográfico do Mucuri) e da ALAAP (Academia de Letras e Artes do Agreste Potiguar). Como artista plástico, autodidata, foi premiado em diversos Salões de Artes Plásticas, promovidos e/ou apoiados pela SBBA.
Facebook: Amalri Nascimento
INSTAGRAM:https://www.instagram.com/amalrinascimento/ 

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JOGE VENTURA
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Jorge Ventura
Carioca, é escritor, professor de Comunicação Social, ator, editor, jornalista e publicitário. Presidente da Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro (APPERJ), em seu terceiro mandato, é também titular do PEN Clube do Brasil, membro diretor da União Brasileira de Escritores (UBE-RJ), vice-presidente da ABLAP (Academia Brasileira de Letras e Artes pela Paz) e um dos integrantes do grupo Poesia Simplesmente. É autor de 11 livros, sendo três em coautoria. Seus textos podem ser encontrados em sites literários, jornais on line, blogs e dezenas de coletâneas impressas, nacionais e internacionais. Alguns dos seus poemas foram vertidos para os idiomas inglês, francês, espanhol, italiano e grego. Possui dezenas de prêmios como autor e intérprete. É proprietário da Ventura Editora, Editora Iniciatta e um dos sócios da CQi - Companhia de Quadrinhos Independentes. O lançamento do seu 11° livro, Outras Urbanas, ocorreu recentemente no Bar Ernesto, durante o Sarau Te Encontro na APPERJ!
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GISELE LEITE

Epitáfio

No deserto de palavras
A alma se esconde nas sombras
E os fonemas mudos reverberam pela sala.

Não existem respostas.
Não existe empatia.
Nem seres humanos.

Há exigências absurdas sem afeto.
Há vínculos quebrados por vaidade.
Há um deserto sem areia, camelos ou beduínos.

No horizonte morre o sol solenemente.
Nas rajadas alaranjadas e vermelhas
Sangrando-se ao final da tarde
como se fosse um suicida pedindo misericórdia.

Há um cansaço inexpugnável.
Os músculos. Os joelhos
As pernas que bambas deixa o corpo cair.
E, no abismo soturno repousa um corpo quase sem vida.

A respirar o parco oxigênio.
A respirar a poesia dos guetos.
O lirismo caprichoso dos que sofrem.
E, aquele perfume antigo de rosas.

Hoje todas as primaveras estão findas.
Todos os outonos estão desnudos e sem folhas.
Todos os invernos derreteram-se
na bruma da memória ou do Alzheimer.

Onde coloquei aquelas lembranças.
Em que bueiro vazou tantas recordações.
Onde guardei aquela aliança.
Que um dia significou tanto.

E, hoje é heresia e tristeza.
Minha tia, me chamou de filha.
Acariciou-me com ternura.
Fez recomendações para suas exéquias.
Pediu que escolhesse uma frase bonita
para seu epitáfio.
No dia seguinte, estava morta.
Pensei... pensei...

Aqui jaz uma alma eterna. De afeto frutífero e
que deixou legados...


Gisele Leite
Professora universitária aposentada.
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VANESSA ANGELO



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Canção Sem Palavras (Vanessa Angelo)

esperança
é aquele tipo de ave
que se empoleira na alma

como uma tatuagem em brasas
fica gravada no peito
eternamente

canta canções sem palavras
que nunca param

a ouvimos em terras geladas
em longos campos desbotados
pelo outono
em mares estranhos
repletos de náufragos

porém, jamais
em qualquer tempo extremo
ela sequer pediu a mim


uma única migalha.



Vanessa Angelo é artista plástica, fotógrafa, editora e ilustradora

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PAULO REIS

POEMA PROPÓSITO

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PROPÓSITO
Tenho em mente 
o horizonte.
 porque sinto 
a necessidade de prosseguir...
 Ultrapassar as fronteiras
 que delimitam a liberdade,
 que abortam os sonhos, 
deixando opaco o brilho 
dos olhos da humanidade.
 Navego nas ondas da vida. 
Uso como instrumento a poesia,
 para desenhar em versos
 as curvas do meu coração.
 Guio-me pela minha 
bússola interior,
 na esperança de encontrar 
o meu destino.


Paulo Reis

Nova Friburgo- RJ


PAULO REIS, nascido em 06/07/1964, é natural de São José do Ribeirão, Bom Jardim-RJ e residente em Nova Friburgo desde 1985. Formou-se em Letras pela Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia.
Possui poemas publicados em coletâneas, e-book, jornais e websites.


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VAL MELLO
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Texto em homenagem a dois poetas contemporâneos piauienses.


Multiartista costurada nas palavras, "Filha do Sol do Equador". Administradora  de empresas, poeta,  artista plástica. Possui textos publicados em diversas coletâneas,  sites  e revistas. Escreveu o e-book A Violeta19 Uma Transmutação Pandêmica, em coautoria com jornalista Jorge Ventura, (obra ganhadora de prêmio nacional e internacional ) e autora de Vermelhos InVersos ( vencedor do prêmio Manuel Bandeira de Poesia 2021, pela UBE/RJ). Autora de A Síntese do Grito, obra premiado  Soledário de Oro da Argentina e destaque no prêmio Latinidade Brasil Espanha 2023. Compõe a diretoria da Apperj.


Instagram: @val_mellos 


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JOSÉ AFFONSO

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JOSÉ AFFONSO

Apenas um qualquer José. Formado na faculdade do mundo, com mestrado nas histórias da vida. Sonhador por instinto. Pensador por natureza e "Poeta" com certeza
AUTOR DO LIVRO: UM QUALQUER JOSÉ


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CELI LUZ

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Celi Luz
Escritora, poeta, ensaísta, professora de Língua Portuguesa e
Literatura Brasileira. Tem sete livros publicados. Participa de 80 livros
coletivos, de Feiras Literárias, de jornais e de revistas. Prêmios no Brasil, na
Argentina e em Portugal. Membro do PEN Clube. Secretária da Apperj
2020/2021. Diretora de Cultura da UBE RJ 2021/2023. Tem poemas vertidos
para o inglês, o espanhol e o romeno. Instagram: @luz.celi

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RENATO MASSARI
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DUAS MENINAS

Duas meninas chegam à praça,
Descalças e seminuas,
Mal o sol tira a noite das ruas.


