PARTICIPANTES DA VII MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ
Vídeo com trabalho de Francisco Igreja apresentado no palco do Teatro Candido Mendes, em Ipanema/ RJ, durante a apresentação da VII Mostra de Poesia Contemporânea da APPERJ 2024.
Francisco Igreja (1949-1992)Autor de: Script; Procura-se um poema; Nascimento de Irene; Das sortes e do destino; coautor de 4 poetas modernos; livronline Postais de Irene, todos de poesia. Ensaísta publicou: A Semana Regionalista de 22. Em conto: Renascer de Jacinto. Publicou, também, o Dicionário de Poetas Contemporâneos. Idealizador e fundador da Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro a APPERJ. Criou os Cadernos de Poesia OFICINA.
****************************************
*************
Já ouvi muitas pessoas dizerem que, quando suas coisas desaparecem, todas foram para o beleléu. Estou curioso pra saber onde fica esse lugar. Muitas coisas que eu adorava estão lá...
Mas onde fica esse BELELÉU, afinal? As pessoas aceitam isso, é normal?
Estou curioso sobre isso, pois muitas coisas que eu adorava me disseram que foram pra lá... o Teatro de Marionetes, meu cachorro Siddhi, uma viagem que a gente queria fazer...
Estou muito interessado em visitar esse local, onde fica, alguém pode me dizer?
A primeira namorada, a minha casa querida, será que ficarei sem vê-las pelo resto de minha vida?
Cheguei até a pensar que fosse o céu, mas minha mãe disse que não. Onde fica então? Ela não sabe me dizer, então me diga você!
A Rádio Maluca, meu caderno de mestre-cuca, brinquedos sumidos na mudança...posso ainda ter esperança?
Onde fica esse BELELÉU? Me diz, me diz, me diz.
Só assim poderei ser feliz.
****************************************
*************
Verão, calor que invade a pele,
Sol a pino, um mar de mel.
Folhas verdes, um manto fiel,
A natureza em seu esplendor revel.
Outono, cores que se misturam,
Folhas secas, um tapete dourado.
Vento frio, um sussurro rouco,
A natureza em transição, preparada.
Inverno, branco manto de neve,
Águas calmas, um espelho gelado.
Tempo de introspecção, de repouso,
A natureza adormecida, acalmada.
Primavera, vida que renasce,
Flores coloridas, um jardim florido.
Pássaros cantando, um hino à vida,
A natureza em festa, renovada.
As estações dançam, um eterno girar,
O tempo passa, sem se deter.
A natureza transforma, renova,
E a vida segue, a fluir e crescer.
Adão Wons é Poeta Brasileiro e escritor. Trabalha na grande área da
Saúde Pública, formado em Ciências Sociais pela UFRG.
****************************************
*************
ADRIANO ESPÍNOLA
LUÍS
À Catarina
Senhora, que os meus lábios têm tocado
De Amor, que na distância mais se apura,
Quisera me hospedar em tal ventura
& contente partir no doce Fado.
Porém, hūa mágoa antiga hei exprimentado,
Quando o meu pensamento vos procura:
Quanto mais vos desejo mais agrura
Sinto bater no peito inconsolado.
Este Amor que vos guardo assim distante
Quer buscar no passado o seu futuro
& fazer do presente a eternidade.
Mas de tanto sonhar a cada instante
Com vossa fermosura & Amor tão puro,
Vou vivendo & morrendo de saudade.
Clube e à Academia Carioca de Letras. Atualmente ministra, como professor-visitante,
uma oficina literária, no programa de pós-graduação em Letras da UERJ. É autor de
Metrô (7L, 2023) e Escritos ao Sol (Record, 2015), entre outros livros de poesia.
****************************************
*************
Amalri Nascimento: escritor potiguar, nascido na cidade de Brejinho/RN, radicado no Rio de Janeiro. Publicou “Sob o farfalhar do juazeiro e outros contos que conto”, 2020; “Universo Multiverso”, poesia, 2022; e A vida passa..., crônica, 2023; ambos pela Editora Caçadores de Sonhos. Consta do Catálogo Brasileiro de Autores Brasileiros Contemporâneos e participa de dezenas de antologias, coletâneas e revistas literárias. É Diretor-Secretário da APEERJ (Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro); Membro Correspondente da ALTO (Academia de Letras de Teófilo Otoni), do IHGM (Instituto Histórico e Geográfico do Mucuri) e da ALAAP (Academia de Letras e Artes do Agreste Potiguar). Como artista plástico, autodidata, foi premiado em diversos Salões de Artes Plásticas, promovidos e/ou apoiados pela SBBA.
Facebook: Amalri Nascimento****************************************
*************
O Tempo e a Medida
O tempo é a medida que nos dá todas as fórmulas, resolvendo as equações.
Ele soma, trazendo pessoas, coisas e convicções.
Ele nos subtrai, levando pessoas, coisas e convicções.
Ele divide.
Divide classes sociais, opiniões, divide mundos, cria bolhas.
Ele multiplica sem cessar qualquer informação que se solte ao vento.
Sem parar um só momento.
E segue desbravando a verdade, mas também, transformando histórias originais em outras que
nunca sequer existiram.
O tempo pode libertar ou confundir.
Aprisionar e nos fazer refém em um lupping eterno.
Ele prega peças, nos fazendo descobrir PEÇA.
No tabuleiro, habitam questões que não querem ser resolvidas, porque são elas, as
protagonistas.
Liberdade? Sim, é possível!
Porém antes é necessário ser peça, como preço de evolução.
Andréa Dhetty
****************************************
*************
ANGELLA WAINS
ANDORINHAS
Carioca, escritora, cantora, compositora, professora da Rede Municipal do Rio de Janeiro,diretora membra da APPERJ. Livros de sua autoria: A Ciranda dos Pirilampos (IbisLibris,2016) e Guizos da Inocência (Ventura Editora,2021).
