VIII MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ - 2025
MARÉS? DIZ VERSOS!
É imprescindível ir ao fundo das “marés” que a vida nos traz
Ficar apenas no raso não nos garante conhecer nem o mar e nem o sol
A cada mergulho em léguas maiores, o azul se intensifica e o sol vai virando
noite
Quem pode navegar-te quando te transformas em profundidades oceânicas?
Quem pode tirar de ti o alimento entranhado nas marés baixas ou altas do seu
mover-se?
A força gravitacional da lua que escolhes, indica a potência dos versos que de
ti sairão
Entre as estrelas e a terra, a oposição de teu posicionamento contrariará o
óbvio dos pescadores, mas ecoará com o mistério dos peixes:
Aqueles estão presentes para usufruir, e estes estão presentes para se integrar
E as marés escondem ou revelam o que foi perdido no caminhar?
Escondem ou revelam o que é achado no tropeçar?
É mergulho ou é espera?
Ticta-Nic / Ticta-Nic: bate o relógio das cidades submersas...
Lá também há “depressões” e monstros delirantes.
As “Marianas” conhecem bem o poder dessas “fossas”. Pergunte a elas! Essa
“Marianas guardam segredos abismais.
É de lua ou é de sol?
É de correntes ou é de chuvas?
Há algo comum que nos conecta e desconecta ritmicamente...
Como uma onda...
Como um verso ainda não escrito...
Susiane Borges
Susiane Borges, desde criança, as redações eram entregues com um incentivo à escrita. Como musicista, atrama da linguagem se faz entre linhas e notas que exigem organização, leitura, interpretação e intenção comunicativa. Como musicoterapeuta e psicóloga, a palavra é objeto de estudo e observação. Na bíblia, a poesia encontrada diferencia Logos e Rhema. “A poesia do cotidiano me convida e me encanta. Escrever é uma maneira de contribuir com a missão da Escrita no mundo”. Sigo tentando. Membro da Academia Cabofriense de Letras e Artes (Alacaf) com poesias em antologias da Alacaf e do coletivo Flores Literárias.

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