Nas caçambas de lixo
Elas catam comida e brinquedo,
Mas se assustam, ficam com medo
Quando ouvem um berro.


Atrás do balanço de ferro,
A maior das meninas empurra
A outra em direção às janelas
De um prédio que para elas
Tem portas sempre arredias.



Passo devagar pelas duas,
Dou-lhes com gosto algumas moedas,
Depois retomo o caminho das pedras
E entro em meu dia a dia.
No metrô lotado, porém,
O jornal de alguém
A vista me embaça:
Ontem, na mesma praça,
Morreram de fome outras duas meninas.


APRESENTAÇÃO DIA 14 DE SETEMBRO, NO IATE CLUBE DO RIO DE JANEIRO

Renato Massari
Copacabana, Rio de Janeiro/RJ

Renato Massari é professor universitário aposentado e autor, dentre outras obras, dos livros de poesia "Sentimentos, Sabores, Semblantes" (2a. edição, 2020) e "Vida, Um Glossário Poético" (2a. edição, 2022).


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ALBERTO PESSOA 

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ALBERTO PESSOA





Autor de crônicas, contos e poesias Alberto Juracy Pessoa Sobrinho, nasceu em Caxias (MA). Formou-se em Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Estadual do Maranhão. É Bacharel em Comunicação Social/Jornalismo na Faculdade Anhanguera de Brasília (DF). Pelo seu trabalho literário e jornalístico recebeu as honrarias: Colar do Mérito Cultural da Revista Brasília, Menção Honrosa Clube Literário Brasília. Foi o 3º colocado no Prêmio Nacional de Redação Assis Chateaubriand (1998), Menção Honrosa no VII Concurso Nacional de Poesia Menotti Dei Picchia (2001). É membro da Ordem da Confraria dos Poetas, de Porto Alegre (RS). É autor de inúmeros artigos, crônicas e poesias publicados na imprensa. Participação nos eventos literário do festival Psiu Poético BH e Rio. Já publicou livros como: Palavras Cruzadas (poesia, Editora Novas Ideias, Brasília/DF), Da Estrada – Conto e Crônicas (Editora Recanto do Escritor Segatto, RS), Versos Paralelos (Editora Reflexos, SP; disponível no Kindle, Amazon). TRILHAS pela editora Scortecci-SP. Pensando em Ti, editora Viverarte-RJ. É fundador e editor da revista Nova Imagem-DF. É ocupante da cadeira n° 27 da Academia Aguaslindense de Letras, cujo patrono é Guimarães Rosa. Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias-MA.
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MARIA DO CARMO BOMFIM



RENÚNCIA

Palavras chegam a mim
na cadência do vento
Neste delírio criador
elas se formam em versos
num momento do gozo
que só os poetas o tem
Quero ficar à sós
com meu poema
Retocá-lo com meu carinho
pintá-lo de todas as cores
acariciá-lo como a um amante
relê-lo até me exaurir
do prazer a dois neste instante
e depois me desprendendo
da brasa incandescente da paixão
ofertá-lo ao Universo
para além da poesia.

Maria do Carmo de Lima Bomfim é professora, psicóloga clínica e psicanalista. Escreve contos, poemas e crônicas publicados em jornais, revistas, sites e antologias do Brasil e exterior. Lançou dois livros solos: Portrait e Humano Prosa & Verso, lançados no RJ eSP. Ganhou alguns prêmios nacionais com destaque para UBE/RJ, APPERJ, FEUC,UERJ. Filiada à UBE/RJ, faz parte da Diretoria da APPERJ
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MOZART CARVALHO





Poesia Experimental: “cheers”
Mozart Carvalho — Carioca, da Tijuca. Foi vice-presidente da APPERJ. Professor, Mestre em Humanidades, Culturas e Artes. Poeta, ensaísta, conferencista, ilustrador, tradutor, editor-assistente da OFICINA Editores. Publicou 6 livros: o mais recente “Cortejo de lágrimas: rito teatral da morte” (poesia). Tem poemas publicados e vertidos em inglês, grego, espanhol, francês.



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SÉRGIO GERÔNIMO

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Sérgio Gerônimo é presidente de honra da APPERJ, poeta em tempo integral.

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LUCIA MATTOS


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APRESENTAÇÃO DIA 14 DE SETEMBRO DE 2023 NO CENTRO CULTURAL DO IATE CLUBE DO RIO DE JANEIRO

 

Lúcia Mattos - Carioca. Graduada em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira: Pós-graduação em Língua Portuguesa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Especialização em Africanidades UNB. Universidade de Brasília..Acadêmica, Comendadora pela Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores. Moção honra pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Pelos serviços prestados à Educação... Diretora de eventos especiais APPERJ. Associação de Profissionais de poetas no Rio de Janeiro. Publicou três livros, dois de poemas e um de conto infanto-juvenil. Detentora de alguns prêmios e participação em várias Antologias. Apresentou o projeto "Tributo à Maria, história dos seus Afro-descendentes, na Cidade do Cabo, África do Sul. Responsável pela coordenação geral do Pré-Vestibular Comunitário Santa Teresinha. E, coordenadora pedagógica da Educafro.

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KARLA JULIA

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Karla Julia



Karla Julia é carioca, escritora, professora, palestrante, tradutora de Língua e Civilização Francesa. É membro titular do PEN Clube do Brasil, da UBE RJ (União Brasileira de Escritores), da AJEB (Associação das Jornalista e e Escritoras do Brasil) e da APPERJ (Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro).
Livros publicados: Alma Nua, Recantos - dos versos íntimos, Via Crucis, No meu fim está o meu começo (coautoria com Paula Gonzaga de Sá)









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ERIVAN SANTANA

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TEIAS PANÓPTICAS

Você foi configurado à luz do dia
E também durante a noite – e ainda
Não tinha percebido – mas Foucault
Já dizia do panóptico de Bentham

Vigiar e punir são verbos transitivos
E você é o objeto direto preferido
Do sistema tecnológico, educacional
Parte do bônus do parque industrial

Até quando você vai continuar
Sendo um agente gratuito do sistema?
Atenção para a lógica da linguística:
Alhures, Bakhtin não costuma falhar!

