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quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

QUINTO ELEMENTO- Val Mello ( Poesia e Multimídia )

Quinto Elemento

O dançarino é um poeta.

Talvez, maior de todos.

Usa o corpo como caneta

Para escrever frases da alma.

 

Na ponta dos pés, asas invisíveis

Alçando voos, por tantos mundos.

Passos marcados e rodopios,

Faz sua imagem, um desafio

Chegando ao céu, sem sair do chão.

 

Seu corpo transpira tons,

Acordes, notas e mil refrãos.

Declama versos metrificados

Com sapatilhas ou pés descalços.

 

Canta com o corpo, riscando o chão,

Fazendo rimas movimentadas.

Faz da sua carne um verbo à parte.

Tem no espírito a poesia.

O dançarino é um poeta,

Se faz poema, nas melodias.


Val Mello



Performance Poesia e  Multimídia


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Val Mello- 

Val Mello, Piauiense, Bacharel em Administração de Empresas, Pós Graduada em Gestão da Qualidade, Técnica em Estética e Imagem Pessoal, poeta apperjiana nº500,  performer, artista plástica, dançarina de dança oriental. Participou de várias coletâneas poéticas. Em 2020, lançou seu primeiro e-book em coautoria com Jorge Ventura, "A Violeta 19- Uma Transmutação Pandêmica" e em 2021 lançará seu primeiro livro solo "Vermelhos InVersos", ambos pelo selo da Ventura Editora.
Faz parte da diretoria da APPERJ, gestão 2020-2022

Participou de todas as  Mostras de Poesia Contemporânea da APPERJ .
 Em 2018, no  palco  do  auditório Machado de Assis, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, explorou  suas ilustrações (trabalho  também disponível em seu  instagram @visual_poema).
     Em 2019, participou como  atração especial na performance Poesia e Multimídia - som, imagem, corpo, movimento e poesia. 

Foto Eduardo Reis
Foto Eduardo Reis
                                          




foto Eduardo Reis





Poema performado em 2019- Música de Giselle Lemos e Frederico Salvo

@poesia_ruiva   https://www.instagram.com/poesia_ruiva/?hl=pt-br

 @visual_poema      https://www.instagram.com/visual_poema/?hl=pt-br



terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Amalri Nascimento- Depoimento

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 Amalri Nascimento, poeta e contista, dá o seu depoimento em apoio às atividades de Poesia Contemporânea da APPERJ . Potiguar, da cidade de Brejinho/RN, radicado no Rio de Janeiro desde 1996; Apperjiano nº468, Membro Correspondente da ALTO e IHGM - Teófilo Otoni/MG e ALAAP-RN;

" Sob o Farfalhar do Juazeiro e outros contos que conto" é seu livro de estreia. Artista Plástico, premiado em diversos Salões promovidos e/ou apoiados pela SBBA.

Amalri Nascimentro participou das três edições das Mostras de Poesia Contemporânea da APPERJ

Poema apresentado na I Mostra de Poesia Contemporânea em 2018, no auditório Machado de Assis, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

SOZINHO

Fechando-me a segredos 
De combinações infindas
A luz que descortinava as íris aos clarões do dia
Foi-se para se perder nos abissos
Mais recônditos de minh’alma querente 

Sem deixar resquícios de réstias
Por mais tênues que alimentassem 
Um lampejo de esperança
Prostrou-me a tatos doridos
Nessa solidão insana que lancina...

E mesmo que ínsita 
São mudos os ecos
Da aldrava fundida em sentimentos
 Do tempo perdido

O que fazer
Senão sangrar os dedos em agudas farpas
Ao esmurrar a crueza da madeira
De portas que se fecham

Sozinho e sob espreita de olhares hediondos
De gárgulas que vomitam torrentes
A pele nua sucumbe
Aos calafrios do relento que oprime a carne
Enquanto as entranhas reviram-se e ardem 
Às chamas de suplícios e desejos...


