VIII MOSTRA DE POESIA CONTEPORÂNEA DA APPERJ 2025
POESIA NOSSA DE CADA DIA
A poesia cheia de verbos
Cheia de versos
A auto poesia que é a poesia de si mesma
Cheia de encanto
Cheia de simplicidade
Que reproduz a pura criatividade
A poesia que diante do mundo que nos assola
É poesia de protesto
Cheia de revolta
Diante do mundo de desigualdade
É poesia social pela dignidade
Nossa e dos irmãos à nossa volta.
Que não nos falte o calor da expressão
Em poesias cheias de tesão
Cheia de cheiros de sexo e de paixão
Cheia de prazer de ser
Por uma poesia de cada dia que nos conecte com o real
Sem quebrar a imaginação
Uma poesia de si mesmo
Uma poesia espelho
Que seja uma cura pro lamento
Pelo autoconhecimento através da arte
Uma poesia que seja espiritualidade
Encantamento
Conexão
Que seja transgressão do si mesmo
Olhando pros próprios medos
Nos dando a coragem de sentir a liberdade de mudar de direção
Uma poesia tão linda que seja o mar do sertão
Que por ser tão só
Seja nossa companhia
A poesia nossa de cada dia.
Que não falte a nossa mesa
A nossa cama
A nossa família
Que não falte às escolas
As ruas
As casas privadas e as coisas públicas
Por essa poesia nua
Sem interesse em acertar
Uma poesia perpendicular Arco-íris em branco e preto
Que não nos falte de nenhum jeito
Por essa luz que nos alumia
De baixo da Lua
Ao sol do meio-dia
Tão evidente como quem sente
O sal das águas do mar
Não nos falte o pão, a água, a alegria
Não nos falte o chão, o amor, a magia
Não nos falte a educação, a cultura, a rebeldia
Da nossa poesia
Da poesia nossa
A poesia nossa de cada dia.
Pedro Poeta, poeta, educador, pesquisador. Me joguei na vida de poeta em 2013
quando lancei em meio a inflamações políticas o meu primeiro livreto Águas da Revolução,
ainda muito embrionário. Em 2015 lancei o livreto-zine Ébano, em 2015 o Fumaça de
Carburador, e em 2018 o Diotima. Somente em 2025 retomei de forma independente o livro
Poesia Nossa de Cada Dia- Alimentos Poéticos Para Inspirar o Cotidiano.
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