 





Erivan Santana - Teixeira de Freitas- BA
é professor e poeta, cronista e titular da Cadeira 36 da Academia Teixeirense de Letras (ATL). Publicou “Para ler um poema” (2018), “Balada da misericórdia na primavera” (2022) e o livro de crônicas “Tempos Sombrios: Instantâneos da Realidade” (2022), pela Lura Editorial.








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ELISA FLORES

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Rio dos muitos Janeiros (ll)

Rio de amores e dores,
Rio dos ricos e pobres,
selvas de pedra e favelas,
dos casarões assombrados.

Rio de bela baía,
gosto muito de quem gosta
de enseadas, praias e ilhas,
lagoas, iates , magias…

Rio dos Arcos da Lapa,
do alado bonde de açucar
pra lá dos lados da Urca,
do Cristo no Corcovado.

Rio, meu Rio festivo,
de Carnaval o ano inteiro,
que torna filho adotivo
a todo bom forasteiro.

Mas hoje sinto a tristeza
da fome, riscos e perdas
que ameaçam por inteiro
essa terra de janeiros

Meu Rio do ontem no tempo
de celebrada memória,
reaja, ressurja, renasça,
pra que nunca deixe de ser
no coração e na história,
Cidade Maravilhosa.

Elisa Flores - profa da Uni Rio e da UFRJ, várias obras solo, em antologias pertencendo a várias Academias na Música e na Literatura como AEXPEN e PENCllube
APPERJ , etc…. Trovadora ( mais informações em livros publicados



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RENILSON DURÃES

POEMA DE RENILSON DURÃES INTERPRETADO POR VAL MELLO

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Gato do Mato


Eu sou gato do mato
Eu ainda sou bicho do bicho selvagem
Sou leve, solto, disfarçado
Viro toco para não ser visto
Sou parte do esconde-esconde da natureza
Sou parte da magia
E da brincadeira de vida e morte
Sou da influência do sol a marte
Levo tombos e rasteiras
Dou cambalhotas e me viro no ar
Sou um gato selvagem
Disfarço-me entre humanos
Faço-me de domado
E salto para fora do caos
Na hora em que o bicho quer me pegar
Sou um gato selvagem
Espreito a beira do abismo
Esperando o que há de vir.



Renilson Durães- Professor, Palestrante, Poeta e Escritor

rduraes68@gmail.com

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MÁRCIO RUFINO
O DIA ESCURO

Na manhã estranha
De tardes tacanhas
Saio com o dia escuro
Embaixo de nuvens negras
Entre as luzes ainda acesas.

No infinito ainda o reflexo
Da queda do último relâmpago.
As marcas da tempestade
Que escureceu todo meu âmago.

Nada impede que eu ande
Entre casas sem muros
De mármores escuros.

A ventania soprando mundo afora.
Talvez eu quisesse ter alguém
Do meu lado agora.

Na primeira esquina
Cruzo com o sorriso aberto
De uma criança escura
Que clareia toda a rua
Que esclarece toda dúvida.

Ninguém sabe o que se passa dentro dos aviões,
Dos carros, ônibus e caminhões
Que param e passam,
Que dão passagem e atropelam,
Passam por cima e salvem
E deixam morrer na estrada molhada de chuva.

Nem por dentro da cabeça das pessoas que não sabem
Que o sorriso largo da criança
Perante o dia escuro
É tão contraditório
Quanto o vôo da ave de rapina
Pelo céu e mar limpo
Entre o sol mais que vivo.

Dias escuros, noites claras,
Manhãs violentas, tardes lentas.
Amores aflorando, ódios sangrando,
Corpos transando, cabeças rolando.

E o dia escuro cresce.
Assim ele aparece.
Assim ele se determina.
Assim ele domina.


O olhar dos que vêem seus filhos
Irem à escola em capas que os protegem da chuva,
Mas não do frio.
O olhar dos adolescentes mortos de tédio.


A perda da vida das cores das tintas.
O triste impulso sem graça do céu cinza.
O fraco aspecto de ternuras sem carícias.
os cruéis detalhes das últimas notícias
Dos jornais, das revistas, nas bancas, livrarias.


A velha que escorrega
Caindo na lama.
Os corpos que batalham
Desejando ainda estar na cama.


Comanda os pensamentos poluídos dos homens do mal
Que guardam o sexo na cabeça e as idéias no pau.
O fundo do coração das moças de mente vazia
Que fazem bebês assim como fazem comida.


A teimosia das aves que não se cansam de voar.
A bravura das árvores que insistem em respirar.


Talvez o mistério da noite venha esconder o medo no olhar.
Mas a realidade é má e tão fácil não irá nos desvencilhar.


E o negro do sorriso da besta
Cobrirá o branco da lua,
Como a urina do bêbado
Escorrendo da calçada para rua.


Se é doce morrer no mar
É amargo morrer no asfalto
Não vale morrer de enfarte
Depois de escapar do assalto.


Nos móteis, os debates de ego
Que se fingem de sexo
Com certeza se acirrarão.
Só que eles nunca saberão
Que nas minhas mãos está a soluçao
Da limpeza de toda podridão
Que toda mentira possa sujar.


Mas não se percam nas confusas palavras desses versos-pensamentos.
Pois o dia escuro, como um pesadelo,
sucumbirá num só acinte
no despertar do nascer do sol do dia seguinte.

Belford Roxo/RJ

Marcio Rufino dos Santos é escritor, poeta, ator, performer e historiador. É autor dos livros de poesia Doces Versos da Paixão (Acridoces Paixões) e Emaranhado. Atuou em importantes movimentos lítero-culturais do Rio de Janeiro como Sarau Donana, Universidade das Quebradas, Slam Tagarela e Flup. Participou da I Batalha de Slam do Rock in Rio 2019. Um de seus poemas fez parte da exposição itinerante Poesia Agora. Recebeu os prêmios Litteratudo-monteiro Lobato e Destaque Baixada.