Poema apresentado na II Mostra de Poesia Contemporânea em 2019, no auditório Machado de Assis, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

TEIAS ONÍRICAS Ao varar da madrugada Rasteja-se ao abraço do leito Meu corpo lasso, A inconsciência do tempo desejo como afago. Não há tempo nem espaço, Apenas o peso teso do torso, Membros em descompasso, Braços e pernas no vazio infindo do vácuo. A manhã fora engolida inteira! Carícias dum sonho amorfo Ecoam dum campanário distante Badaladas que sussurram o meio-dia, À cama, atadas em cobertores, digladiam horas insones... No fazer-se da tarde O sino insistente sopra um grito morno, Pesadelos cíclicos tecem fios oníricos Dum casulo que não se fecha no claustro desejoso. Levanto bocejo rastejo urino gargarejo escarro... Bebo e como... Ah, como bebo e como! Esgueiro-me pelos arcanos do quarto e recosto-me, Mergulho na modorra obsidente e readormeço Na feérica espera da metamorfose que não se completa


 

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

A MAIS SINCERA CANÇÃO ----> Angella Wains

 


Trabalho apresentado na II Mostra de Poesia Contemporânea da Apperj em 2019, no  palco do Auditório Machado de Assis na Fundação Biblioteca  Nacional



" Acredito que alguns encontros durante nossa jornada já nascem com um diferencial. Possuem um brilho, um quê de raridade.
A origem e efeito desses eventos iluminados, cuja natureza inclui naturalidade, verdade, comunhão, nos permitem nutrir o sentido da vida. A sensação é a de que estes pares já estavam pairando, fluidos pelo universo, até se materializarem.
O pares podem estar em elementos da arte, da natureza, entre pessoas, na espiritualidade... é um mar infinito."


Angella Wains
Carioca, mãe, poeta, graduada em jornalismo, cantora, compositora.


Cláudia Orquídea- Depoimento



Cláudia Orquidea é Atriz, Poeta, Pedagoga, Pintora, Radialista, Klaus. Atuante em movimentos Sociais e Saraus na Cidade do Rio de Janeiro.Fala sobre suas participações nas Mostras de Poesias Contemporâneas da APPERJ Participou da I Mostra de Poesia Contemporânea em 2018, com a obra " "EVA A CRUZ É TUA" e com videopoema em 2020, na edição virtualEVA A CRUZ é tua !!!

EVA FOI À CRUZ.... EVA, TEU ODOR É ESPERMA...O DE CRISTO É SANGUE.... EVA VOCÊ NA CRUZ É A NUDEZ É A VISTA DO SEXO... QUE O TODO HOMEM REJEITA! CRISTO ERA APENAS UM CORPO, CUJO O FÁLICO SEXO É ACEITO..... EVA, TUAS CORES SÃO OFENSAS, ENQUANTO O SUDÁRIO É SUBLIME E TU... NUNCA VESTE..... EVA, TEU LEITE É VENENO....ENQUANTO O SUOR DE CRISTO É UM CÁLICE DIVINO.... EVA, TUA VAIDADE É IMPURA, LEVA À SEDUÇÃO. ENQUANTO CRISTO, CATIVA COM PALAVRAS ARREBATA MULTIDÕES! EVA, TUA PRESENÇA INCOMODA, TEU PENSAR ABOMINA.... PARA SEMPRE O JULGO DO EXPOSTO A SER MALDITA, PERPETUO SEPULCRO! POR PERTENCERES AO MUNDO DOS BESTAS, SOCIAIS..... TATUARAM-TE UMA CRUZ INSANA, INVISÍVEL ENTRE AS PERNAS, ENTRE OS SEIOS, IMPRÓPRIA ÁS EMOÇÕES! SEM SER PURA, NUA MULHER!!! ATÉ CARREGARES NO SUSPIRO O GOZO DE MULHER. MUDA DESDE O VENTRE PARA NÃO SE VESTIR, FALAR, SENTAR, PENSAR E SER EVA.... É TARDE EVA, EM NADA POSSO TE AJUDAR! A ELE FOI DADO A COROA DA VIDA, A TI APELIDASTE DE PUTA.... ROUBOU- LHE ATÉ MESMO O VÉU! PARA ESCREVER SUA HISTÓRIA....SUJA, HIPOCRISIA INSÓLITA..... CARREGADA DE SÍMBOLOS ENTRE AS PERNAS.... OFENDO, AGRIDO, REPUGNO O OLHAR DO ESCOLHIDO!!! EVA !!! EVA.. TUA CRUZ NÃO TE PERTENCE, A ELE FOI DADO O TRONO! EVA.... TU CARREGAS NO VENTRE O TEU PIOR INIMIGO...ALIMENTA, AMAMENTA, ABRE AS FENDAS E SE AJOELHA EM SÚPLICA.... MAS TEU DESEJO É IMPURO, ENQUANTO O DELE É A SUA TORMENTA! POIS QUE DO SÊMEN EXPOSTO QUANDO INCRÉDULO SE COMPRIMI, FAZENDO INCERTO ENTRE O CÔNCAVO E O CONVÉS, ATRIBUI O TEU DESTINO QUASE CERTO. SERPENTE OU INSETO, QUERIA.....EVA! DAR-TE A PAZ.... AGORA QUE PERCEBO.....DESTINO ATROZ.... DESTINO DESTE DEUS, CRIADOR TE FEZ ASSIM....LAMENTO!!! A CRUZ É TUA EM MAIS CRUEL REALIDADE, DAQUELES QUE TE CONDENAM EM VIDA.... EMBORA TE USEM SEMPRE.... NADA SÃO! EVA, A CRUZ É TUA!!! LEVA-TE, QUEIMA-A AINDA ASSIM ÉS ALGO A MAIS!!!