****************************************
*************
ANNA MARIA FERNANDES
SUPER LUA
Carioca, formada em Jornalismo na FACHA e Direito , na Bennett , Anna Maria Fernandes é Conferencista, ensaísta, jornalista, já foi colunista do jornal Correio Brasiliense , nos anos 70Anna Maria tem 10 livros de poesia publicados e vários prêmios, seu segundo livro, Seiva e Sumo , foi agraciado com o prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras-ABL e foi co- editada pelo MEC É sobrinha do poeta modernista, do Rio Grande do Norte , Jorge Fernandes
*************
BRENDA MARQUES
BRENDA MARQUES PENA |
Brenda Mar(que)s Pena é jornalista, poeta, pesquisadora, percussionista, baterista e performer
de Belo Horizonte. Mestre em Literatura (UFMG), Doutoranda em Linguagens (CEFET-MG).
Autora dos livros Poemaracar, Tsunâmica, Desnaturalizados e Poesia Sonora: história
desdobramentos de uma vanguarda poética. Organizadora da coletânea/série Nós da Poesia
que está no nono volume.
****************************************
*************
BRUNO BLACK
PRECISO SEGUIR
Reage
Dê as suas palavras à força que deve
E siga
Toque em seus sonhos
Sinta sua alma
Mova seus pensamentos
E transcenda...
Têm limites?
Ultrapasse-os!
Têm medos?
Desengasgue-se!
Têm sede?
Beba-se!
Entende onde mora sua alma?
Sentiu que você é chave?
Então encontre a seu caminho
E pegue a estrada dos seus sonhos
Que no mais...
O destino arruma a sua melhor roupa
E te dará oportunidade de ser livre como uma águia no céu.
Se eu fosse você repetiria incansavelmente:
Preciso seguir! Preciso seguir!
Preciso seguir! Preciso seguir!
Preciso seguir! Preciso seguir!
Bruno Black
****************************************
*************
CÁTIA GRANIÇO
PASSADO, PRESENTE E FUTURO
O que fiz, enganada, no passado
Que o presente afetou, criando um muro?
O que faço hoje, num impulso errado
Que poderá mudar o meu futuro?
Passado. Foi amor sem qualquer vida
Lágrimas derramei, fechada em luto
E agora tudo apago, enlouquecida
Descarregando o tempo num minuto!
Presente! É onde vivo a cada dia
E a cada dia o coração batia
Por um alguém, que em sonhos eu amei
E o futuro? O futuro a Deus pertence
Que logo venha, sem maior suspense
Abrandar o passado que eu chorei
poemas, deixando a sua marca em cada verso.
****************************************
*************
CELI LUZ
A premiada escritora Celi Luz tem 8 livros publicados, poemas vertidos para o espanhol, o inglês e o romeno. Membro do PEN Clube Internacional, da UBE RJ, da Apperj , da Asol e da ADABL. Realizou 9 Mostras de Poesia com alunos. @luz.celi
****************************************
*************
Sou casada com a arte
de papel passado
escrito impresso carimbado
publicado no meu bloco de notas
musicais
desancorada do cais
das ilusões das correntes
que ficaram para trás
sem pesar no caos
desse meu peito corpo
semente coração
apesar que nada disso
é certo
porque certo mesmo
é que sou certidão indefinitiva
mente e fruto
da minha imaginação
meu paraíso particular
Chris Herrmann
****************************************
*************
CLÁUDIA LUNA
****************************************
*************
CLÉCIA OLIVEIRA
A sala não está vazia
Pensamentos pincelam o cubo geométrico do tempo
Que guarda razões, memórias e intenções.
O descanso preciso ao pensamento
É o deslize dos que se deixam
Criar seres escritos
Livres
Ideias sem testes
Silêncios que sabem aconchegar desejos
À espera das trocas ao longo dos tempos que contentam.
Histórias rascunhadas aos olhos fechados do agora
Voltam a contar além das paredes
Sonhos são realidades
Vontade de pincelar saudades.
Acima das portas
Firmes são os interesses íntimos
Abertos à nova jornada da sala
Que se demora em cada época
Redesenhando novas memórias
Que podem sair ou ficar
Enquanto estiver comigo
A balançar.
Clécia Oliveira
[Poeta, Produtora Cultural/Audiovisual/Editorial, Revisora, Jornalista]
****************************************
*************
GRUPO DE ARTISTAS VISUAIS
****************************************
*************
DANIEL CAMPOS
a pureza da flor
que mesmo murcha
tem seu ar de beleza.
A árvore sabe
que se torna seca
quando não bebe
o amor da água.
E nunca tem nome
o medo do escuro,
nós só queremos ver
atrás do muro.
Nosso futuro
é fogo aceso
e cheio de segredos.
---------------------------------------
Daniel Campos Guerreiro
Jardim Botânico
Rio de Janeiro - RJ
****************************************
*************
DELAYNE BRASIL
DESDOBRÁVEIS
Delayne Brasil é poeta, cantora, compositora e letrista fluminense (Seropédica - RJ). Licenciada em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lançou o CD Nota no verso (2003), com poemas musicados de grandes nomes da literatura contemporânea. Em 2013, publicou o livro de poemas Em obras (Oficina). Integrante do coletivo carioca Poesia Simplesmente, desde 1998, participou de três antologias do grupo – editadas, respectivamente, nos anos de 1999, 2001 e 2008 –, além de várias outras coletâneas literárias e audiovisuais brasileiras. Faz parte, ainda, do coletivo Estados Gerais da Cultura, movimento artístico e cultural.