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ANDRÉA DHETTY

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O Tempo e a Medida


O tempo é a medida que nos dá todas as fórmulas, resolvendo as equações.
Ele soma, trazendo pessoas, coisas e convicções.
Ele nos subtrai, levando pessoas, coisas e convicções.
Ele divide.
Divide classes sociais, opiniões, divide mundos, cria bolhas.
Ele multiplica sem cessar qualquer informação que se solte ao vento.
Sem parar um só momento.
E segue desbravando a verdade, mas também, transformando histórias originais em outras que
nunca sequer existiram.
O tempo pode libertar ou confundir.
Aprisionar e nos fazer refém em um lupping eterno.
Ele prega peças, nos fazendo descobrir PEÇA.
No tabuleiro, habitam questões que não querem ser resolvidas, porque são elas, as
protagonistas.
Liberdade? Sim, é possível!
Porém antes é necessário ser peça, como preço de evolução.

Andréa Dhetty


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ANTONIO CARLOS DA MATTA

POEMA EXIBIDO DURANTE A VI MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ DE 2023, NO CENTRO CULTURAL DO IATE CLUBE DO RIO DE JANEIRO




Poesias do Livro Pássaro-Semente 
Autor: Antonio Carlos da Matta
Imagens: André da Matta 
Edição: Ségio da Matta 
Produção: Gravobem Entretenimento

Poeta e letrista
Autor dos Livros (poemas): Leveza entre pesos e Pássaro-Semente
Formado em Direito - Fadisc São Carlos - SP- ano 1992.
Procurador federal desde 1994

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BRUNO BLACK

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Beijo roubado...

Inesperadamente você aparece
E eu vejo-me literalmente do seu lado
Seus olhares pareciam já pertencer ao meu
Mas nos comportamos na certeza de que teríamos muito ainda a trocar.

Aos poucos vi minha voz sussurrando no seu ouvido palavras de amor
E seus poros se abriram pra sentir meu calor
A conexão estava divina
E os desejos que não são bobos foram tomando forma
E quando quase te tive pra mim de total verdade
Você se levantou como um foguete, me deu um beijo
E pulou pra fora do ônibus como se fosse uma miragem!

Por pouco pensei:
Acho que encontrei o grande amor da minha vida
Mas acho que depois disso, nem vivo de verdade eu estava
E percebi que meus olhos do corpo estavam fechados
E logo era um belo sonho!

Só ficou uma duvida no ar:
Será que sonhos se realizam?
Que beijo roubado foi esse, acho que roubou meu coração junto!

Bruno Black


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ROGÉRIO SALGADO

POEMA INTERPRETADO POR JORGE VENTURA, DURANTE A VI MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA EDIÇÃO PRESENCIAL

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INVENTÁRIO
Deixo-te sobre a mesa, o que não tive
mas entrego-te o sonho desfeito desde sempre
a imagem torta de tudo que vivi
no auge da juventude.

Queria deixar-te esperanças
como as que tive outrora
quando o sonho escondia-se
sob meus longos cabelos cacheados
mas a vida ensinou-me que sonhos
(não todos)
realizam-se, se desejarmos muito.

Queria por certo, deixar-te as sombras
do que queria ser e não fui
as canções aquelas
que faziam-me suspirar
entre uma paixão e outra
no coração adolescente.

Queria legar-te a solidão que senti
naquela sala de estar
temendo a noite e suas estrelas
e os suspiros dos medos
que carregava em mim.Mas os dias seguiram
como todos os dias seguem
nessa estrada a qual não sabemos
onde se encontrará seu fim
portanto deixo-te sobre a mesa
o que gostaria de ter tido
mas não tive
e tudo mais que guardo comigo
daquela minha juventude.


Rogério Salgado nasceu em Campos dos Goytacazes\RJ. Reside em Belo Horizontedesde 1980. Na década de 80 editou a Revista Arte Quintal, que caso estivesse naativa, estaria este ano comemorando 40 anos. Em 1993 criou o projeto “In/Sacando aPoesia” (Prêmio Capital Nacional-Categoria Poesia-Aracaju/SE, em 1998), queconsistia em colocar poemas dentro de saquinhos de embalar pães nas padarias.Realizou com Virgilene Araújo, entre 2005 e 2014, o Belô Poético Encontro Nacionalde Poesia de Belo Horizonte e o projeto Poesia na Praça Sete, realizado com osbenefícios da Lei Municipal de Incentivo a Cultura de Belo Horizonte. Tem trabalhospublicados em jornais do Brasil e do exterior. Neste ano de 2023 comemora 48 anosde carreira literária.

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FÁTIMA PORFÍRIO

VI MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ 2023

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SEM RUMO


De madrugada
Perdida na noite
Ouço uma melodia
Que me faz sonhar.

No silêncio onde habitas
No bulício da cidade
Uma voz entre muitas
Ouço a me chamar.

Sigo sem rumo
Há caminhos sem gente
Em noite de lua cheia
Quero peregrinar.

Uma lágrima corre
Teimosamente de saudade
Minha alma estremece
Na imagem de um dia
te encontrar.
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EDNA FIALHO

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Não estou!
Eu sou!
Aquela mulher escondida
nos franjados da idade,
na superação da atuação
de Branca de Neve
que virou cometa
deixando um rastro de delírios pela vida.
Aquela fêmea que sempre
foi comedida, mas para quem a tocou: - fatalista!
Não estou no mundo à passeio, tenho anseios, 
brinco com a sensualidade transformando-a em potencial de sexualidade.
Eu não ando graciosamente vestida
em jeans e sandálias altas, por andar.
Provoco movimentos
de pertencimento,
por tanto, não me devore num olhar só por cobiçar.
Me desnudes para conheceres a felina
mais ousada que
um homem já conheceu.
Pinto e despinto meu ser errante nas translúcidas retinas do acontecer orgasmos.
Quem sou eu?
Ah, descubra nas linhas do que proponho e componho,
acho que vais gostar!


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ROSE LIMA

APRESENTAÇÃO EXIBIDA NA VI MOSTRA DE POESIA DA APPERJ NO PALCO DO CENTRO CULTURAL DO IATE CLUBE DO RIO DE JANEIRO.