CLÁUDIA ORQUÍDEA

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

URBANOSEMCAUSA--->Mozart Carvalho e Sérgio Gerônimo


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  Trabalho apresentado na I Mostra de Poesia Contemporânea da Apperj em 2018, no  palco do Auditório Machado de Assis na Fundação Biblioteca  Nacional   

 Dois poetas: Mozart Carvalho e Sérgio Gerônimo encenam o caos urbano. Os textos dialogam, entre imagens e sons, interagindo com a plateia, sugerindo uma cumplicidade cidadã. Um estranhamento permanece. Onde termina a ficção/realidade e vide-versos? Unidos pela palavra descobrem a força criadora da vontade na dita sociedade intoxicada. Não, à violência! Não se cale! Você finge que vota, eles fingem que administram (o nosso suor de cada dia imposto): voto sim, voto não! Se tá tudo pacificado, não sabemos, o carioca ou o cidadão de algum lugar, qualquer lugar, ainda, acredita na imparcialidade dos improváveis... 

Surge o URBANOSEMCAUSA – poesia interativaurbanamultifacetada com foco, na fala de toda gente, performance de Mozart Carvalho e Sérgio Gerônimo.



Luna Magalhãess- Depoimento

 Luna Magalhãess,  professora, poeta, ativista cultural e idealizadora da marca Versos e Vozes, abre seu  coração e demonstra seu  carinho  em ter participado da III Mostra de Poesia Contemporânea da APPERJ 2020- Edição virtual- e das edições presenciais 2018 e 2019.

Em 2019, Luna Magalhães apresentou  o poema  "A Valsa", um intertexto feito a partir do poema "A Valsa", de Casimiro de Abreu, escrito ha mais de um século.   O poema da autora ganhou  maior expressividade, sendo ele musicado nesse mesmo ano pela cantora Joyce Kelly e foi  gravado  pelo projeto "Sopa 7". A canção encontra-se disponível nas principais plataformas digitais 



A VALSA 
(Joyce Kelly / Luna Magalhães) 

Eu danço, tu danças, voando e cantando, tão rosas, formosas e vivas
Coradas, lascivas, na valsa não finjo, invento, eu giro
E os olhos piscando, voando, sorrindo, flertando e sonhando

Levando... 
seu beijo pro meu

O sorriso é vivaz e tem paz, me refaz, é capaz de fazer
Um segundo, profundo, fecundo, a passo, mil braços, abraços
Eu valso os lábios molhados, rubros, vermelhos de sangue

Levando... 
meu beijo pro teu

Quem dera ser teu par e ser teu até o fim
Permita, me diga que sim, não negue essa dança pra mim (2x)

Permita, me diga que sim, não negue essa dança pra mim (2x)


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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

 


COMUNICADO

 

Em virtude do sucesso absoluto da III Mostra de Poesia Contemporânea da APPERJ, Edição Virtual 2020, a Diretoria da instituição vem a público agradecer todos os participantes do evento,assim como a todos que curtiram, comentaram e viralizaram as postagens.

A Diretoria informa, ainda, que, no mês de novembro, o blog será atualizado  com o melhores momentos das edições de  2018,  2019 e 2020 da Mostra de Poesia Contemporânea da APPERJ, nas páginas  internas.

Já na página inicial,  haverá entrevistas especiais sobre esses melhores momentos.

Diretor de Comunicação Social - Luiz Otávio Oliani

Presidente - Jorge Ventura