****************************************
*************
DEI RIBAS E LETÍCIA ALMEIDA - Poesia Teatral
****************************************
*************
ED RAMOS
A VIAGEM LUSITANA
Renasce um mundo moderno
O clássico das damas exaltadas
A fama dos capitães das naus
E as conquistas das grandes esquadras
Morre o herói da arte lusitana
Nasce o luso trovador
da ode épica e ufana
e dos poemas líricos de amor
Ilíada de Homero inspirou o poeta
A exaltar sua grande nação
Compondo a obra “Os Lusíadas”
Sua mais perfeita criação:
Os Deuses em reunião
Decidem o destino da frota
E protegem o capitão
Dos mouros e do Apóstata
Não escudam a bela Inês
Das mãos dos verdugos degoladores
Ordenados do Rei Português,
O Assolador de Amores
O Velho do Restelo
Alerta sobre os perigos
Dos que foram por ganância
Abandonando seus abrigos
O Gigante das Tormentas
Surpreso com a ousadia
Avisa aos navegantes
Sobre o futuro da capitania
Mas como um Titã apaixonado
Vive preso a uma rocha
Do amor que não bastante
De uma deusa por um gigante
A fé do navegador é tamanha
Na Vênus, deusa apoiante
Que nem a tempestade de ventos
É capaz de derribar navegantes
Que vencem os muçulmanos
Expandindo o cristianismo
E só os nobres lusitanos
Honram o humanismo
Em suma, pelos feitos premiados
Uma idílica Terra de favores
Cercada de ninfas por todos os lados,
A Ilha dos Amores
Ed Ramos
****************************************
*************
EDNA FIALHO
COMOÇÃO
Eu te amei muitos mundos
e gritei esse amor aos céus.
Cavalguei nas asas das nuvens cacheadas
e, no azul do infinito me limitei.
Abracei as alvoradas manhosas,
supliquei aos ventos malvados, - teu sorriso
decantado numa estrada de mares,
mas ...afundei feito louca no abismo.
Vi serpentes rastejantes
eclodirem famintas do fundo da terra desértica,
me espiei no espelho de um rio em fascínio, suspirei venenos.
Cantei flores, chorei sons, acordei espaços e...
adoeci de amor a tua partida.
Agora não canto, não choro não vivo
sem te buscar na "estrela sorriso",
pois deve ser nela que tu estás
me mostrando, com satisfação, o meu precipício.
Edna Fialho
****************************************
*************
ERIVAN SANTANA
MAR VERMELHO 1
Os capitães de abril colocaram
Flores no túmulo da opressão
E o mar se abriu para que as
Noivas pudessem se casar
Coimbra celebrou os poetas
Clamando pelos modernistas
Onde a revolução foi feita com
Cravos e rosas nas ruas e janelas
– Os Lusíadas sempre estiveram
A salvo – disso bem sabia Camões
E o português, em verso e prosa,
Atravessou fronteiras d’além-mar
Em samba, mpb, carta de alforria
Celebração do mar da liberdade!
Erivan Santana - - apperjiano na Bahia. É professor e poeta, cronista e titular da Cadeira 36 da Academia Teixeirense de Letras (ATL), onde ocupa o cargo de Secretário-geral da instituição. Tem participado de diversas antologias literárias, no Brasil e no exterior, como a Off Flip e o Festival de Poesia de Lisboa, além de ter recebido diversos prêmios literários, como o Prêmio Castro Alves de Literatura da ATL, Prêmio Off Flip, Prêmio Inglês de Sousa, Concurso Nacional de Trovas, etc. Publicou “Para ler um poema” (2018), “Balada da misericórdia na primavera” (2022), e o livro de crônicas “Tempos Sombrios: Instantâneos da Realidade”, 2ª ed. (2022), pela Lura Editorial. Participou da Bienal do Livro Bahia 2024, em Salvador, quando publicou o seu livro de poesia mais recente, “Cartas teixeirenses, ba”, também pela Lura Editorial.
****************************************
*************
FÁTIMA PORFÍRIO
sobe até onde não pode.
A dama-da-noite exala
o seu perfume ao cair o luar.
Rosas, jasmim, flor-de-mel,
orquídeas e lavanda exalam perfume misturadas a natureza com o bem me quer.
Fátima Porfirio
****************************************
*************
FERNANDA OLIVEIRA
Sou capaz de atrasar o relógio do mundo
para me demorar entre as letras.
As letras me fazem verdejar,
refrescam meus ditos
e alimentam meus sentidos
tal qual o orvalho numa noite quente.
Um banho de letras me provoca
e eu cedo desarmada à sedução dos versos.
Juro que será o último,
mas é mentira.
Estou dependente.
Meus pulmões viciaram em poesia
e eu tenho um caderno confidente.
Fernanda Oliveira é autora de dez livros, sendo três de poemas e os demais infantis. Trabalha com cursos de Escrita Criativa no Projeto Morada das Palavras, da Hanoi Editora. Ama ler, escrever e falar poemas.
****************************************
*************
GLENDA MAIER
****************************************
*************
GRINGO CARIOCA
a quem
esqueço de me lembrar como
era alguma uma vez,
num algum lugar eu era
algo a mais ou menos,
lá longe onde
até o fim me achei
alguém
se ninguém como alguém
é alguém para ninguém
por algum ou nenhum momento...
nos seus olhos
um espelho
reflete a sombra;
no seu coração
uma chave
revela o segredo;
na sua voz
um eco
responde:
talvez, talvez, talvez...
escolhe –
este ou esse –
e aí?
a noite, as vezes, amanhece,
no dia do são nunca para sempre...
me lembro de esquecer como
não era nenhuma uma vez,
em nenhum lugar eu não era
nada demais nem menos,
aqui enquanto ainda
desde o início não me acho
ninguém
****************************************
*************
GUI ALBUQUERQUE - HUMOR E POESIA
Gui Albuquerque é uma artista de stand up comedy que participou da VII Mostra de Poeisa Contemporânea da APPERJ 2024 como atração convidada. O comediante faz sucesso nas redes ao exaltar o orgulho tijucano.