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A escritora Rose Lima é natural de Água Doce do Maranhão. Publicou suas poesias em jornal, revistas e em diversas antologias. Anualmente organiza as coletâneas dos projetos "Me tirei pra dançar" e PÉDEPOESIA, trazendo  luz às temáticas do autoconhecimento e do meio ambiente, respectivamente.
@rose_poesias


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BRENDA MARQUES PENA

OUÇA A POESIA SONORA DE BRENDA MARQUES PENA

Rastros sonoros  e

Ecos da Glote

     


Brenda Mar(que)s Pena é poeta, escritora, jornalista, performer e produtora cultural. Pesquisadora Doutoranda em Estudos da Linguagem (CEFET-MG) e Mestre em Estudos Literários (UFMG). Autora de vários livros, entre eles: Poesia Sonora: história e desdobramentos de uma vanguarda poética e Tsunâmica.

-- Brenda Marques Pena
Jornalista, escritora e produtora cultural




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VICTOR MARQUES

Memórias Póstumas de Brasilidades

Ondas e tempestades, ideologias e realidades
Choro das Caiporas derramado a uma nova luz dos progressos do mundo

A cortina que dobra o ferro entre o Sudeste e o Nordeste

Encanto unificador do mundano, a loucura de Foucault frente a microfísica do poder
paralelo

Perdido nas capilaridades das periferias do Rio, vigiado e punido no academicismo
brasileiro

Lúdicos sonhos presos na caverna, platônicos desejos de mudança, além do bem e do mal
da humanidade

O Corvo Invisível recriando o Cerberus das Nações, o azulado em agora necromancia de
sua liberdade

Ao vôo dos algoritmos e dados, guerras no colorir do hibridismo das classes

Mitos alçados ao mundo, pedaladas na fiscalidade das informações concretas

O plano de décadas traçado, aos tribunais da vida acalentada

Na parcialidade de Osíris aos interesses de Anúbis, a balança abrindo caminho para a
ascensão de Seth

A fúnebre marcha em votações e votações nos três algozes, a ressurreição de Plínio em
festivo canto azul - tragédia

Velha política nova, decomposições em cada roda de samba nos subúrbios cariocas

Acordes de Cartola cantarolados em quadros de Portinari, alamandas que nunca mais
pintaram as brasilidades

Memórias Póstumas de Dandara e Marielle, a alvorada do humanatismo parafraseado nas
kalungas locais

Criador e Criatura, Narrativas e Lembranças

A mão que fez a colônia, o pandeiro que expressou os sentimentos populares

Um pé de laranja lima cresce mais uma vez, nas explorações diárias em mais uma Fábrica
Bangu

Mais um cidadão José, a jornada do herói latino - americano

Resistência de mil faces, monomito de mil Marias

Alamandas que agora cantam a nova esperança febril, em mais uma cidadā Rosa florescida
nas tempestades de outono


Victor Marques, poeta, pesquisador e comunicador popular. Graduando de história pela UFRRJ, atuo como Coordenador de Divulgação e Relações Comunitárias do NOPH - Santa Cruz (Primeiro Ecomuseu Comunitário do Brasil).

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MARCOS LOPES FIRMO

O TEMPO SOMOS NÓS


O tempo somos nós
O sonho profundo
O minuto e o segundo
Que está em nós

O tempo é você
A pensar em mim
Junto com você
Do começo ao fim

O tempo é eu
A pensar em você
Sonho meu
Em busca de você

O tempo somos nós
A calar a voz
De toda ansiedade
Em busca da felicidade


Marcos Lopes Firmo.Natural do Rio de Janeiro, além de poeta é jornalista, roteirista e cronista já tendo participado de diversas antologias poéticas.


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KÉSIA BORGES

Eu Sou Poesia.

Eu não faço arte.
A arte me fez.
Eu não escolhi ser artista,
Eu nasci assim.

E no momento em que meu coração bateu a primeira vez já estava determinado que pra
sempre eu veria mais com a minha alma do que com os meus olhos.

Sentir a nuance em relações.
Sentir o espírito do dia.
Conseguir identificar a sutil poesia de:
Uma onda quebrando contra uma pedra.

Olhar pro céu.
Respirar fundo e perceber que,
Eu estou viva.

Eu não fico bem presa.
Correntes queimam minha alma,
Destroem quem eu sou.

Eu preciso ver,
Ouvir,

Sentir.
Eu preciso estar lá, você me entende?

Não é algo que se explica.
Só é algo que se sente.

E eu quero que você veja o que eu vejo! Quero que esteja disposto a pular dessa
realidade e voar comigo, mas se você não quiser, tudo bem.

Só por favor,
Não tenta cortar as minhas asas.
Não,
Não tenta me conter.

E eu prometo que te contarei tudo,
O que você precisa saber.

Eu não busco a minha metade.
Eu sou inteira, querido
E se você topar essa aventura não será pra me completar.
Será pra transbordar comigo.

Esses são os meus termos.
Se quiser dessa forma,
Saiba que será bem vindo em minha vida.


Késia Borges (@kesiaborges.97) tem 26 anos e é escritora, poetisa, artista em diversas vertentes. Fundadora do projeto: Eu Grito Pra Ser Ouvida (@projeto.eugritopraserouvida, Késia usa a abordagem de que a poesia é para todos e que tudo é possível ressignificar e transformar em arte.

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DANIEL CAMPOS

Ouço o canto do pássaro
que já não quer mais cantar.

Ouço a árvore sem folhas
que grita seca à tarde.


Ouço o ruído do vento
que não tem ar.


Ouço o barulho da voz
que nada diz.


Ouço o silêncio de tudo.


Ouço a mudança diária,
a transformação,
a evolução e o progresso
inevitáveis.


*Poema sem título (a critério do autor)

Daniel Campos
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Daniel Campos Guerreiro nasceu em 1982 e mora no Rio de Janeiro. É formado em Turismo e é empresário. Publicou quatro livros de poemas e é membro da APPERJ.


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VICTOR MEIRELLES
Disparo na Carne Preta
 
O adiantar da hora, o disparo é na carne preta
O ponto lotado, o atrasar do trem
A marmita estragando, me faz de refém
Tudo é marca de corrente, é navio negreiro
O estalar já não é mais do chicote
O tronco moderno anda pelas ruas
No contratempo da embarcação, o negreiro atraca
na estação
O açoite do relógio, o atropelar da multidão
na cara se repete a ferida, a agressão
a clara miséria por si só já fala
A gente é feito das marcas do tempo,
Morreram os garotos na Candelária
Passado tão presente, que ainda ouço
os disparos na carne preta.
Diz: paro, na carne preta.

