VIII MOSTRA DE POESIA CONTEMPORÂNEA DA APPERJ 2025
MANHÃ
A água nova do dia,
o pão, a fruta, a névoa
do café,
o cheiro, o gosto,
o tato ali desperto
e posto,
ferindo o corpo,
que leve aflora
na cozinha,
enquanto lá fora
o sol a tudo
sacia
de luz — aurora —
e pelas ruas caminha, desnudo.
(Adriano Espínola)
Adriano Espínola (Fortaleza, 52), poeta, ensaísta e crítico literário. Pertence ao PEN
Clube e à Academia Carioca de Letras. Atualmente ministra, como professor-visitante,
uma oficina literária, no programa de pós-graduação em Letras da UERJ. É autor de
Metrô (7L, 2023) e Escritos ao Sol (Record, 2015), entre outros livros de poesia.

Bom dia. Muita poesia na navoa do café
ResponderExcluir