“Eu Gago e Ando” é seu espetáculo que entrou em cartaz entra em cartaz no dia 15/08/2024Eu tenho muitos amigos ao meu lado
Conheça sua página no youtube https://www.youtube.com/@oguialbuquerque. Siga-o no Instagram https://www.instagram.com/oguialbuquerque/
****************************************
*************
HENRIQUE SERGIO MEDEIROS
O teto hipotético, em seu voyeurismo,
registra as expectativas das memórias de prazer e gozo do seu habitante,
torna-se codelinquente, silencioso, cauteloso.
Fita, as listas de contatos de encontros casuais,
das linhas digitais das telas 5,5 polegadas,
com caras e corpos, vitrinavéis, descartáveis e bloqueáveis.
Testemunham em silêncio, as expectativas sinuosas,
De uma alucinada sepse, da guilhotina,
que ele não se permite uma faxina, dessa louca adrenalina.
Escritor, Designer, Ilustrador. Palestrante: Relações Intrapessoais, Interpessoais e Pessoais. Autor/Pesquisador de Violências: Mulher e LGBTQIAPN+
****************************************
*************
IGOR FAGUNDES E WILL SANTORINE
Igor Fagundes e Will Santorine foram atrações convidadas na VII Mostra de Poesia Contemporânea da APPERJ. Apresentaram-se no palco do Teatro Candido Mendes em Ipanema/RJ, uma excelente dupla de artistas, numa excepcional performance de dança e poesia.
Igor Fagundes é carioca, poeta, crítico, ensaísta, ator e professor do Departamento de Arte Corporal da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutor e Mestre em Poética, especialista em Filosofia, é autor de outros quinze livros, vários deles premiados.
Will Santorine é carioca, filho de Yemanjá, crescido no subúrbio de Ramos. Artista e professor de dança, coreógrafo, ator, cantor modelo , performer, showman. Sua carreira percorre paises como Alemanha, Autria e Polônia, com destaque em Hamburgo.
****************************************
*************
ISAAC DOMINGOS
REVERTÉRIO
Vou voltar a dizer: eu não presto.
E de novo dizer: sou feliz.
Recomeçar a fazer os meus versos,
E as canções que ainda não fiz.
Vou amar a vida de novo.
E novamente cantar com meu povo.
Achar que achei o meu eu.
Ou ficar sem querer me achar.
Vou dizer que tudo deu certo,
Que achei o caminho correto
Para chegar ao lugar que eu quis.
Vou voltar a chamar-me poeta,
Vou deixar que tudo aconteça
Sem pensar o que será o amanhã.
Isaac Domingos da Silva
Licenciado em Português-Latim – UERJ – 1979;
Licenciado em Filosofia – UERJ – 2012;
Sócio Fundador da APPERJ;
E-mail: isaacdomingosdasilva@gmail.com
****************************************
*************
IVA FRANÇA
É um Rio que vive em minha vida
No Rio de sonhos dourados, o samba ecoa forte,
Nas asas do Pão de Açúcar, minha paixão, soa com sorte.
Copacabana, em ondas de saudade, canta o mar,
E o Cristo abençoa o amor que nunca há de findar.
Em Ipanema, a garota é um verso sedutor,
E o futebol é o coração que bate com fervor.
A Lapa dança no ritmo do Rio que pulsa alegria,
E a Cidade Maravilhosa é eterna melodia.
No Sambódromo, o coração da cidade bate em cadência,
E a Portela, em suas cores, exalta a resistência.
Laranjeiras e o Maracanã contam histórias de paixão,
No Rio de Janeiro, amor é a eterna canção.
****************************************
*************
JERONIMO CAMPOS
****************************************
*************
JORGE VENTURA
TORMENTA
*Dedicado ao épico Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, pelo V centenário de nascimento do poeta português.
a certa hora o poema é só tormenta
a certa hora o poema é só tormenta
a certa hora o poema é só tormenta
a certa hora o poema é só tormenta
Jorge Ventura
****************************************
*************
KARINE DIAS OLIVEIRA
TRISTE FIM
Sob a figueira centenária
A imaginação frutificava
Desde os tons esverdeados
À liberdade dos galhos...
Que alcançavam o azul celeste.
As suas raízes firmavam o meu corpo
Como alicerce nas palavras
Como as flores nas entrelinhas
Que proseavam em “brotos” na mente
Desvairando-se em explosões de cores...
Prova de amor e doação
Mal sabia a tal figueira...
Quantas histórias abraçaram o seu tronco
Sentimentos que aninharam-se em seu peito
Nos doces laços entre flor e fruto.
Mas, um dia... ela partiu
Triste fim da minha inspiração
Oh, figueira querida...
Dividida por um raio distraído
Não resistiu às feridas.
Karine Dias Oliveira. Pedagoga e professora. Pós-graduada em diversas áreas. Escritora de vários gêneros. Selecionada em inúmeras publicações, vencedora de Concursos Literários (além de menções honrosas e especiais)
****************************************
*************
KARLA JULIA
Karla Julia Dallale é formada em Direito UERJ, professora de Língua e Civilização Francesa e tradutora. Formada em Língua inglesa. Membro Titular do PEN Clube do Brasil, da União Brasileira dos Escritores, da Associação das Jornalistas e Escritoras do Brasil e da Associação Profissional de Poetas do Rio de Janeiro.