 

/



Victor Meirelles 
Cria do Complexo de Favelas da Coreia, Senador Camará Zona Oeste do Rio de Janeiro é Artista, ator com presença internacional, mestre pela UFRJ, Pós Graduado em Filosofia e Direitos Humanos, Licenciado em Letras, palestrante, arte educador, jornalista, arte ativista e ativista cultural. Autor da Obra Marcos e Marcos, idealizador da biografia Chica Xavier e protagonista do Filme Quando Lembro de Chico da Amazon Prime.
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VALÉRIA LEÃO
É O QUE DIZEM

Dizem por aí
  que eu tenho uma alma antiga
  que bebe vinho, dança bolero
  e acha graça na vida.

Dizem por aí
  que eu abro a porta para a
  poesia, que acolho seu pranto,
  que compreendo os seus mais
  íntimos ruídos.

Dizem por aí
  que essa minha aparente
  leveza de ser
  nasce da conclusão
  de que não se pode ter tudo
  e, portanto, só nos resta viver
  com o que se tem.

Dizem por aí
  que esse meu inesperado
  encontro com a poesia
  é o resultado de uma
  confusão de afetos
  que, como as estrelas,
  se chocam e se estabilizam.

É o que dizem por aí!



Valéria Leão 
Professora, Advogada, Escritora, Poeta. Autora de quatro livros com participação em diversas antologias. Natural de Itaocara-RJ, recebeu Moção de Aplausos da Câmara Municipal pelo conjunto da obra. É Membro Correspondente da ACAPLAC - ACADEMIA APERIBEENSE DE LETRAS,ARTES E CIÊNCIAS.

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KLARA RAKAL

ATRAVÉS DO VIDRO

Através do vidro
não vejo o mundo como tu vês

Através do vidro
vejo o teu revés

Através do vidro
vejo esperares a tua vez

Através do vidro
vejo semeares o talvez

Através do vidro
vejo voarem as aves da tua viuvez
— sobrevoarem as naves da tua insensatez

Através do vidro
não invejo a tua altivez

Através do vidro
alvejo o tecido da tua mudez

E como um realejo no meu ouvido
vejo o mundo por outro viés
porque sei qual de nós está

atrás do vidro.



Klara Rakal -é anagrama e nome literário da professora, escritora,
poeta, promotora cultural e editora Karla Antunes. Três livros de
poesia lançados: Rastro de Salamandra, 2017, De Peito Aberto,
2020 e Céu Peixe, este um dueto com Douglas F. Murta, 2022,
todos pela VillarLuna Editora. No prelo, Semáforo Escangalhado no
Amarelo, edição da autora. Curadora do SARAU dos BARES e do
CoNcUrSo De PoEsIa InStAnTâNeA já na 11ª edição, na Ilha do
Governador.

Instagram: @klararakal , @karlaantuneseditora e @saraudosbares
Blog De Peito Aberto (de poesia): http://klara-rakal.blogspot.com/


Karla Soares Antunes
Portuguesa, Ilha do Governador.
Rio de Janeiro, RJ.

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JORGE PIRI

  


Jorge Piri, ator e poeta, radicado em Niterói. Possui três livros de poesia publicados e trabalha em um novo para o próximo ano. Presente em diversos saraus no Rio, Niterói e outras cidades pelo estado.


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EUCLIDES JOSÉ DA SILVA

UM HOMEM SÓ


Um problema que não é meu,
Numa grande dor que é sua;
A cabeça não tem um ombro,
Mas tem uma fé que não é crua.

Família de quem? Não sei.
Irmão de quem não é.
Todos por um propósito,
Um por todos perdidos.

Uma afinidade entre amigos,
Em laços fraternos formados;
Uma oração que é bem dita
Perde-se na espontaneidade.

O amor de Deus existe,
O mesmo que se rejeita;
A Sua bondade resiste
Na crença de uma certeza.

Família de quem? Não sei.
Amigo de quem não é.
Todos por um propósito,
Um por todos os amigos.



Euclides José da Silva
Poeta, escritor desde bem jovem, autor do livro letras vivas
Possui diversos poemas publicados no site Recanto das Letras

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REGINA HESKET (GIGI)

PESQUISA (Poema Para Pensar)


Procuro por piores palavras para pronunciar, perturbar
políticos pavorosos, poderosos, perigosos, presunçosos,
perversos, picaretas, pilantras.
Preciso protestar, processar, penalizar políticos podres,
pois prejudicam população.


Procuro por preciosas palavras para pronunciar, prestigiar
poetas, profetas, pensadores,
professores persistentes, pacientes, presentes, potentes,
pessoas participativas pulsantes.
Preciso parabenizar, potencializar, presentear professores perseverantes,
pois promovem população.

Pesquisar palavras para políticos:
pinçar pouquíssimas palavras positivas.
Pesquisar para poetas, pensadores, professores:
perceber palavras positivas plurais.
Permaneço, pensando, pesquisando, procurando
palavras positivas para pessoas...

Poetas, professores, pessoas, povo: parem, pensem, pesquisem, poetizem,
postem, publiquem, persigam por palavras positivas para pessoas,
principalmente para pulsar, proporcionar, promover PAZ.
Prossigam! Poesia purifica! Poesia permanece! Plenamente!


Regina Hesketh (GIGI)


Regina Hesketh (GIGI) - Apperjiana, natural de Belém do Pará.
Psicóloga, psicoterapeuta, facilitadora de Biodanza, atriz e contadora de histórias. Trabalhos publicados em várias Antologias e autora do livro "Algumas Lembranças, Alguns Poemas".
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ALMIR ZARFEG

Seja felicíssima!

Apenas respire fundo com
Muita vontade de viver

Tão somente absorva e,
Aos poucos, vá assimilando

De modo a se sentir plena
Inspirada e transbordante

Agora, levemente, comece
A soltar o fio de vento

Viciado, mas sutilmente
Como um sussurro ou voo

Não poupe fôlego nem diga
Acabou-se o que era doce!

Quando se sentir esvaziada
De todo e transparente –

Prestes a se definhar
Feito uma nuvem ou bruma –

Recupere o ar renovado e
Reassuma, senhora do ritmo,

O fluxo da respiração com
As mãos, os olhos e a boca

Porque você é uma dádiva
Aeróbica e felicíssima!



[AZ] Almir Zarfeg

Almir Zarfeg é autor de livros em verso e prosa. Iniciou-se na literatura em 1991 com a
obra poética “Água Preta” (Lura Editorial, 2021), atualmente na 5ª edição. “A primeira
vez de Z.” (Clube de Autores, 2009) é sua primeira incursão na prosa. Participa de
instituições literárias dentro e fora do país, como União Brasileira de Escritores (UBE-
RJ), Academia de Letras do Brasil (ALB) e Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de
Portugal (NALAP). É presidente de honra da Academia Teixeirense de Letras (ATL).
Seu nome consta do “Dicionário de Escritores Contemporâneos da Bahia” e da
“Enciclopédia de Artistas Contemporâneos Lusófonos”.
Em 2017, recebeu o título de “Personalidade de Importância Cultural”, concedido pela
União Baiana de Escritores (UBESC).

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GLENDA MAIER

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GLENDA MAIER, carioca, associada da APPERJ, onde foi presidente durante três mandatos. Dez livros publicados: poemas, prosa poética, contos e crônicas, pela OFICINA Editores. Cronista de jornais de Jacarepaguá.


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IGOR FAGUNDES

salvar-se


salvar-se: não do perigo
salvar-se no perigo de abrir-se
ao cio da chuva de adagas
sobre as vidraças do sorriso

salvar-se como o acrobata
ao salivar o doce do risco
de ser pego pelo açoite
da farsa do equilíbrio

salvar-se como a espora
se devora de espera pela hora
do coice do cavalo fiel
e subitamente arredio

salvar-se como no circo
saltam no vazio de cama elástica:
trapézio na promessa
duvidosa de uma asa

salvar-se como quem
no espinho da rosa se serena
e goza: se desvenda e venda
e se descasca em cuidadosa faca

de um poema



Igor Fagundes
 
Poeta, ensaísta, professor de Filosofia e Teoria da Dança na
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutor em Poética (UFRJ). Membro
do PEN Clube. Autor de 15 livros, coautor de dezenas. Mais de 60 prêmios literárias.


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MARCIA VENTANNIA


Travessia e cura

Substantivos femininos de ação atravessar 
Uma palavra forte que abrange meus pensamentos 
quando falamos de mulheres que lutam 
ou que já foram curadas pelo câncer 

Cancer é o silêncio da boca que cala 
Entranhas  de mazelas 
Despertador da consciência para 
o desconhecido e incertezas 

Capacidade solene de nos mostrar que nosso corpo 
é tão frágil quanto uma asinha de borboleta
Que somos passageiros como as tempestades do verão,
que pode deixar marcas ,mas passa rápido 

Somente quando damos conta disso ,
deixamos de ser simplistas com o  que sentimos 
deixamos de ser levianos em nossas promessas 

Nos tornamos  presentes  de fato 
na vida de quem nos inspira 
Deixamos de deixar pra depois …

Sussurros da carne 
gritos ocultos da alma 
Um tanto resistência e resiliência 
Uma busca constante por si 

Ao encontro do verdadeiro significado 
do que é amor ,respeito e consequentemente a felicidade 
quando entendemos que nossas ações 
encarnados enquanto vida ,
faça a energia circular e que nos faz testemunhar a 
Deus em sua plenitude


 

Uma homenagem a essa amiga
que passou pelo processo
da cura de um cancer


Marcia Ventannia

Nascida em Palmital dos Carvalhos interior de Barbacena Minas Gerais
radicda no Rio de Janeiro
Mãe de três filhos maravilhosos: Bruno, Luana e Larissa 
Fotógrafa,esteticista e poeta
Apaixonada pela arte , natureza e animais .
Hobby : hipismo ,escalada ,rapel ciclismo e dança


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DIANA RODRIGUES

CONTIGO

um dia me disseram, ou talvez eu tenha lido
que Lua era intuição
energia, feminino, libido
mudança, transformação

um dia me disseram, ou talvez eu tenha lido
que Lua Nova é trocar de fase
sair do conforto, ir pro desinibido
zona de escape

um dia me disseram, ou talvez eu tenha lido
na Minguante, cautela
Crescente é a espera
na Cheia, eu lembro dela

dos desejos
dos mistérios
dos seus beijos
dos inquéritos
- dos inquietos -

um dia me disseram, ou talvez eu tenha lido
ou talvez tenha bebido
uma taça de tinto





Dianna Rodrigues

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LUCIANA VICENTE

PULSO DO RELÓGIO


É noite e mais um dia e estou escutando o tic-tac do meu relógio

Passa tempo e não demore, porque já não sou que eu era dias minutos e segundos atrás tic-tac

Todos os dias eu agradeço por mais ou menos um dia (tanto faz)...tic-tac

Esse tic tac me faz repensar em inúmeras vezes do que a vida me fez ter sentido .

As vezes eu quero que chegue o amanhã e outras vezes não quero que acabe o hoje, 
tem vezes que penso até no futuro, 
mas não sei se terei então prefiro viver o tic tac do momento.

porque hoje tenho certeza que posso mudar o mundo e 
o amanhã de repente esse mundo não me pertencerá mais

Quando a gente se concentra no presente, 
nós não estamos julgando – nós apenas sentimos, 
ouvimos e vemos as coisas como elas são. 

A vida não caminha para o passado 
nem espera para o futuro , 
então viva o hoje ao som do tic-tac do seu relógio

Tenho 1440 minutos do dia para tentar resolver 
tarefas/trabalhos/dormir e etc... 
Que loucura é nossa vida.¿

Então a nossa vida não passa de um tic tac , 
infelizmente dependemos de um barulho de uma máquina desde o
primeiro suspiro até o último fôlego –  tic-tac.

Se for contar desde o minuto que nasci até o presente momento, 
percebo que na vida é tudo depende de um tic-tac
 mais, menos, multiplicador e dividendo.