Livros:
1- “Alma Nua”. Rio de Janeiro: Editora Personal, 2012, 2² edição
2 “RECANTOS – dos versos íntimos”. Rio de Janeiro: Editora Parthenon, 2019. – Prêmio: Troféu Stella Leonardos , melhor livro de poemas de 2019 da União Brasileira dos Escritores (UBE) e do POLEM
3 - “Via Crucis”. São Paulo. Editora Penalux. 2022-“ 4- No meu fim está o meu começo- Encontros com uma Rainha”. São Paulo: Editora Penalux- 20222 – Prêmio : Concurso Internacional da União brasileira dos Escritores (UBE)- Categoria Romance- Menção Honrosa. Foi laureada com o 1º lugar no Concurso de Ensaios do PEN Clube do Brasil : “ Liberdade de Expressão e o Livre Trânsito das Ideias do Escritor”.
Hoje, seu site trilíngue, portemanteau.wordpress.com em parceria com Paula Gonzaga de Sa divulga a cultura pelos quatro cantos do mundo.
****************************************
*************
KLARA RAKAL
POEMA DO FEIJÃO
Ela estava catando feijão
e tirava as pedrinhas,
mas percebeu que também excluía todos os feijões
diferentes:
os descascados,
os separados em metades,
os enrugados,
os descorados,
os cortados,
os deformados,
os de cor diferente.
Foi separando e se angustiando.
Fez mentalmente uma comparação
com a sociedade atual:
não é isso que todos os dias se faz?
Ela juntou tudo de novo no alguidar
e cozinhou o feijão
mais justo de todos os tempos.
KLARA RAKAL
Klara Rakal é nome literário de Karla Antunes, professora, poeta, escritora, editora e promotora cultural com atuação na Ilha do Governador. Curadora de coletâneas, de saraus e de outros projetos na area da literatura, sobretudo a poesia. Idealizadora e organizadora do premiado SARAU DOS BARES e do CEDILHA — Coletivo de Escritoras da Ilha do Governador.Com 3 livros de poesia solo e um dueto, vive em constante alerta poético e acredita na poesia como instrumento de denúncia e luta social.
Perfis do Instagram:
@klararakal @saraudosbares @cedilha0907 @karlaantuneseditora
Blog De Peito Aberto klara-rakal.blogspot.com
****************************************
*************
LEYLA LOBO
Escritora, poeta e intérprete.
Em 2017 inaugurou no YouTube o canal de Poesia LEYLA LOBO >>> https://youtube.com/@leylalobo5724?si=yFX2QSpHWuPgZ3kL . Como interprete participa de vários saraus no Rio de Janeiro.
Autora dos livros: Ontem Ainda, Lágrimas de Agora, Hai- Kais, 20 Poemas e um Segredo , As Travessuras de Lili, Lili no Parque, Lili Vai Surfar.
****************************************
*************
LÚCIO CELSO PINHEIRO
Lucio Celso Pinheiro
Mestre Sociologia, professor aposentado e carioca desde quando o Rio de Janeiro como DF. Desde 1976 é ativista cultural voltado para a Literatura e cultura popular, tendo fundado três associações sem fins lucrativos voltadas para a produção e difusão das artes nesta Metrópole.
Tem três livros de poemas publicados, sendo o primeiro em mimeógrafo, além de participação em várias coletâneas. Atualmente é dirigente da ONG Utopia Produções Artísticas e Culturais com projetos nas zonas Oeste e Norte desta capital.
****************************************
*************
LUIZ ROBERTO BODSTEIN
DANTESCO INFERNO DAS HÁRPIAS
Oh tu, amante das Harpias, de tresloucada paixão...
Tu que bebes do veneno
Nesse desejo obsceno de tão louca obsessão...
Por que segues cada aceno?
De tantos, perdeste as contas...
Quão pequenas!... São quireras!
Não podes de tais quimeras fazer da alma o alimento,
Pois que são todo o tormento e o fel com que te defrontas!...
Retoma, pois, teus arreios. Redefine esse teu rumo!
No controle de teus freios, assume esse teu combate
Fazendo do esquecimento o trunfo do teu aprumo...
Pois que insistir no que é morto é deixar que ele te mate!
Luiz Roberto Bodstein
****************************************
*************
LUIZ OTÁVIO OLIANI
O OLHO DE CAMÕES
não há caravelas
nem mar salgado
nada de sal
ou lágrimas
de quem quer que seja
nada de mulheres
à espera do amores
em epopeia
no meu poema
o poeta sem o olho direito
parece com Camões
mas nunca escreveu um verso épico
apenas rascunhou
azulejos quebrados
num texto incompleto
Luiz Otávio Oliani
Com intensa produção intelectual, publicou 21 livros, incluindo poesia, conto, teatro, literatura
infantil, crítica literária e ensaios. Em 2024, publicou “Vozes, discursos e papiros: alguma
crítica” pela Editora Penalux.
****************************************
*************
MARCUS K-LOT & DON CAPUCCINO - Ritmo e Poesia

****************************************
*************
MARIA DO CARMO BOMFIM
ATO
Será mesmo o poeta um fingidor?
Há vezes em que a inspiração se vai,
o cotidiano não traz
qualquer resquício de fantasia,
o sonho não é lembrado
e a escrita é falsa
ou não traduz o que ele quis.
Aí o poeta veste a máscara
e se lança nessa tarefa árdua
de não dizer o que realmente
o coração lhe diz.

****************************************
*************
MARIA HELENA LATINI
SALVAMENTOS
Uma travessia... um naufrágio
no ardoroso desígnio
de salvar poemas.
Nado ofegante
com um braço só
em desespero.
Posso morrer na praia.
Os poemas, não
Em respirações
boca a boca
a cada vez,
ao longo do tempo,
renascerei
e farei renascer.
Salvo-me e vos salvo.
Num glorioso espanto,
o drible inesperado
da arte;
o vir à tona
pra respirar
em longos ciclos
sem fim,
para sempre
e sempre,
amém.
Maria Helena Latini
MINIBIO:
Maria Helena Latini nasceu em São Gonçalo, RJ. É professora e escritora. Publicou "Roteiros de Vida" (Achiamè, 1991); “Fio de Prumo" (7Letras, 2006); “Ângela e Antônio” (Ed. Nitpress, 2011); "Múltiplo Um", (Editora LiteraCidade, 2015); “Duas Mulheres Entardecendo” (com Wanda Monteiro), (Editora Amo!, 2021). Antologias: "Poesia Sempre" (Biblioteca Nacional, 2006) e “Comunità Italiana”, (Ed. Comunità, 2006), Antologia de Poetas Latino-Americanos, (All Print Editora), entre outras. Para teatro, escreveu: "Afropoemas" (roteiro); "Dois monólogos entrelaçados"; "O que é Poesia?" e "Histórias do Mar”.
****************************************
*************
MARCIO RUFINO
Marcio Rufino dos Santos é escritor, poeta, ator, performer e historiador. É autor dos livros de poesia Doces Versos da Paixão (Acridoces Paixões) e Emaranhado. Atuou em importantes movimentos lítero-culturais do Rio de Janeiro como Sarau Donana, Universidade das Quebradas, Slam Tagarela e Flup. Participou da I Batalha de Slam do Rock in Rio 2019. Um de seus poemas fez parte da exposição itinerante Poesia Agora. Recebeu os prêmios Litteratudo-monteiro Lobato e Destaque Baixada.
INSTAGRAM:https://www.instagram.com/rufino.marcio1973/
FACEBOOK: https://www.facebook.co
****************************************
*************
MOZART CARVALHO
LOUCURA
****************************************
*************
MARISA QUEIROZ
CAMÕES E EU
Poeta de terras lusas, alma antiga e beligerante
Através dos séculos, teu espírito perdura
Entre os pequenos nobres, aedos e poetas errantes,
Em versos livres, a vida buscando sem cura
Como um fantasma, atravessas eras, em nau de doce quimera
E em cada verso teu, minh’alma se enleva
Sorvo tua poesia com um amargo consolo
Entre taças de vinho e batalhas de íntimas feras
Jovem forte, de espírito audaz e avassalador
Nas naus intrépidas, a sorte te lançou,
Em cada batalha, um verso, um grito de paixão e de dor
Mas a poesia, tua amada, não te deixou.
Dinamene, tua musa, teu perdido sonho de eterno louvor
Em cada poema, alguma cousa da dor que te ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder um grande amor
Mas a poesia de tu’ alma, nunca se apagou.
Se amor é fogo que arde sem se ver e dor que desatina sem doer
Faço de teu canto um farol que guia meus desencantos
Amor é fogo que arde e combustível para viver
A dor é o élan da poesia que mata para depois nascer.
MARISA QUEIROZ é pernambucana de Olinda. Vive no Rio de Janeiro desde 1981. É Psicóloga e
Psicanalista. Especialização em Saúde Mental, Psicologia Médica e Psicossomática. Poeta e escritora,
com dois livros publicados. Membro da APPERJ, da AVPLP, da UBE e da SoCis.
****************************************
*************
PARÍCIA SOUZA
No balanço das velas antigas,
os mares murmuram segredos,
um poeta se lança no vasto azul da história.
Tinta como bússolas,
versos como estrelas,
navega entre lendas, desenhando destinos.
Cinco séculos de alma em fúria,
e o mar, outrora caminho,
hoje é poema disperso em lusofonia.
Mas, não te cales, Camões!
Tua voz imponente ressoa
no canto que se faz e refaz.
Em cada paradoxo que crias,
vê-se o poder da palavra-mundo.
Em cada veia pátria e oceanidade,
és eterno na tessitura das palavras.
Cinco séculos são breves para ti.
Na lusa imensidão, cada canto é um conto,
rima/conquista, verbo/navega.
Em tua voz, o mundo se revela.
Entre teus ecos e mares épicos,
uma rota inédita se abre no meu caminho.
Sou verso, multi-versos dos mares inexplorados.
Nasci para desvendar mistérios.
Eis-me aqui, buscando um novo Cabo,
onde a vida, sem mapas, se faz odisséia.
Nas tuas linhas, me perco e me (re) encontro.
Sonhos e esperanças se (re) partem
num horizonte (re) inventado.
Com tua pena, carrego almas nas mãos.
Tua voz me guia por mares incertos,
onde a vida deságua em despercebidos re/versos.
Teu olhar, um só, vê cruzar tempestades,
em busca de terras ainda não vistas,
mas já sonhadas.
Cada dor é um Adamastor,
cada perda, um naufrágio,
mas no peito arde a coragem de ir além.
E tu, Camões, canta-nos com bravura,
que entre perdas e conquistas,
segues imortal na ode do viver.
Através de ti, descubro universos em mim.
Ilhas de solidão e redenção.
Nos mares da existência, escolhas!
O medo que retém ou a coragem que liberta.
Eis-me aqui, um navegante do destino.
No verbo que me guia, força.
Nas tormentas, resistência.
A cada amanhecer, renovação.
E se, ao fim, nada me restar,
que as águas levem tudo,
mas deixem-me o poema.
****************************************
*************
PAULO PINTO
A CULPA DO POETA
Há momentos em que a razão
abandona o poeta.
- Que culpa tem ele?
Culpado por ouvir seu coração
Por cultuar a musa à flor da pele
Guardando qualquer verso que revele
Por outras musas, doce tentação
Culpado por beber cada emoção
Em simples taça, sempre a mais discreta
Sublimando as palavras, és poeta
Sacerdote no altar da inspiração
****************************************
*************
PAULO REIS
O HOMEM E A TERRA
PAULO REIS, 1964, é natural de São José do Ribeirão, Bom Jardim-RJ, e radicado em Nova Friburgo desde 1985. Formou-se em Letras pela Faculdade de Filosofia Santa Doroteia. Lançou o livro de poemas Grito Calado, pelo selo Ventura Editora, em 2024. Participa de diversas coletâneas, além de publicar seus versos em jornais, sites e redes sociais.