E assim o tempo passa, hora passa ao som do tic-tac

Aprendi que tem coisas que nem o tempo pode mudar


Luciana Vicente

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GRINGO CARIOCA



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LUCAS CALENTE

  


permito-me descansar
o meu corpo
tão comprimido pela vida
sem espaço e sem voz
tão sem voz que perdeu-se em si
nunca soube para onde ir
encaixar, nem pensar
melhor esquivar.


permito-me descansar
para minha mente não procurar, incessantemente
o que achar.
mas o corpo comprime,
impede a procura que torna-se
eterna
nesta dança da vida


permito-me descansar
o céu observar
as pessoas, passar.
a vida, a se encontrar alguns dias, desperdiçar talvez um dia, estar.


permito-me descansar.




Lucas Calente- Poeta, médico, cozinheiro e artista visual.
Vitória, Espírito Santo.
Mata da Praia.

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CLÉCIA OLIVEIRA




Poema Mundo


Êta mundo que não se aquieta
De tomar más decisões
Dilacera corações
Enquanto a vida tenta se manter em vida
Os olhos não creem no que veem
Os olhos não veem!
Alma aflita alfineta nossas razões
Autoridades brincam nos palcos
Esbanjam verbos desconjugados
Como epidemias avessas
O cérebro grita com a cabeça:
Cuidados são necessários aos egos!
E o corpo imita
O caos
Os laços se comportam mal
E os que não pensam nas origens das cenas
Só sentem pena
E clamam
Pedem mudanças nos níveis abdominais.


Será que não querem ser mund(anos)?
No tempo que se esquiva de éticas
E não passa
Para quem não é livre
Sofre de liberdade desprivilegiada
Artimanhas dos pés descalços
Dos casos drasticamente contados
Sem a saliva dos que falam
No conta-gotas que ainda pulsa
Sem remédio no extremo do poço
Daquele que não olha para trás
Persevera bem fundo
E o mundo continua mundo.


Clécia Oliveira
Poeta, produtora cultural/audiovisual/editorial e jornalista. Coordena as atividades da Fio Cultural Produções, entre elas o Sarau FioMultiCultural. É autora do livro "Depois do Rio (2017, Fio Cultural) e organizadora e coautora de coletâneas.

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PAULO PINTO

Sniper

Olho no alvo!
Vista aguçada
E foco total

Precisão!
Consciência
Em reclusão

Olho no alvo!
Guerra calada
Escolha fatal

Promotor
Juiz, júri
E executor

Olho no alvo!
Mira ajustada
Disparo mortal


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Um poeta classicamente contemporâneo.
Um pequeno poema que mostra a face oculta, silenciosa e letal da guerra moderna.


Paulo Cesar da Costa Pinto,
Piabetá, Magé, RJ.

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LUIZ OTÁVIO OLIANI

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LUIZ OTÁVIO OLIANI cursou Letras e Direito. É professor e escritor. Publicou 18 livros: 10 de

poemas, 3 peças de teatro, 4 livros de contos e 1 título infantil.. Participa de mais de 200 obras
coletivas. Recebeu mais de 100 prêmios. Teve textos traduzidos para algumas línguas.


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CATIA GRANIÇO

Tenho Medo



Tenho medo da entrega que te faço
Dos laços que jamais desfaço
De sofrer por um amor


Tenho medo do impulso que me apego
Vire lágrimas com que eu rego
Os espinhos de uma flor


Tenho medo que um dia você parta
Devido a uma rotina farta
De uma vida sem calor


Tenho medo de amar imensamente
E perder tudo de repente
E restar a minha dor

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Uma poetisa que transforma emoções e sentimentos em poesia!

Cátia Graniço
- Piabetá - Magé - RJ

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SONIA MARIA MAZZEI

Procissão


Quero dizer poemas
Sentada no telhado.
E que as janelas todas
Abram-se de espanto.


E que em surdina os gatos
Saiam dos seus cantos
E cheguem em procissão
Como num dia santo.




Sonia Maria Mazzei 
Bacharel em Português/Literaturas pela UFRJ, com pós-graduação em
Literatura Portuguesa pela UERJ. É poeta, contista e também autora de livros infantis.
Participou de várias antologias de contos e poesias e, em 2023, lançou seu primeiro livro solo
de contos.
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PG ALENCAR


VI MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ-2023

Poesia, a companheira



Quando ela se fez presente
Eu a ignorei por humildade
Quando ela aflorava
Eu a escondia por pudor
Joguei fora seus rabiscos
Sem apego e amor
Quando estava perdido
Ela me reencontrou
Sem nenhum orgulho
Ela, a Poesia, me sussurrou
Estarei sempre contigo
Na alegria e na dor.



 PG Alencar 

Poeta natural de Pio IX, no extremo leste do Piauí, engenheiro agrônomo, apaixonado pela cultura sertaneja, contos de “causos” e cordéis e da mais autêntica música nordestina, tornou-se poeta inspirando-se no sertão,em sua terra natal e em temas agrários, ambientais, sociais e políticos, sempre publicando versos bem humorados e críticos nas redes sociais.O exercício da profissão no INCRA permitiu-o manter-se vinculado ao fascinante mundo da cultura sertaneja. Um olhar sempre voltado para o sertão.Na atual fase, discute as questões territoriais dos povos subalternizados em pesquisa de Doutorado em Desenvolvimento e Meio Ambiente

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RINALDO MARTINS
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Rinaldo Martins de Oliveira
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, tem 53 anos, é funcionário do
Judiciário Federal, formado em Ciências Sociais na UERJ, lançou em 2023 o seu primeiro livro
de Poesias A Extinção dos Galos e outros poemas.

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ANGELLA WAINS

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ANGELLA WAINS
Barra da Tijuca
Rio de Janeiro- RJ

Poema:
ENTRE (OS) NÓS
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MÚSICA/TRILHA (versão instrumental)
ENTRE (OS) NÓS
DE:
Angella Wains/ Osvaldo Soares


Carioca, mãe, professora, poeta, cantora, compositora diretora membra da APPERJ. Livros: A Ciranda dos Pirilampos (Ibis Libris/2016), Guizos da Inocência (Ventura Editora/2021




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