****************************************
*************
PRISCILA TRINDADE
Vídeo apresentado no palco do do Teatro Candido Mendes em Ipanema- RJ.
Poetisa, carioca, mãe de duas princesas lindas , apaixonada por artes . Presente nas antologias "Se tens um dom,seja"; "sintonia cultural"; "Alma em palavras " e "mulheres na poesia".
****************************************
*************
REGINA HESKETH (GIGI)
CRIANÇA PEQUENINA
Criança pequenina, que triste sina!
Muitas vezes bebê, e não raro se vê!
Nas ruas da vida, nas esquinas parida.
Em colos perversos, em braços diversos,
cujas mãos não trabalham,
cujas mãos te atrapalham.
Mãos que te abusam,
de mães que te usam,
de mães que te alugam.
Ah, frágil criança, tão pequenina,
que triste sina!
E nós, que te vemos e tão pouco fazemos
ou nada fazemos.
Às vezes paramos e até conversamos,
às vezes esmolamos mas seguindo andamos.
Anestesiados que estamos,
já cansados de ver, ser banal de acontecer
e normal existir, essa exploração de ti.
Ah, frágil criança, tão pequenina,
que triste sina!
Menino ou menina,
que peso carregas, que vida segregas.
Que mundo te espera!
(E Deus te recupera?)
Regina Hesketh (GIGI) - Apperjiana, natural de Belém do Pará.
Psicóloga, psicoterapeuta, facilitadora de Biodanza, atriz e contadora de histórias. Trabalhos publicados em várias Antologias e autora do livro "Algumas Lembranças, Alguns Poemas".
****************************************
*************
RENATA QUIROGA
PÉTALAS DO TEJO
à Florbela Espanca
Psicóloga, psicanalista, escritora e poeta.
Mestre em Psicanálise, Saúde e Sociedade - UVA.
Doutoranda e Psicanálise, Saúde e Sociedade – UVA.
Coautora e organizadora do livro "Psicanálise de Brasileiro"; – Vol. 2. 2021
Autora do romance: "O Escutador da Quaresma" - 2023
****************************************
*************
RENATO MOURA
BARBANTE
Renato Moura
Pela avenida sombria,
Esquecido do tempo,
Com passos bem lentos,
Sem rumo eu seguia
Até onde pudesse chegar.
Cheia de cor, reluzente,
Uma lembrança antiga
Veio a mim de repente:
Lambe-lambe na praça,
Carrocinhas de sorvete,
Conversa fiada
Que ia noite adentro
E só terminava quando
O menino leiteiro anunciava
Um novo dia.
Em meio à caminhada,
Passando por indigentes,
Por cães vadios e pelos vazios
Da cidade alucinante,
Achei no chão um barbante.
A mim, ele servia
Para amarrar a saudade
Que não avisa quando vem,
Mas deliciosamente me invade.
Verbete: Renato Moura tem 65 anos, é Doutor em Educação e Professor aposentado da
UFRJ. Membro da APPERJ, publicou recentemente o livro “Vida, Um Glossário
Poético” (Poesia, Baraúna, 2022). Possui também um livro de contos e dois romances
publicados.
****************************************
*************
Escrevo devagar ou apressado.
Escrevo o ensaiado.
Revivo uma fase.
Sorvo cada palavra.
Construo a frase.
Degusto cada linha.
Atravesso o fio.
Enxergo o vazio.
Absorvo a história.
Acendo a memória.
Pinto o cenário.
Caminho pelo parágrafo.
E como disse um amigo meu
"É apenas um rascunho do poema que poderá ser."
Escrevo!
O resto...
Ah, o resto eu apago.
Rose Lima
****************************************
*************
ROGÉRIO SALGADO
e teu bigode engraçado
ensinaram-me que a vida palhaça
é feita de poesia
e cada um que ache a sua
porque viver sem acarinhar
e avivar a imaginação
não é grande coisa não.

****************************************
*************
SANDRA LIMA
Vídeo apresentado na VII Mosta de Poesia Contemporânea da APPERJ, no palco do do Teatro Candido Mendes em Ipanema- RJ.
O que esperar do futuro diante da cena atual? como sobreviveremos depois de tudo?
****************************************
*************
SÉRGIO GERÔNIMO
CORPO
Sérgio Gerônimo: Foi Professor de Língua Inglesa, no CMRJ. Psicólogo clínico, especialização em Gestalt-terapia e pós-graduação em Psicossomática Contemporânea. Editor-chefe da OFICINA Editores. Tem verbete na “Enciclopédia de Literatura Brasileira”, vol. 1, da Oficina Literária Afrânio Coutinho. É presidente de honra e fundador da APPERJ. Membro do PEN Clube Internacional/Brasil. Treze livros de poesia publicados, o mais recente “Na Ponta dos Cascos”. Também, ensaísta, cronista, conferencista. Poemas vertidos para o italiano, espanhol, inglês, francês, grego, russo.
****************************************
*************
****************************************
*************
****************************************
*************
SILVIO RIBEIRO DE CASTRO
PERFUME
Sou essencialmente poeta, escrevi livros de poemas e de contos, e colaborei nos roteiros das peças encenadas pelo Grupo Poesia Simplesmente, ao qual pertenço. Escrevi letras para músicas e tive vários poemas musicados. Atualmente, me dedico a escrever histórias e contá-las em livros e em apresentações para o público. Transito com facilidade entre dois universos: a vida real e o mundo da imaginação.
****************************************
*************
SUZANA JORGE
ESPELHO INTERNO
não é outro senão eu
meu primeiro estranho
meu primeiro abismo
meu primeiro espanto
que pontes atra----------verso
para mim mesmo?
o que me é centro ou periferia
está no meio do caminho
– e não caminho a esmo
mesmo que errante
carrego o outro de mim
na linha do instante
e não há nisso solidão alguma
a não ser que dele me perca
e não mais me encante
ah o amor... que nasce não sei onde
vem não sei como e dói eu sei por quê:
é que todo mundo é composto de mudança
e no atra---------versar de nós
isso muda a bel-prazer
Suzana Jorge, carioca, professora, revisora e consultora textual. Poeta, autora da trilogia poética "Textura Carioca" (2017), "Perfume de Asfalto" (2021) e "silhueta fluida" (2024). Integrante da apperj e outras organizações, também idealizadora do Projeto Poesia Convida _ Releituras. "Viver dói. Não tem jeito. Amar dói. É o jeito." @profsucarvalho
****************************************
*************
TANUSSI CARDOSO
O MORTO
Tanussi Cardoso, carioca. Graduado em Direito e Jornalismo. Poeta, contista, crítico, letrista e tradutor. Tem poemas publicados em vários países e traduzidos para diversos idiomas. Vencedor de mais de 40 prêmios literários, nacionais e internacionais. Publicado em dezenas de antologias, nacionais e estrangeiras, tem 15 livros de poesia, sendo o mais recente, “A urgência da tarde/La urgencia de la tarde”, com tradução ao espanhol do poeta chileno Leo Lobos e do autor, publicado pela Abra Cultural, Isla Canarias, Espanha, 2024. Em 2022, recebeu o TROFÉU ARTE EM MOVIMENTO, bem como o TROFÉU RIO, da UBE-RJ. Neste ano voltou a receber o Troféu Arte em movimento -10 anos da APPERJ. Membro do Pen-Clube do Brasil, da UBERJ e da APPERJ. Foi Presidente do SEERJ.
****************************************
*************
TERESA DRUMMOND
Canto em mim
o menor
aos quase sessenta.
Pauta de afetos
cheia de sol
ré em tudo que traz dó.
Esvazio-me das pausas.
Preencho-as com allegro
solfejos, leveza...
pois que nada mais desafina
o cantar dos silêncios.
Se os acordes tencionam cordas, sopros e palavras
a maturidade cria outro arranjo
e se vai andante
Aos quase sessenta
desimportam-se os macros!...
Vivo em semitons, semissonhos,
semínimas...
Ser mínima
sem dor
maior.
Teresa Drummond
___________________________
TERESA DRUMMOND é poeta, contista e biógrafa, pedagoga e especialista em Educação de
Jovens e Adultos, professora em oficina de escrita literária, ativista
****************************************
*************
****************************************
*************
VAL MELLO
NAVEGANTE
Existo na força do mar bravio
na tonicidade dos versos vastos
Além do meu canto, o pranto afagado
Aquém da saudade, o desejo afogado
A casa me espera depois do oceano
sem cercas, barreiras, ninho ou portão
Sou guia do sal, tempero das falas
poesia do tempo das horas prosadas
Sou quase nada do fim
A infinita palavra
Na rota das descobertas.
****************************************
*************
VICTOR MEIRELLES
PRETO POBRE PHAVELADO POETA II
Eu vi um jovem preto cair
Nas mão uma pedra
Nos pés um livro
Na alegria um olhar
No sorriso uma realidade
que precisa parar!
Preto Pobre Phavelado Poeta
Preta Poesia, Poética Periferia
Presente na história; glória
melodia que se faz moradia
negro que na palavra veracidade a beleza irradia
por mais que o ataquem com violenta ironia
presente no dia a dia, quebra essa covardia,
com a fala poema que contraria
aquele que age como o conhecia
Poética periferia, lugar de conhecimento que alivia
Pura poesia que se faz alforria,
Phavela que é só alegria
Povo que vive em harmonia
Potência, que no morro e no asfalto
é frente e tem autoria
Numa verdade que não existia,
presa pela burguesia
E agora se torna saber preso à memória,
quem diria
Cultura e saber que cresce na periferia
e se faz viva por preta poesia.
Victor Meirelles
Cria do Complexo de Favelas da Coreia, Senador Camará Zona Oeste do Rio de Janeiro é Artista, ator com presença internacional, mestre pela UFRJ, Pós Graduado em Filosofia e Direitos Humanos, Licenciado em Letras, palestrante, arte educador, jornalista, arte ativista e ativista cultural. Autor da Obra Marcos e Marcos, idealizador da biografia Chica Xavier e protagonista do Filme Quando Lembro de Chico da Amazon Prime.
*************
O Cultura na Cesta é um projeto social fruto de uma organização não governamental (ONG). Criado em agosto de 2005, une o basquete com educação e cultura, atendendo aproximadamente 70 crianças de 7 a 16 anos por semana no Cesarão e em Seropédica. Desde 2009, o projeto incluiu o “Ponto da Palavra”, que ajuda alunos com leituras e poesias. O Cultura na Cesta é, desde janeiro de 2015, um projeto que ostenta o selo Favela Criativa. Esse é um reconhecimento público de que se trata de um projeto competente, e que chancela o Cultura na Cesta para conseguir patrocínios e ações públicas necessárias para sua realização.
****************************************
*************
****************************************
*************
























.jpeg)





.jpeg)
.jpeg)
.jpeg)





.jpeg)





.jpeg)

















.jpeg)



Nenhum comentário:
Postar um comentário